Friday, May 30, 2025

Until Dawn

 



O terror é de longe o segmento que mais ativo esteve no presente ano desde filmes mais concetuais de autor até ao mais tipico filme de estudio como este, baseado num videojogo com um realizador conceituado na materia e a adaptação de um jogo de computador de sucesso. O filme acabou por obter uma mediania critica que não lhe serviu de impulso. Por sua vez comercialmente tendo em conta que não é um filme com grandes figuras os resultados ate foram competentes se calhar pelo facto de termos aqui uma adaptaçao de um videojogo de algum sucesso.

Sobre o filme podemos dizer que tem dois elementos que poderiam a historia fazer funcionar, o voltar atrás e o lado estetico exagerado das mortes, com um grafismo de estudio mas pesado. mas mesmo assim o filme não funciona porque o argumento é difuso, ficam demasiadas questões por responder, mais do que as que são respondidas, ficando o filme demasiado refem da sua ação pura e menos de um trabalho mais aprofundado.

Por tudo isto temos um terror de estudio com os seus maiores defeitos, na estetica apenas dura, mas sem arte, mas acima de tudo na falta de elementos narrativos que expliquem um pouco as personagens, tem sede de ir demasiado rapido a ação, se calhar porque os seus objetivos comerciais eram demasiado imediatos mas fica muito por responder, num filme com demasiadas pontes para ficar a meio caminho.

Por tudo isto um mediocre filme de terror de estudio, daqueles que ficaram na mesma pasta de arquivo do que a maioria de terror adolescente, se calhar com uma dose maior de agressividade e violência mas pouco mais. Fica a sensação que a espaços o filme tenta ter mais conteudo como se calhar trabalhar o seu vilão, mas acaba por desistir para ir para o lado mais imediato.

A historia segue um conjunto de jovens que chegam a um antigo hospital psiquiatrico tentando perceber o que aconteceu com uma irma de uma delas, desaparecida, mas percebem que algo de estranho acontece naquele espaço quando chega a noite.

Como jogo de computador o reinicio acaba por ser uma boa aposta e funcionar bem, como filme necessita de ser trabalhado a sua justificação e o filme é em termos de argumento maioritariamente preguiçoso. Nota-se a dificuldade do filme justificar, cimentar as ideias e isso e tipico em filmes de terror de estudio como este.

Na realizaçao Sandberg regressa ao terreno onde teve mais sucesso e foi mais feliz. Um estilo violento, sem arte, mas longe daquilo que ja fez no genero. Depois de algum imediatismo na serie Shazam parece que aqui e a sua praia embora nem sempre aqui com risco artistico.

O cast tem um conjunto de jovens atores desconhecidos sem grandes momentos, em personagens demasiado fisicas e Stormare mal potenciado numa personagem que merecia mais tempo e mais respostas.


O melhor - O lado duro das mortes

O pior - Muita coisa por responder


Avaliação - C-




Thursday, May 29, 2025

Fear Street: Prom Queen

 A netflix anunciou que as suas longas metragens teriam apostas de menos risco, e esta e uma delas, o tipico filme de terror adolescente com muito sangue e alguns conceitos americanos com muita influencia musical e de estilo dos anos 80. Criticamente a indiferença negativa esperada, comercialmente pode conduzir alguns juvenis mais revivalistas a procurar um conceito simples com pouco a perder.

Sobre o filme é claramente um filme que culturalmente estuda o seu tempo, na forma de vestir, nos maneirismos e na musica, e se nada no filme mais resultar temos uma boa playlist de musicas da passagem dos 89 para os 90 o que da um caracter ligeiro a um filme que quer sempre ser o mais simplista possivel.

Depois facil, personagens adolescentes e um baile onde começam a morrer pessoas ate descobrirmos quem e o homicida, no mais facil possivel, o filme perde pouco tempo a tentar construir mais, quer ser um filme simples que se ve e se esquece, sendo que no final lembramo nos mais das musicas que ja nao ouviamos a muito tempo do que o filme basico que vimos.

Por tudo isto um filme para encher espaço numa biblioteca de filmes cada vez mais limitada da Netflix. E um filme de verão curto, onde tentamos perceber quem e o homicida, com uma roupa estranha e com muito sangue para um resultado final quase sempre limitado no seu reflexo.

A historia fala de uma jovem marcada pelo acontecimento do passado que e concorrente a rainha do baile contra a rapariga com mais poder na escola contudo no dia do evento muitas gente começa a morrer nas maos de um suspeito assassino, como tinha ocorrido no passado.

O argumento e basico em todos os cliches nao so na preparação do filme mas tambem na forma como termina, poucas ideias, muita tradiçao num claro hino ao cliche de filmes do genero.

