Monday, October 28, 2019

The Art of Racing in the Rain

Numa altura em que Milo Ventimiglia está com a sua reputação ao maximo fruto do sucesso dramatico de This is Us, surge aqui um filme encabeçado pelo mesmo que mais do que marcar os dramas familiares trás-nos a união do homem e do cão. Num filme claramente vocaionado para o valor comercial, criticamente as coisas estiveram longe de ser brilhantes com avaliações medianas com ligeiro tendor negativo. Comercialmente as coisas também estiveram longe de ser brilhantes com resultados modestos tendo em conta o tipo de filme em questão.
Sobre o filme, o melodrama demasiado pensado para a emoçao facil e um registo que particularmente não me agrada, principalmente porque são filmes que vão perdendo toda a coerencia das personagens em busca da emoção facil. Este filme cai plenamente nisso nas voltas e mais voltas que o mundo daquela personagem dada, perdendo a coerencia das personagens mas acima de tudo a coerencia temporal da historia com a realidade o que torna o filme focado apenas na lagrima facil do espetador.
O problema e que em dois momentos o filme dá claras indicações que poderia ser diferente, quando arrisca numa abordagem mais diferenciadora das situações, e ai ficamos com a sensação que o filme com uma abordagem mais original, mesmo com a historia com as debilidades que tem poderia ser mais diferenciador e mais que isso bem mais interessante do ponto de vista artistico do que a novela das sete com que se torna.
Ou seja um daqueles filmes básicos, pensados para a lágrima fácil, onde tudo acontece ao personagem de forma ao espetador ter solidariedade com o mesmo, sem no entanto em momento algum pensar que tudo no mundo tem uma lógica que o filme principalmente em termos temporais acaba por abandonar.
A historia fala de um piloto de carros que apos conhecer um cão que o vai seguir para os pontos mais importantes da vida dele, desde casamento, nascimento da filha e mais que isso lutas sequentes, numa luta entre carreira e familia.
Em termos de argumento o filme segue parâmetros dramáticos totalmente esperados, é um filme dramático com o objectivo único da lágrima fácil, esquecendo coerência temporal ou mesmo situacional das personagens. Fica a ideia que o filme segue apenas o caminho mais facil
No que diz respeito à realização o experiente SImon Curtis assume este papel e demonstra que nem sempre arrisca na abordagem. Fica na retina duas cenas que demonstram que poderiamos ter aqui uma abordagem bem mais artistica a todos os niveis, sendo o resultado final simples.
No cast Ventimiglia pode funcionar neste registo de boa pessoa mas falta-lhe recursos para o lado mais dramatico do filme e o filme ressente essa debilidade. AO seu lado Seyfried ainda consegue ter algum impacto interpretativo dramatico mas um filme com este teor merecia mais interpretação.

O melhor - As duas sequencias em que o filme arrisca na abordagem

O pior - A lagrima e o objetivo unico do filme

Avaliação - C

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