Dois anos apos ter
conquistado o mundo com a sua capacidade de realizar e inovar, e de
juntar um excelente argumento com autenticos quadros, Wes Andersson
regressa no mesmo estilo naquilo que o torna unico. O filme que
estreou estranhamente no inicio do ano retirando-lhe grandes
possibilidades de premios o que já aconteceu com o seu filme
anterior foi um sucesso a todos os niveis desde logo o mais
previsivel, com uma grande recepçao critica demonstrando que o autor
se encontra na sua melhor fase ate ao momento, mas comercialmente e à
semelhança do que já acontecera com Moonrise Kingdom os resultados
foram supreriores as melhores expectativas.
Sobre o filme, confesso
que fui um amante incondicional de Moonrise Kingdom, por tudo, pela
magnifica obra de arte estetica que o filme é, bem como pelo
excelente guiao repleto de situações e acima de tudo pela riqueza
moral. E apos visualizar este filme tenho que destacar o facto de
Andersson continuar no brilhante nivel no mesmo estilo que já tinha
dado em Moonrise Kingdom e que o tornar impar no cinema actual.
Estamos mais que um filme perante um obra de arte que perde em alguns
pontos para o seu antecessor concretamente na riqueza moral, mas
ganha em alguns pontos como mais e melhores dialogos, em termos
artisticos o filme é absolutamente genital, sem paralelo, num
realizador que conseguiu como poucos tornar a sua forma de filmar
algo abolutamente inalcansave.
E por isto mesmo pelas
abordagens pelo estilo, pela fabula, parece-nos importante demonstrar
e sublinhar tudo de absolutamente incritvel que este filme nos da,
uma hora e meia de quadros que se vao passando sem nunca deixar de
lado as excelentes personagens, Andersson e a prova de que o humor
pode estar presente sem ser histerico e sem ser profundo, e a prova
de que o cinema e claramente um campo de creatividade ilimitada, pois
poucos algumas vez podiam esperar que alguem fosse tao longe no
detalha como Andersson faz.
Pelo lado negativo
pensamos que a historia poderia ser mais rica moralmente poderia ter
um pouco mais de Burton, num Sweet Burton que o realizador se esta a
transformar e que devera ser valorizado, mas neste filme e
principalmente comparando com o seu filme anterior temos menos moral,
menos ensinos subtilmente carregados, mas nada que tire a este filme
a qualidade de um dos filmes do ano ate ao momento, senao mesmo o
filme.
A historia fala da
forma como um pequeno paquete refugiado num grande hotel, na ligação
com o gerente do mesmo acaba por entrar numa panoplia de situaçoes
que o conduz ate á compra do hotel.
O argumento e brilhante
a forma como utiliza de uma forma creativa e satirica costumes, dicas
historicas mas mais que isso a forma com que utiliza o narrador
tornam a historia um complemento de que Andersson transforma em unico
na realização.
Sobre a realizaçao e
incrivelmente fantastica, o que fez em Moonrise Kingdom e neste filme
e talvez a evoluçao creativa mais fantastica e artistica que o
cinema viu ate aos dias de hoje e torna Andersson num dos melhores
realizadores da actualidade com a capacidade tambem de ser um
excelente argumentista.
No cast algo
riquissimo, mas acaba por ser Phiennes que mais brilha numa
personagem de primeira linha de um actor exemplar em qualquer tipo de
registo, serio ou em comedia nunca perde o nivel e aqui merece
destaque para ser um dos primeiros a poder estar bem vincado nos
oscares os restantes estao ao seu nivel que e optimo.
O melhor – A
brilhante realizaçao de Andersson
O pior – Se fosse
mais abrangente em termos de moratoria poderia ser um dos filmes da
decada
Avaliação – A.
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