Tuesday, January 17, 2017

The Crash

Todos sabemos que Janeiro é normalmente a época escolhida para filmes que nas primeiras visualizações foram considerados com pouco valor, principalmente quando essa estreia não consegue sequer a expansão. neste filme temos tudo isso e mais uma complicação que foi a alteração do titulo. Dai que não surpreenda que os resultados criticos deste filme sejam bastante pobres e comercialmente a sua pouca distribuição tenha resultado numa total ausência de resultados.
Sobre o filme, tentar debruçar um filme com pouco mais de uma hora e vinte sobre a complexidade do sistema económico mundial, acaba por ser uma tarefa impossível, mas que com coragem este filme se propõem, na forma de um thriller serie B. E posso dizer que surpreendentemente até nem é no argumento ou narrativamente que o filme falha, já que mesmo sendo uma abordagem simplista, consegue encontrar alguns problemas, principalmente na teia de intriga que está subjacente ao filme.
O problema do filme para não resultar é tudo o resto, personagens sem qualquer tipo de dimensão, contexto ou estrutura, uma forma de realizar sem grande sentido, com aproximações de camara que parece saidas de um video caseiro, para além de uma banda sonora que acompanha toda a duração do filme que é do mais irritante que à memoria. Acrescenta-se a estes aspetos negativos um cast longuissimo, com actores fora de forma e que sofrem da pouca complexidade e desenvolvimento dos seus personagens.
Posto isto parece que um filme pequeno que consegue contornar a sua maior dificuldade que é tocar num tema complexo e faze-lo com alguma logica e profundidade e que acaba por perder nos seus elementos mais básicos e que tornam o filme num misto de emoções que o conduzem para uma vulgaridade que mais trabalhado poderia resultar numa agradavel surpresa.
A historia fala de um grupo de hackers que responsavel por uma crise no sistema financeira é contratado pelo governo americano para lidar com a ameaça de um ataque cibernetico que poderá por em causa todo o sistema financeiro do pais.
Em termos de argumento penso que o filme até funciona bem em termos da narrativa central, do seu significado e mais que isso no estudo do problema, perde por completo é nos outros elementos todos do argumento como personagens, dialogos e principalmente as intrigas secundárias, que acabam por ser extremamente pobres, mal trabalhadas e vazias.
Na realização Aram Rapparport é o pai do filme, um realizador corajoso pelos temas que aborda como já o tinha feito em Syrup, mas que parece não ter encontrado o balanço certo para os seus filmes, evidenciando na realização muitas dificuldades. Veremos se existe evolução no seu proximo trabalho.
Em termos de cast é um filme com algumas figuras conhecidas, ainda que em baixo de forma e de um segundo plano. Todos sem excepção padecem de personagens pouco desenvolvidas o que não permite que o filme evidencie melhores ou piores momentos em algum deles. Tenho bastante dificuldade em considerar Frank Grillo um actor capaz de capitanear um filme de hollywood.

O melhor - A forma como consegue teorizar em 1H20 sobre um assunto tão complexto.

O pior - Os contornos tecnicos e narrativos do filme.

Avaliação - C

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