Desde a separação do seu irmão Chris podemos facilmente dizer que a carreira destes irmãos enquanto realizadores acabou por nunca se reencontrar pelo menos em termos de cinema. Paul tentou regressar ao grande ecra depois do sucesso de Mozart in the Jungle com este filme que reunião rebeldia militar com opera. Os resultados criticos e principalmente de exposição do filme foram medianos e longe do que um filme com este cast poderia ambicionar, sendo que o maior desastre do filme acabou por ser os seus quase inexistentes resultados de bilheteira.
Assim, sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem uma mistura de estilos que acaba por quase nunca combinar, desde logo o excesso de linguas faladas num espaço tão curto, até se pode entender o motivo desta escolha mas na realidade para alem das diferenças culturais que poderiam advir desta escolha e que o filme nunca aborda, pouco o filme lucra com esta opção tornando-o apenas confuso e mais que isso um travão naquilo que poderia ser a fluidez e naturalidade das relações do filme.
Mas não é apenas ai que o filme acaba por cair em algumas falhas fundamentais. A forma como rapidamente se cria um clima de ligação entre os rebeldes e os refens acaba por nunca ser trabalhada como um processo, tornando-se quase sempre algo absurda para um filme que tem no seu climax o seu momento mais forte, que acaba por o resgatar para um plano mais elevado, mas parece-me que a preparação para o impacto final acaba por estar longe de ser conseguida, porque o filme quer ter demasiados elementos o que acaba por não fazer funcionar muitos deles.
Ou seja Bel Canto tinha ingredientes para ser um filme relevante, desde um cast com actores de primeira linha, com uma temática que a ser bem trabalhada poderia funcionar, mas tem a dificuldade de me parecer ter dificuldade em ir a fundo nas questões e tudo se tornar tão rapidamente estranho que acaba por deixar essa sensação no espetador, mesmo que o mesmo saiba sublinhar o impacto emotivo do seu final.
A historia fala de um grupo de rebeldes militares de um pais da america latina que acaba por entrar numa festa privada acabando por fazer refens as pessoas que ali se encontram. Com o passar do tempo começam a existir relações mais proximas entre os sequestradores e refens.
Em termos de argumento a historia de base podera ter alguns apontamentos interessantes, mas principalmente no desenvolvimento e introdução o filme tem muitas dificuldades em aprofundar as suas bases. O final de impacto funciona mas parece algo desligado da dinamica de todo o filme.
Paul Weitz tem sido um realizador initermitente assim como o seu irmão, depois de American Pie e About a Boy nunca mais conseguiu no cinema filmes de impacto, tendo aqui um trabalho simples, de segunda linha, que não funcionou certamente com o resultado que o mesmo queria.
No cast Moore, tem um papel muito distante dos seus melhores momentos, alias a sua personagem acaba por nao existir em termos de diversas dimensões o que não lhe facilitou o resultado final. Watanebe é sempre competente num filme que não foi desenhado para grandes interpretaçoes.
O melhor - O final de impacto
O pior - O filme ser pouco trabalhado no seu desenvolvimento
Avaliação - C-
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