Wednesday, March 14, 2007


Smockin Aces - Um Trunfo na Manga



Há dois anos atrás um completo desconhecido teve na linha da frente para pegar em MI3, um jovem realizador aclamado por um pequeno filme chamado "Narc" aparecia nas bocas do mundo, contudo meses mais tardes este abandonaria o projecto para se dedicar a um projecto mais pessoal, onde podesse evoluir mais como realizador e acima de tudo como autor. As expectativas eram elevadas para avaliar o sentido que a carreira ia tomar. Aos poucos CArnahan rodeou-se de actores conhecidos, e de alguns actores jovens mais conhecidos das suas aparições em comedias de adolescentes,a expectativa aumentava. POuco depois surgia a primeiras imagens, onde o exercicio e as marcas de autor pareciam estar visivel, a complexidade narrativa parecia estar presente, e as origens no cinema de Guy Ritchie eram mais que evidentes. As duvidas começaram a aparecer, este tipo de cinema é uma corda bamba onde a fornteira da aclamação e da negação e demasiado curta.

O filme estreava a meio gás, a critica dividiu-se completamente, entre aqueles que aplaudiam a rebeldia e a audacia do realizador, e aqueles que acharam um pleno absurdo uma ideotice pegada. O publico compareceu em numero moderado, e o filme rapidamente se esvaneceu das salas de cinema.

È obvio que se trata de um filme complicado, é objectivo do autor, marcar um estilo, exercitar o seu poder de realização, parece-nos mesmo prepositado, o Bodycount do filme. Contudo parece-nos que o filme é um absurdo narrativo, parece um ROyal RUbmble do SMack Down, onde começam todos contra todos e só ao fim todo o filme e narraçao ganha interesse e acima de tudo sentido, sendo os primeiros 70 minutos um confusao total de intençoes, de personagens e de ligações. O realiazador tenta na parte final redimir o seu erro com artimanhas narrativas, mas ja nao vai a tempo de apagar a mais de uma hora de um absurdo pegado, onde o filme navega ao sabor das cenas espetaculares e excentricas de acção, e que conduzem a que o espectador rapidamente se alheie das sequencias narrativas.

É obvio que estamos perante um autor rebelde, original com talento, mas também é obvio que Carahanan se excita com a sua loucura e embarca numa alucinação que perde o controlo, e por muito que no fim o filme tente de novo construir um rumo, este apenas acaba por ser o possivel e nao o ideal.

O filme é uma junção de assassinos, policias e demais em busca de uma pessoa, uns com o intuito de o proteger outros de o matar, todos se reunem num hotem e depois começa a batalha campal, com tiros, e mortes por todo o lado, ao som de uma conjugação sonora muito interessante e que dá uma lufada artistica muito interessante a todo o filme. Neste momento estamos perante um dos maiores absurdos cinematograficos. Fez-nos suspirar pela simplicidade narrativa de Crank.

No fim o filme vira por completo, e observamos a aparição de uma trama narrativa extremamente complexa, mas á qual o espectador ja se abstraiu por completo, sendo que as surpresas deixam de ser porque o espectador ja nem pensa nisso.

A realização é bem conseguido, demonstrando o cunho de autor e a audacia ja demosntrada em Narc, exagerando em demasia nos estilismos das imagens, mas parece-nos que este acaba por ser o objectivo egocentrico do filme, salientar as imagens retiradas pelo realizador.

O argumento é demasiado confuso, a tentativa de fazer paralelos na historia falha em grande escala, e a tentativa de emancipação do argumento das imagens na parte final é um fiasco total, parecendo-nos que o argumento apenas é equilibrado pelo facto de ser assumidamente um aspecto irrelevante em grande parte do filme.

O cast recheado de estrelas, Senao vejamos que Mathew Fox e Ben Alfeckt entram em pouco mais de 5 minutos, sendo as personagens centrais oferecidas a actores mais comuns, em filmes de menor dimensão, e normalmente pouco aclamados pelo publico e critica. E este é o aspecto mais valorativo do filme a capacidade de arriscar em nomes pouco valorizados do publico para assumir as personagens mais complexas. Assim vemos Jeremy Piven, Ryan Reynolds e Chris Pinn, assumir as personagens mais complexas do filme, surpreendendo em toda a linha com interpretaçoes de grande classe, que abrem carreiras ate ao momento extremamente escondidas.

ENfim um ensaio artistico ambiguo de alguem que perecisa de melhorar a sua capacidade narrativa antes de aperfeiçoar o ja brilhante aspecto visual das suas obras.


O melhor - Jeremy Piven e Ryan Reynolds a emanciapação dos actores da porta ao lado


O pior - O absurdo narrativo da primeira hora de filme


Avaliação - C+

2 comments:

Brian Clough do 3º anel said...

Por acaso ainda não tens o 300 Tozé?

bateman said...

nao... ainda nao consegui arranjar isso