Na realizaçao temos Matt Palmer um desconhecido que tem a seu favor no filme o ir buscar a cultura daquela mudança de decada, sem grande arte visual mas sim musical. Nao e o tipo de filme que cria carreiras, nem parece o estilo de realizador que vai apostar muito nela, teve o momento e fez o filme que queria.

No cast um conjunto de jovens atrizes a buscar minutos e mediatismo, com papeis simples e cliches, sendo que nos secundarios se Klien nunca encontrou o seu espaço como ator adulto, estranha muito mais Waterston que ja teve nas primeiras linhas acabar por secundarizar um filme como este.


O melhor - A musica

O pior - O cliche


Avaliação - C

The Wedding Banquet

 Com um aumento cada vez maior da população asiatica, principalmente coreana nos EUA seria obvio que mais cedo ou mais tarde essa população tivesse dedicada filmes proprios aqui com uma legenda da liberdade sexual sob forma de comedia de costumes. O filme estreou com um sublinhado que era a prestação seguinte de Gladstone apos a nomeaçao para o Oscar. Criticamente o filme ate obteve boas criticas sendo que comercialmente as dificuldades foram maiores convencendo acima de tudo a população mais ativista nas questoes LGBT.

Sobre o filme podemos dizer que inicialmente parece demasiado tonto nas personagens, com demasiados cliches para os esteriotipos que querem ser, mas depois acaba por se ajustar melhor na confunsão de temas como barreiras culturais, nacionalidades e maternidade que faz um mix confuso, em que o filme deixa de lado a tentativa de ser engraçado, que na realidade nunca consegue ter efeito para ser um filme mais politico de forma suave.

Nao e obviamente uma grande comedia romantica porque coloca um pouco de lado a quimica entre os dois pares e aqui falha. Numa altura em que o cinema esta cada vez mais aberto a essa diferença o filme trabalha pouco este lado mais emocional, indiferente de genero. Tambem para comedia fica a sensação que se perde em demasia ao sabor de um ou outro apontamento comico mas tem dificuldade em concretizar.

Enfim um filme de primavera com o lado cultural assinalado, mas mais que isso a agenda homossexual com dois lados e interligações, que acabam por dar esse espaço. Parece me que o filme nao consegue crescer nas suas limitações e isso torna-o mais um apontamento do que algo divertido para quem o ve

A historia segue dois casais homossexuais de genero que acabam por combinar um casamento entre um de cada elemento desde logo para um ter nacionalidade americana numa altura em que um dos elementos femininos tenta engravidar.

O argumento e uma mistura de temas que bem organizados poderia dar uma comedia interessante mas que o filme nunca o faz da forma mais interessante ou divertida. Os temas estao la mas pouco mais no registo final. Fica a ideia que poderia ser melhor trabalhado.

Na realizaçao temos Ahn um realizador asiatico com passado da televisao que tem uma abordagem simples, se risco deixando os espetadores fluirem num filme de estudio. A sua abordagem nao e brilhante mas tambem e o aspeto em que o filme menos aposta.

No cast um conjunto de atores asiaticos menos famosos, alguns com algumas apariçoes como secundarios com papeis simples, e uma Gladstone a tentar encontrar um caminho que pelas suas caracteristicas seria dificil. Nao e brilhante a sua personagem e pode esmurecer.


O melhor - O mix tematico

O pior - A desorganizaçao


Avaliação - C-

Wednesday, May 28, 2025

Magazine Dreams

 Estreado com sucesso em Sundance de 2023 na verdadeira explosão de Johnatan Majors que parecia apontar para a criação de uma nova superestrela do cinema, mas depois desse impeto, problemas judiciais conduziram a que rapidamente tudo viesse pelo cano abaixo. O filme que mais sofreu com isso foi este, ja que apos as primeiras visualizações o filme foi logo aposta da Searchlight para os premios sendo Majors um candidato anunciado. Depois do problema o filme foi adiado, vendido e dois anos depois surge de forma silenciosa, ainda com boas criticas, mas mais moderadas e comercialmente desaparecido.

Sobre o filme posso dizer que efetivamente sem as polemicas poderia ser um candidato aos premios sendo que Majors poderia ser efetivamente um candidato ao oscar em 2024 pois a sua prestação e inacreditvavel leva o filme atras de si e demonstra bem a efusividade que se foi criando em seu torno antes da polemica. O filme reside nessa intensidade nessa entrega que permite o filme descer as profundezas de uma personagem que gere o filme.

E claramente pouco o que o filme viu na sua estreia, isolado, sem grande ribalta quando Majors tinha todos os ingredientes para ficar na historia com esta prestação e levar o filme consigo. O filme e impactante, intenso, duro. E daqueles filmes sobre personagem que nos leva com ela, que nos faz sentir e isso parece ser desaproveitado numa estreia dos primeiros meses, fica a ideia que efetivamente devia separar-se a vida pessoal da obra.

