Sunday, February 23, 2014

Barefoot

Dez anos depois de Till Shweiger ter escrito e realizado um filme alemão sobre o relacionamento de um rico solteirão mal comportado com uma alegada doente mental, eis que surge o remake americano do filme tão em voga nos últimos tempos este tipo de procedimento cada vez mais celere. Mas como outras tentativas semelhantes os resultados foram desoladores, comercialmente ficou restrito a poucos cinemas que não darão o balanço certo ao filme criticamente um desastre total com uma negação completa por parte da crítica especializada.
Sobre o filme podemos desde logo dizer que a avaliação fica condicionada pelo facto de não visto o primeiro filme, ou seja o original, dai que comparações e avaliações relativas são extremamente difíceis de se fazer. Sobre o filme podemos desde logo estranhar como um filme romântico tão simples e pouco profundo pode ter direito a um remake, já que a sua abrangência parece desde logo diminuta.
Fora este aparte estamos perante um simples filme amoroso, que sem ser declaradamente uma comedia se define assim no primeiro nível, na forma com que a personagem feminina se vai adaptando a um mundo real. Na segunda fase temos mais uma historia de amor, desconectada com final feliz igual a muitos e muitos filmes de diferentes gamas que são lançados ano após ano, com o intuito de levar ao cinema casais apaixonados.
E nesse intuito o filme funciona as personagens do casal combinam, o filme e curto e ligeiro, fácil de ver, sem risco por onde errar, dai a surpresa de avaliações tão negativas para o filme, já que este faz o seu precurso por um caminho obvio e já traçado, que não deixa marcas por qualquer um dos lados.
A historia fala de um rico mas perdido individuo que depois de mais uma asneira acaba por ter de cumprir trabalho comunitário num hospital psiquiátrico, sendo que um dia uma das pacientes o segue, e encaixa perfeitamente na necessidade de apresentar uma namorada à sua abastada família.
O argumento e repetitivo dentro da formula de casais invulgares relações pouco comuns e desiquelibradas na toada dos poucos aos poucos os casais se aproximarem, não tem grandes diálogos nem grande humor adopta a toada ligeira e repetitiva que não faz do argumento nenhum objecto de relevo.
Andrew Fleming e um realizador veterano que nunca passou deste registo e também não é aqui que consegue dar um impulso ou deixar uma marca na sua carreira numa realização silenciosa sem risco, sem cunho.
O cast não exige muito aos seus actores Speedman funciona bem e encaixa no rebelde sem causa pouco exigente em termos de interpretação Rachel Wood, parece algo perdida em termos de carreira em filmes menores pouco exigentes dando sempre a sensação que vale bem mais do que os filmes exigem dele, neste caso é mais uma dessa regra, pese embora seja o destaque natural do filme.

O melhor – A suavidade de uma historia de amor sem risco

O pior – O lugar comum que o filme acaba por ser


Avaliação - C

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