O cinema independente é muitas vezes utilizado por atores mais consagrados mas afastados de uma primeira linha para tentar regressar ao sucesso, principalmente critico. Neste pequeno filme temos uma Michelle Pfeifer de regresso à liderança de filmes num drama intenso. Este pequeno filme acabou por ser bem recebido pela critica, contudo a sua pequena dimensão comercial acabou por não lhe dar grande protagonismo, e assim esta desde logo fora de qualquer tipo de competição.
Where is Kyra, não é desde logo um filme fácil de gostar, desde logo pelo seu estilo e pela sua abordagem de realização que opta quase sempre por imagens escuras, utilizando os protagonistas como meras sombras, mas mais que isso por imagens não centradas, o que acaba por dar pouco ritmo ao filme, mesmo que isso seja a sua assinatura de autor. Esta opção pese embora seja diferente e simbolica acaba por adormecer o drama intenso que o filme tem em si.
Em termos de problematica parece-me obvio que o filme é bem melhor, desde logo por nos trazer uma problematica clara do desemprego em idades avançadas e as poucas soluções que podem existir, aqui o filme consegue nos dar bem todo o desespero da personagens enquanto se afunda nos seus problemas e nas suas relações, é nesta intensidade que penso que o filme melhor funciona, alavancado acima de tudo na prestação de Pfeifer.
Ou seja um filme quem sabe demasiado independente para a historia que nos trás, um filme que nos parece melhor na teoria do que na pratica e com um argumento bem melhor do que a realização. Não sendo uma obra prima, nem um filme de primeira linha, é um filme com meritos principalmente na historia que quer contar.
A historia fala de uma mulher que apos a morte da mãe a quem prestava cuidados tem que tentar encontrar uma solução profissional para a sua vida, o que se tornar dificil com a impossibilidade de arranjar um emprego.
Em termos de argumento o filme mais que tudo é habil, joga bastante com os silencios simbolicos, mas mais que isso toca em pontos de sofrimento bastante reais, em personagens também elas reais. Nao e um filme de grandes dialogos mas sim de grandes problemas.
Na realização ninguem pode acusar este filme de nao ter um conceito proprio, de sombras e componente escura e que isso é simbolico. penso e que o excesso desta opção tira ritmo e intensidade a um filme que a devia ter. Dosunmu e um realizador desconhecido que aqui tem um trabalho arriscado mas que nem sempre funciona.
No cast Pfeifer demonstra bem a intensidade que fez dela uma actriz de primeira linha durante muitos anos. Poucas conseguem o lado inquietante que ela consegue ter e neste filme essa componente está ao maximo, num papel dos melhores femininos deste ano ate ao momento. Sutherland da algum suporte num personagem claramente inferior.
O melhor - Pfeifer
O pior - Demasiado planos arriscados e fora de personagens
Avaliação - C+
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