
Sobre o filme eu confesso que no final de o ver fiquei acima de tudo confuso, principalmente porque me parece que o filme e agressivo, nem sempre com ritmo elevado e acaba por na sua essencia ser uma comedia, e o equilibrio entre estes pontos parece acima de tudo nunca funcionar em nenhum deles, sendo sempre um objeto estranho mesmo que a espaços muito isolados até consiga ser um filme engraçado e mesmo surpreendente.
O filme divide-se em dois blocos um primeiro que conduz a um climax central que ao contrario do comum parece surgir muito cedo no filme, e de uma forma algo surpreendente, até aqui e principalmente por esta escolha o filme é conseguido, descontraido, com bons momentos e acima de tudo consegue nos apanhar desprevenidos com o climax. O problema e que depois o filme acaba e o que bem depois para alem de monotono acaba por nunca ser interessante entrando numa desaceleraçao que nos faz pensar que tudo e completamente desnecessario.
Ou seja um filme arriscado principalmente nas combinaçoes que tenta fazer, com um modelo interessante em pratica de ter o epicentro narrativo no centro da sua duração, mas que na pratica tem muitas dificuldades no após climax. Mesmo assim um filme com algumas qualidades, mas também muitos defeitos o que fazem do filme algo que se vê mas que se percebe ser bastante desiquilibrado.
A historia fala de um jovem romantico que propoem a um padre o acompanhar numa viagem pelo velho west de forma a tentar resgatar a sua amada das mãos de um temivel bandido e logo ali consagrar o matrimonio dos dois.
Em termos de argumento o filme é claramente dividido em duas partes com execuçao diferente, uma primeira fase interessante, onde o humor que o filme quer ter surge de uma forma mais fluida e uma segunda parte claramente mais parada e sem folego. Compreendo melhor a estrutura que a execuçao.
Os irmaos Zellner apostaram forte no lado critico deste filme conseguindo mesmo chegar a seleçao oficial do festival de Berlim. Uma dupla de realizadores ainda com pouco espaço e quase nenhuma visibilidade que aqui tem um trabalho mais tradicionalista do que inovador, a confusao de generos nao me parece beneficiar a analise do duo enquanto realizador.
Por fim no que diz respeito ao cast, Pattinson tem nos ultimos anos tentado desmontar a imagem de icon pop que surgiu com Twilight em projetos mais arriscados, aqui tem uma personagem estranha que encaixa bem no estilo do ator mas pouco mais. A sua colega de cast parece-me mais perdida em face de uma personagem mais vazia e acima de tudo um momento menos feliz do filme.
O melhor - O climax central surpreendente
O pior - A forma como a restante hora de filme acaba por ser insignificante
Avaliação - C
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