Friday, January 27, 2017

La La Land

A esta altura da corrida aos Oscares já não existe grande dúvida que este filme será o vencedor e por isso o filme mais reconhecido do ano. As razões para este trajeto imaculado reside acima de tudo numa unanimidade critica que poucos filmes nos últimos anos conseguiram de uma forma tão objetiva e por outro lado com um trajectória comercial também forte fizeram com que o filme com toda a naturalidade se tornasse mais que o grande candidato o hipotético vencedor, ainda para mais em numero grande de estatuetas.
Sobre o filme depois de duas horas de espectáculo cinematográfico e não só de primeira linha mas como emocionalmente forte. É daqueles espetaculos que conjuga em si muito de todas as artes, desde música, cinema, dança e artes plásticas, todas as sequencias são pensadas ao limite e torna-se uma experiencia sensorial única para o espetador, que sai deliciado na forma de fazer cinema que mesmo sendo tradicionalista não diz que não á evolução das técnicas.
Assim é facil considerar uma obra prima este filme onde tudo encaixa na perfeição, desde o cast as sequências, e mesmo quando o filme parece narrativamente adormecer, acaba por potenciar um final de primeira linha, que torna o inicio e o fim do filme num dos maiores espetaculos visuais dos ultimos anos. Por momentos existe a sensação que temos que aplaudir o que estamos a ver e quando isso acontece é sinonimo que tudo o que o filme nos quer dar, acaba por conseguir.
Podemos apenas considerar como um ligeirssimo senão, na essencia o filme ser uma simples historia de amor entre a música e o cinema, e nisso poderá se dizer que o filme poderá ter um alcance algo reduzido. mas mesmo quando nestes elementos se consegue ter emoção, racionalidade e realismo isto acaba por ser uma critica que se esbate, já que quando se chega a este nível pouco ou nada se pode realmente apontar a uma das obras mais singulares dos ultimos anos.
Em termos de história, o filme debruça ao longo de um ano os altos e baixos da relação entre um aspirante pianista de jazz e uma jovem aspirante a ser estrela de cinema.
O argumento pode na base ser simplista mas na forma como o mesmo é potenciado com momentos musicais com um peso forte, pela forma como conflitos reais no balanço vida pessoal carreira pode trazer e mais que isso na riqueza de personagens multi dimensionais faz com que um argumento simples se torne também ele numa mais valia para o filme, ainda que menos vistoso que os outros elementos do mesmo.
Danien Chazelle é sem duvida neste momento o maior prodigio de hollywood, se já em Whiplash tinha conseguido surpreendentemente dar uma intensidade inacreditável no balanço musica cinema, neste filme vai muito mais longe, dando um dos melhores, senão o melhor trabalho de realização dos últimos anos, conjugando diversos elementos, uns mais atuais outros mais tradicionais, mais que um filme temos uma obra de arte em todos os sentidos.
No cast Chazelle foi magistral na escolha do casal protagonista, algo que o filme dependia. Desde logo porque combinam bem essencial na forma como o filme se aproxima dos espetadores. E depois porque consegue tirar de cada um aquilo que o filme necessita. Mais exigente para Stone, que consegue imperar durante todo o filme, com momentos de interpretação ao mais alto nivel e que provavelmente e de forma justa irá culminar no oscar de melhor actriz. Gosling parece-me uma escolha mais comercial pela forma como consegue ser o gala sensivel e próximo do público feminino. Com claros menos atributos vocais o certo é que controna isto com outros elementos como presença e um historial de filmes romanticos.

O melhor - A realização, uma das melhores alguma vez vistas

O pior - Podemos sempre dizer que é uma simples história de amor.


Avaliação - A-

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