Por tudo isto Magazine Dreams e o primeiro grande filme do ano, se calhar nao deste mas mesmo em 2023 este filme tinha armas para lutar. E um dos filmes que consegue ser impactante do primeiro ao ultimo minuto, uma montanha russa de emoçoes e decisoes que nos leva, sempre com Majors ao leme.

A historia segue um jovem marcado pela tragica morte dos pais, que tenta seguir a vida com um unico objetivo de ser um culturista conceituado que o leva a uma obsessão por tais objetivos que conduzem a efeitos claros no seu ajustamento social e saude mental.

O filme e intenso detalhado na autopsia moral da personagem, os seus momentos, avanços e recuos o filme leva-nos com a personagem mesmo nas suas auto verbalizações. Intenso, duro, cru e real, um argumento que potencia todos os elementos da personagem.

Na realização Bynum tinha tido um primeiro filme com algum reconhecimento comercial mas nao foi brilhante mas aqui tem as escolhas certas deixando a personagem visualmente dominar o filme. QUando tinha o filme em ponto de rebuçado aspetos extra mataram um bom filme que merecia um outro destaque principalmente um realizador que nao teve qualquer culpa do sucedido. Espero que tenha novas oportunidades.

No cast temos um show Majors, nao fosse os aspetos extra cinema provavelmente teria sido o mais forte candidato a combater Murphy no oscar de melhor ator. Intenso, dinamico, condutor do filme demonstra todads as caracteristicas que fizeram dele uma estrema cadente que se explodiu. Agora e com os aspetos colaterais tera poucas hipoteses mas tenho duvidas que mesmo este ano consigamos ver atores com este tipo de desempenho.


O melhor - Majors

O pior - A forma como o filme perdeu por aspetos nada a ver com a obra


Avaliação - B+

Tuesday, May 27, 2025

Hell of a Summer

 Produzido em 2023 mas apenas lançado comercialmente em 2025 este é mais um dos filmes de terror da Neon na mó de cima a ver a luz do dia, não obstante do longo intervalo de tempo em questão. Esta comedia adolescente de terror não foi propriamente um exito critico para ressuscitar volvido dois anos, nem comercialmente se mostrou como sendo um sucesso com resultados muito rudimentares que fazem quesionar o porquê desta aposta.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme cliche, um conjunto de jovens juntam-se num acampamento de jovens e depois temos metade do curto filme a ter graça com piadas juvenis pouco eficazes e um serial killer a fazer perigar o grupo. Temos depois o jogo de tentar descobrir quem e o assassino e a sua motivação mas nada que prenda particularmente o espetador ao ecrã.

Por tudo isto temos um filme standartizado que nao consegue ser minimamente interessante em nenhum dos seus apontamentos sendo aborrecido na maioria deles ao longo de menos de hora e meia. Claro que o jovem Wolfhard e um icon dos jovens e aqui e tambem realizador mas parece muito pouco para um estreia tanto tempo depois.

Ou seja um cliche juvenil que rapidamente se dilui junto com outros filmes muito parecidos que o filme acaba por seguir sem nunca conseguir vincar-se minimamente em nenhum dos pontos. Apenas se percebe este lançamento como um escoamento de stock da Neon e dos seus sucessos já que de outra forma dificilmente se reconhece minima qualidade para o filme ter esta aposta.

O filme fala de um grupo de jovens que se reune com motivações distinitas num obsoleto parque de campismo, onde começam a surgir assassinatos que fazem todos desconfiar de todos e mais que isso lutar pela sobrevivencia ate a revelação final.

O argumento do filme é fraquinho ja vimos a base deste filme dezenas de vezes, em filme serie B, sendo que nunca e cru suficiente para viver do horror, a intriga do quem matou quem, indiferente e o lado comico funciona muito a espaços. Muito pouco.

Na realização a dupla de jovens realizadores tambem nao da uma roupagem diferente ao filme, básica, de estudio, com pouca arte ou abordagem diferenciada num projeto que pode ser unico na carreira dos mesmos, que fica dependente da carreira de um deles enquanto ator e que isso possa lhe dar o poder de impingir novas abordagens

Por fim o cast, mediocre muito por culpa de personagens pouco ou nada trabalhadas, essencialmente carne para canhão, algumas com o lado humoristico simples, mas nunca de forma a potenciar qualquer carreira


