Friday, February 09, 2007




The Painted Veil - O Veu Pintado











Todos os anos diferentes estudios lançam as suas apostas para uma temporada de premios, que normalmente so premeia alguns sendo os outros apenas tentativas, nestes filmes buscam-se elencos apelativos de actores queridos da critica e temas e historias interessantes, todos pensam que estao prontos para lutar mas so alguns realmente estão.



Este ano este Painted Veil pouco mais é que isto, um filme bem feito, que tentava entrar na corrida pelos premios, mas talvez sem valor tão alto para isso, mas que mesmo assim nao deixa de ser um bom filme, que o desinteresse comercial veiculado pelo filme, leva a que seja quase indiferente para a maioria das pessoas. Dai que mesmo com respeito critico este filme sera um filme que rapidamente passara ao esquecimento, apenas como mais um filme bem feito em que entraram bons dois actores passado na china.



O filme tem desde logo essa vantagem, a capacidade de nos deslocar espacialmente para um territorio algo desconhecido que acaba por ser muito bem caracterizado no filme, a este aspecto une-se uma beleza paisagistica impressionante que embelezam em grande medida o filme. Depois temos a historia de um casal desligado que quase por obrigação tem que se suportar numa sociedade chinesa amedrontada pelo crescimento de colera. O filme peca por ser extremamente academico, seguindo os passos estabelecidos, sem nunca arriscar, tornando a historia algo previsivel demais, alias o factor surpresa em momento algum esta presente.



O filme ganha tambem com este teor academico, principalmente porque nunca se colcoca em pontos perigosos, mas que podeiram acrescentar valor a historia, sendo o argumento na nossa opiniao deficitario em qualidade narrativa, contrastando com o rigor produtivo que o filme alcança. Os promenores de contextualizaçao cultural e espacial estao extremamente e conseguidamente trabalhados num filme onde este aspecto ganha particular relevo.



O argumento do filme parece pecar pela falta de audacia numa historia rica mas que nos parece aproveitada ao minimo possivel numa historia que parece-nos abusar no silencio das personagens e em interações sem grandes desenvolvimentos. As proprias personagens vão crescendo ao longo do filme tornando-se opostamente mais conseguidas e mais mal contruidas assim, enquanto que a persongem de Watts vai ganhando complexidade com a trama, a de Norton parece inicialmente como uma personagem extremamente interessante que com o passar torna-se quase naquelas personagens esteriotipadas dos filmes pipocas de hollywood.



A realização predomina as expressoes faciais das personagens num enquadramento paisagistico extremamente belo. O filme ganha no aspecto visual e na forma de realizar, em que a narrativa se desloca sempre com a beleza do cenario.



O cast traz-nos dois dos actores mais respeitados de ambas gerações e se Watts mais uma vez vai consolidando um espaço de referencia nas actuações femininas, Norton depois de um arranque brilhante tenta este ano recuperar algum do tempo perdido, e tenta acordar depois de algum reafecimento de uma carreira que prometia rapidamente atingir o ceu. COntudo nos tres filmes que apresentou este ano, so nos parece que eu o Ilusionista o actor conseguiu atingir patamares ao seu nivel maior, parecendo ainda algo desrotinado deste tipo de papeis. De salientar ainda a presença de Toby Jones, que este ano apareceu em boa forma quer neste filme quer em Infamous.



Enfim uma das muitas tentativas de filmes para galardoes, e que nao se possa dizer que foi vencedor nos seus objectivos.






O melhor - A riqueza dos cenarios apresentados.






O pior - A forma como a personagem de Norton vai decaindo a nivel de complexidade ao longo do filme






Avaliação - B-

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