Wednesday, September 11, 2019

American Woman

As ligações familiares sempre foram importantes no crescimento de uma carreira em Hollywood. Este filme marca a estreia na realização de longas metragens de Jake Scott, filho de Ridley, com a chancela da produtora da familia. O resultado critico do filme ate foi positivo com avaliações essencialmente positivas. Em termos comerciais o filme não resultou talvez pelo facto de estar longe de grandes estrelas mediaticas.
Sobre o filme dentro do seu espectro totalmente assumido como sendo um drama de vida, é um filme que consegue ter um bom ritmo sustentado numa personagem com o lado maduro da exigencia da vida e com a excentricidade de quem não cresceu a seu tempo. Este balanço sustentado numa boa interpretaçao de Siena Miller dão ao filme um caracter dramatico interessante e mais que isso um filme que nos vai agarrando aos dramas daquela pessoa.
Pese embora em traços gerais o filme vá cumprindo de forma satisfatoria os seus propositos e percetivel que muitas vezes o mesmo recorre a alguns cliches, como a sequencia da escova de dentes ou as diferentes relações amorosas que o filme vai criando a personagem central. Fica a ideia nesses momentos que o filme poderia ir mais longe nas mesmas sem cair no drama puro de todas elas.
Fica a sensação que o filme deveria dar um lado positivo uma luz a uma personagem que procura a felicidade em toda a dificuldade, sendo um filme demasiado negro quer no contexto espacial, mas mais que isso em todas as vivencias da personagem que luta contra um destino que em momento algum lhe da treguas, mesmo assim naquilo que ao que ao drama diz respeito temos um filme quase sempre competente.
A historia fala de uma jovem avó, que depois do desaparecimento da sua filha acaba por ficar com o seu neto a cargo sendo o filme uma retrospetiva desta relação ao longo do tempo, sempre com a indefinição do que aconteceu à sua filha.
Em termos de argumento eu parece-me que apos um esboço demasiado negro de uma vida o filme e competente principalmente na forma como a personagem nos e caracterizada e como vai crescendo com a vida. Fica a ideia que e um filme simples mas igual a muitas vidas, e isso tem de ser sublinhado.
A realizaçao do Jake Scott e negra, quem sabe antecipando tudo que vamos vendo na duraçao do filme, não utiliza os truques que o pai faz como poucos e fica a ideia de alguma simplicidade surpreendente fruto da sua descendencia. A ver se continua com este tipo de registo pode ser um realizador independente.
No cast temos uma boa interpretaçao de Miller, alguem que nos ultimos anos foi construindo uma carreira consistente ultrapassando o lado de acompanhante que durante anos foi a sua praia. Temos uma entrega emocional interessante e competente segurando o filme do primeiro ao ultimos minuto.

O melhor - Siena Miller

O pior - A toada negativa do filme nunca se alterar.

Avaliação - B-

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