Depois de duas tentativas totalmente frustradas eis que a Marvel, pela primeira vez com a assinatura da MCU tenta tornar vivo o fenómeno Fantastic Four integrado no projeto maior, com um elenco cheio de figuras de primeira linha e a tentativa de alterar o rumo da saga no cinema. Com essa expetativa criticamente as coisas até correram bem com boas avaliações, sendo que comercialmente o resultado nos EUA não foi fantástica mas o resto do mundo deu finalmente a saga o reconhecimento esperado, sem nunca ser explosivo.
Sobre o filme podemos começar por analisar o que resulta, o estilo visual vintage, levando o filme para uma realidade estética que vai buscar os primórdios dos desenhos animados, é muito bem escolhida, e acima de tudo o primor técnico de Galactus que faz a ultima sequencia ser brutalmente forte, principalmente vista numa sala com qualidade.
O que não funciona, a narrativa de base, pouco construída, tudo pela rama nas personagens apenas dotadas de características fruto de cliché, pouco humor e acima de tudo tudo demasiado robotizado para um filme que tinha de ter mais alma, mas acima de tudo mais qualidade na narrativa, principalmente assumindo o papel de ancora do que vem depois em termos de MCU, e ai o filme fica muito aquém em conteúdo com um enredo demasiado simplista para o que se poderá seguir.
Ou seja um filme algo estandardizado para apresentação, já que o filme não consegue perder muito tempo a apresentar o grupo, limitando-se a um curto flashback, sendo que a narrativa parece na maior parte do tempo transitória para o que vem em seguida do que propriamente alimentar em si o filme que nos parece algo básico para o tamanho que o filme tentou ter.
A historia fala-nos do grupo mais conhecido da Marvel, a sua origem e acima de tudo a luta no confronto contra um destruidor de planetas de tamanho inacreditável e a sua ajudante Silver surfer na tentativa de proteger o filho de dois dos seus elementos.
O argumento do filme é demasiado simples para ser introdutório, mas a narrativa central também parece algo vazia para alimentar um blockbuster. As personagens são demasiado superficiais na maior parte do tempo, não existindo muito para alem dos clichés já conhecidos de cada um deles.
Na realizaçao a aposta vintage é visualmente forte, Shakman é um realizador com muito sucesso na televisão que agora teve a seu cargo um filme de montra que consegue dar um teor próprio na escolha vintage da moda, com efeitos de primeira linha, mas pouco risco.
No cast a escolha dos interpretes do grupo é competente sem ser totalmente potenciado nas personagens pouco trabalhadas e maioritariamente limitadas, o que não faz com que as personagens cresçam principalmente em termos de MCU. Acaba por ser Kirby que tem os melhores momentos, sendo que os restantes ficam algo presos ao boneco.
O melhor - O lado estetico vintage da produçao.
O pior - Demasiado básico no argumento
Avaliação - C+

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