
Sobre o filme uma das coisas que usualmente os filmes no espaço conseguem ter é um conceito muito proprio, e este mais uma vez tem, na forma como a sua produçao nos consegue dar a imensidão, a solidão e mais que isso o silencio dos espaços. Este ponto produtivo acaba por ser o trunfo de um filme que em termos de historia e de atalhos acaba por ter algumas dificuldades.
E isso prende-se por ser um filme de personagem que se torna muitas vezes aborrecido, principalmente na sua primeira metade. Temos uma personagem assumidamente sem chama, e isso leva que o filme de adormeça como a propria personagem na vida. Na segunda parte temos mais impacto mas fica a ideia que o argumento nunca nos consegue na realidade surpreender e que tudo acaba por ir pelo caminho natural, conduzindo contudo a alguns atalhos extremamente exagerados no que diz respeito a logica das coisas.
Ou seja Ad Astra tem em termos produtivos ou mesmo na personagem central o conceito funcional para um diferenciador filme de espaço, mas depois o argumento é demasiado proximo de um filme de açao serie b, quase sempre pouco ou nada intenso. Fica a ideia que o filme exigia alguma explosão ou surpresa para o espetador em vez de seguir um plano demasiado delimitado.
A historia fala de um astronauta, que acaba por ser escolhido numa missão de tentar contactar com o seu progenitor, o qual se encontra desaparecido no espaço à 13 anos a procura de outras vidas, contudo a sua atividade pode ameaçar a sobrevivencia do nosso planeta.
Em termos de argumento a historia de base e demasiado simplista para um filme no espaço, e muito dependente de uma personagem depressiva o que acaba por adormecer no primeiro segmento o filme. No final temos mais impacto mas insuficiente para levar o filme para altos desempenhos na historia.
Na realização Gray e um realizador que tem trabalhado com excelentes atores mas a quem ainda falta um grande filme. Em termos de realizaçao este e de longe o seu melhor trabalho. Um filme bem realizador com conceito, que nos da as sensações corretas no sitio correto, pena e que o argumento não tenha tamanha competencia.
No cast o filme e pensado como um monologo de Pitt, que tem uma das interpretaçoes mais interessantes suas nos ultimos tempos. Uma personagem reservada e melancolica que Pitt interpreta de forma eficaz sem no entanto nos parecer suficiente para grandes premios. Nos secundarios so no final temos um lee Jones com a intensidade tipica que nos habituou.
O melhor - A realização
O pior - O argumento deveria ter mais impacto, e mais novidade
Avaliação - B-
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