Wednesday, February 28, 2007


Charlottes Web




Todos os natais os grandes estudios lançam filmes tipicamente familiares, prontos para reunir toda a familia e todas as idades numa sala de cinema, tentando incutir o espirito familiar, e se nos ultimos anos esses titulos têm sido encobridos pela conquista cinematografica do genero fantastico. Este ano voltamos a ter uma historia simples tradicional, de forma a reunir a familia, e essa historia é este Charlottes Web.

Na tradiçao dos filmes que dão poder de palavra a animais, Charlotte aposta aqui em salientar a amizade entre um porco, como muitas semelhanças fisicas e voz com o mitico porquinho chamado Babe, com uma aranha transformada em fada madrinha.

Os resultados do filme e apesar de ter estado longe de grande euforia a sua volta foram equilibrados e consistentes o que resultou em resultados maioritariamente satisfatorios.

Tambem a critica acabou por na sua maioria aplaudir o filme, afirmando-o como um regresso a uma tradiçao abandonada.

O filme é extremamente tradicional, conta nos a historia de uma menina que se aproxima sentimentalmente de um porquinho, este por sua vez vê se obrigado a ir para um celeiro cheio de animais, e aqui começa a luta para este demonstrar qualidades que o afastem da mesa, neste particular recebe a ajuda amiga e magica de uma surpreendente aranha. O filme tem muito pouco de novo, mas consegue ao mesmo tempo ser engraçado emotivo e ternurento se bem que quase sempre soe a historias antigas e demasiado vistas.

O ponto mais negativo do filme e a falta de interesse das personagens humanas, demasiado lineares e basicas em nada favorecem o decorrer do filme que poderia ser mais interessante e original sem a presença destes.

De salientar a capacidade produtiva do filme na forma como consegue potencializar um discurso visual nos animais, num dos efeitos especiai do genro mais bem conseguidos.

O argumento apesar de repetitivo e extremamente bem conseguido na forma como liga os animais se bem que por vezes a falta de originalidade canse um bocadinho, mesmo assim parece nos que consegue traduzir o que e necessario num filme familiar, bem estar, carinho e ternura sob um ponto de vista emotivo. PArece-nos importante a forma adulta com que integra a tematica da morte, por vezes dificil de encaixar em filmes familiares mas que nos parece superiormente integrada neste titulo.

A realização apesar de estar longe de ser brilhante, e positiva salientando se as interaçãos entre os animais que exigem bastante mais da camara. Aqui sublinhe-se os grandes planos das bocas dos animais de forma a transmitir o realismo do discurso.

O cast de vozes e uma autentica constelação de estrelas e acabam por ser este aspecto um dos que ganha mais saliencia no filme, com particular destaque para os emprestimos de vozes de Buscemi ao rato e Roberts a magica aranha. Ja no que diz respeito as prestações de carne e osso, parece-nos que a estrela infantil Fanning tem nos ultimos tempo repetido em demasia este tipo de papeis, deixando de lado algum risco que esteve presente nos momentos iniciais da sua carreira e que parece agora desaparecer, e que leva a uma maior indiferença das pessoas pelo seu talento. Devendo rapidamente pensar a sua carreira para nao estarmos perante outra estrela juvenil cadente.

ENfim um filme tipico de natal, familiar com as virtudes e defeitos tipicos dos mesmos.


O melhor - A forma como transmite a realidade do discurso dos animais, eles articulam fisicamente cada simples palavra.


O pior - A sensação de que tudo o que o filme nos tras ja foi por demais visto


Avaliação - B-

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