Friday, October 25, 2019

Eli

Com um cast menos vistoso que Wounds esta e a segunda aposta da Netflix para a temporada de Halloween, com uma especie de remake de filho do diabo. Este filme acabou por tambem nao ser particularmente bem recebido pela critica, sendo que comercialmente a falta de figuras de primeira  linha nao lhe deu a exposiçao que outros filmes da distribuidora conseguiram.
Eli começa com o lado terrestre do terror que eu perfiro, ou seja uma personagem debil, num contexto de saude dramatico que o filme explora principalmente nas dinamicas de familia, e na relaçao pai mae. O filme consegue ate meio manter esta dualidade interessante entre o desespero familiar e algo que nao conseguimos perceber no contexto. Com o desvendar do filme tudo parece muito pior montado e sem sentido, tornado-se mesmo a determinado ponto absurdo.
Nao e um filme de grande terror e mais um filme de simbolismo declarado. O filme e uma forma propria e vale mais pelas referencias a outros filmes do genero, e pela contraposiçao com os dialogos descontraidos entre as personagens menores que acabam por nao encaixar naquilo que elas realmente significam.
Nao impressiona no terror, tem uma explicação dificil de entender e por isso parece-me que nao e um filme de grande sucesso no terror. Tem alguns bons desempenhos mas esta longe de ser um filme positivo num genero em moda novamente mas que ainda tem muitos filmes de qualidade duvidosa como este.
A historia fala de um menor com um problema de saude que o impede de apanhar sol que se dirige para uma clinica de tratamento com o objetivo de recuperar quando percebe que o que realmente esta em causa e a sua natureza.
O argumento tem dois pontos funcionando melhor como drama familiar do que como terror. A mudança parece demasiado radical para um filme so , mas acaba por ser a assinatura do filme. Parece-me um argumento arriscado e que o resultado nao e suficientemente forte.
Na realizaçao Ciaran Foy ja tem alguma experiencia no terror e isso denota-se nas ultimas sequencias. Nao sendo um filme de autor, consegue no final ter o lado negro que o filme deseja nao sendo no entanto uma obra prima de um realizador que em principio ficara por este registo.
No cast o filme tem um jovem Shotwell a procura do seu espaço que tem um papel dedicado embora sem grande luz. Maior destaque para Rilley uma atriz com dimensao e intensidade que merece papeis de maior destaque.

O melhor - Os dialogos entre os menores

O pior - A mudança do filme e demasiado vincada

Avaliação - C

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