Depois do Oscar de melhor ator
obtido em Oppenheimer e enquanto prepara a conclusão da serie Peaky Blinders
Murphy dedicou a sua carreira em duas colaborações com o realizador belga Tim
Mielants, que o ano passado passou despercebido mas neste ano surgia na lista
de produções Netflix na corrida pelos prémios. Criticamente Steve teve uma
mediania competente que pode ser suficiente para alimentar a curiosidade dos
espetadores, assinantes da Netflix mas insuficiente para prespetivas de
prémios. Comercialmente os produtos da Netflix normalmente são mais comerciais
dai que possa ter algumas dificuldades.
Sobre o filme podemos dizer que o
mesmo consegue fazer-nos transportar para uma realidade de um reformatório a um
nível de exagero que faz vincar a posição da dificuldade. O filme é caótico com
uma sucessão de acontecimentos que nos deixa sem respiração em mais de hora e
meia intensa que nos leva quase a não respirar enquanto acompanhamos o
personagem.
Onde o filme falha e tentar fazer
tudo muito rápido, ao não ir ao de longe na personagem e principalmente nas
historias de vida dos menores o filme perde o impacto de muito deles. O relato
final não tem o impacto emocional que quer ter porque fica a ideia que os mais
esquecidos ate se esquecem de alguns miúdos principalmente quando o filme se
foca em Shy.
Por tudo isto mesmo sendo um
filme impactante, originalmente abordado, onde o caos que se quer transmitir
preenche o ecrã, fica a ideia que por vezes existia espaço para ir mais fundo
em muitas historias num filme maior, e que talvez não tevesse de dar
protagonismo maior a uma historia em si. E um filme sobre historias de vida e
sobre uma missão competente mais demasiado explosivo.
A historia fala de um
reformatório e a vida de um diretor no dia em que tem uma reportagem no seu
interior, onde os problemas dos menores ganham particular intensidade e quando
descobre que o colegio vai ser vendido, tudo num so dia.
O argumento do filme é forte
naquilo que é a concentração de acontecimentos para um filme deliberadamente
caótico. Inteligente na escolha dos problemas, excelente final, mas fica muito
por abordar e isso acaba por saber muitas vezes a pouco.
Mielants tenta aos poucos ganhar
visibilidade da carreira neste apoio com Murphy. O filme tem uma abordagem
original que acaba por vezes por ser abandonada tornando o filme mais normal.
Não e uma abordagem artística mas nota-se tentativa de pelo menos ter alguns
momentos assim.
No cast Murphy pos oscar
demonstra intensidade, recursos num bom papel depois de ter atingido o olimpo.
Um filme consistente, dependente da sua interpretação, embora por vezes fique a
sensação que o abismo devia ser mais impactante. Os desconhecidos menores
encaixam no papel que cada um acaba por ter
O melhor – O caos
O pior – Muitos menores ficaram
reduzidos a uma ideia
Avaliação – B-

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