Monday, October 06, 2025

Steve

 


Depois do Oscar de melhor ator obtido em Oppenheimer e enquanto prepara a conclusão da serie Peaky Blinders Murphy dedicou a sua carreira em duas colaborações com o realizador belga Tim Mielants, que o ano passado passou despercebido mas neste ano surgia na lista de produções Netflix na corrida pelos prémios. Criticamente Steve teve uma mediania competente que pode ser suficiente para alimentar a curiosidade dos espetadores, assinantes da Netflix mas insuficiente para prespetivas de prémios. Comercialmente os produtos da Netflix normalmente são mais comerciais dai que possa ter algumas dificuldades.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo consegue fazer-nos transportar para uma realidade de um reformatório a um nível de exagero que faz vincar a posição da dificuldade. O filme é caótico com uma sucessão de acontecimentos que nos deixa sem respiração em mais de hora e meia intensa que nos leva quase a não respirar enquanto acompanhamos o personagem.

Onde o filme falha e tentar fazer tudo muito rápido, ao não ir ao de longe na personagem e principalmente nas historias de vida dos menores o filme perde o impacto de muito deles. O relato final não tem o impacto emocional que quer ter porque fica a ideia que os mais esquecidos ate se esquecem de alguns miúdos principalmente quando o filme se foca em Shy.

Por tudo isto mesmo sendo um filme impactante, originalmente abordado, onde o caos que se quer transmitir preenche o ecrã, fica a ideia que por vezes existia espaço para ir mais fundo em muitas historias num filme maior, e que talvez não tevesse de dar protagonismo maior a uma historia em si. E um filme sobre historias de vida e sobre uma missão competente mais demasiado explosivo.

A historia fala de um reformatório e a vida de um diretor no dia em que tem uma reportagem no seu interior, onde os problemas dos menores ganham particular intensidade e quando descobre que o colegio vai ser vendido, tudo num so dia.

O argumento do filme é forte naquilo que é a concentração de acontecimentos para um filme deliberadamente caótico. Inteligente na escolha dos problemas, excelente final, mas fica muito por abordar e isso acaba por saber muitas vezes a pouco.

Mielants tenta aos poucos ganhar visibilidade da carreira neste apoio com Murphy. O filme tem uma abordagem original que acaba por vezes por ser abandonada tornando o filme mais normal. Não e uma abordagem artística mas nota-se tentativa de pelo menos ter alguns momentos assim.

No cast Murphy pos oscar demonstra intensidade, recursos num bom papel depois de ter atingido o olimpo. Um filme consistente, dependente da sua interpretação, embora por vezes fique a sensação que o abismo devia ser mais impactante. Os desconhecidos menores encaixam no papel que cada um acaba por ter


O melhor – O caos

O pior – Muitos menores ficaram reduzidos a uma ideia


Avaliação – B-

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