O melhor  - Algum misterio do obsoleto parque

O pior - A falta de atributos significativos nos diferentes pontos


Avaliaçãoi D+

Havoc

 Gareth Evans tornou-se num fenómeno no cinema depois do sucesso brutal de The Raid, apelidado um dos filmes de ação de maior sucesso dos últimos anos, eis que surge a continuidade de Evans como realizador, em colaboração com a Netflix e o lado mais cru de Hardy. O filme estreou mas criticamente ficou muito longe do que o realizador conseguiu no seu sucesso maior. Comercialmente podemos dizer que a NEtflix e principalmente com o chamariz Hardy consegue sempre alguma visibilidade mas fica a ideia que para o seguimento de The Raid se esperaria algo maior.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme que na sua essencia são quase duas horas de tiros e grande velocidade e pouco mais. Nao e propriamente uma intriga muito organizada, alias denota-se que o filme coloca de lado esses pontos para ir procurar a ação onde Evans sabe o que faz nas perseguições e nas rajadas, mas tudo é demais a quantidade de balas desperdiçadas torna tudo num absurdo que dificilmente convence.

Obvio que Evans nos faz entrar no filme, quer nas cenas dos carros quer nos tiros temos a maior parte do tempo que o filme gasta nos seus momentos. Falta personagens, a principal limita-se a um ou outro apontamento humorístico e pouco mais. As ligações passadas não são claras e a ideia que o filme deveria organizar mais a intriga e deixar de lado cinco minutos de disparos e clara.

Obvio que esta e a assinatura de Evans, foi este estilo que deu ao realizador o sucesso no seu primeiro filme e seria obvio que seguisse o estilo com sublinhado. Num filme com mais chegada ao publico esperava-se mais que o conceito estético que efetivamente funciona mas pouco mais. Longe de ser um filme referencia do género.

A historia segue um policia corrupto que se encontra emaranhado numa luta de gangs perigosos, depois do filho de uma temível lider da triade chinesa ser morte e começar a despontar uma luta por vingança que coloca tudo em causa.

Um dos problemas maiores do filme é o argumento, ideias algo soltas, pouco trabalhadas numa ideia que o filme tenta encontrar um balanço entre os grupos que nao existe. Isso da um espaço total aos tiros mas pouco a historia.

Na realizaçao Evans funcionou bem no seu primeiro filme, tem assinatura, tem impacto visual, mas fica a ideia que tem pouco conteudo. Nota-se a inspiração asiatica mas aqui, com mais meios e algo demais, embora os espetadores entrem de forma clara no filme.

No cast temos um Hardy operacional mas pouco abrangente. Fica a sensação que em muitos momentos parece algo perdido, decidido a dar o lado físico da historia e nada mais.  Poucos secundarios, alguns conhecidos mas pouco potenciados na historia.


O melhor - O lado visual de Evans

O pior - Ausencia de uma historia clara


Avaliação - C

Sunday, May 25, 2025

The Friend

 Produzido em 2024 mas apenas conseguiu ver a sua distribuição no ano seguinte, este filme que marca uma reunião entre Watts e Murray depois de algum sucesso de St Vincent e um filme pequeno, lento, sobre a escrita e as suas relações. Um filme que foi recebido com boas criticas que gostaram do caracter algo introspetivo das personagens e dos animais, sendo que em termos comerciais os resultados ficaram aquem embora depois de ver o filme facilmente se percebe que os seus objetivos comerciais eram curtos.

Sobre o filme podemos dizer que não e o filme facil, um filme onde muitas vezes o realismo e as conversas imaginarias se cruzam sem que isso seja perfeitamente definido, acaba por levar a que o espetador se prenda a uma historia que sofre muitas vezes por ser lenta demais, por ser demasiado centrado nos silencios da personagem e do cão, sendo que o seu significado nao e imediato.

Claro que o filme tem alguns pontos que funciona uma excelente construçao da personagem canidea, nas expressões na forma como o filme vai buscar em muitos momentos a relação entre os humanos e os cães em contraponto ao que o filme quer das personagens humanos. Aqui o filme e um pouco difuso, as personagens parecem sempre mais contextualizadas em momentos do que propriamente na consistencia total do filme.

Por tudo isto estamos perante um filme claramente de autor, um filme que tenta ser surpreendente na abordagem do argumento mas que nem sempre consegue gerir bem os ritmos, tornando o filme na maior parte do tempo aborrecido. Isso nao anula alguns dos pontos positivos que o filme acaba por ter, principalmente no que diz respeito a ligação e ao estado emocional dos animais.

O filme fala de um escritor que apos o seu suicidio deixa como herança a uma amiga a capacidade de escrever sobre ele com as suas mensagens mas tambem o seu grande cão, que vai fazer uma reflexao sobre o luto em conjunto.

O argumento do filme pode parecer bem mais trabalhado do ponto de vista ideologico mais do que narrativo. Os ritmos sao lentos, a maior parte das personagens sao caracterizadas em cenas isoladas e fica a sensação que algo falta na sua capacidade de transmitir. Mesmo assim o luto nos animais e um tema interessante.

Na realizaçao temos uma dupla pouco conhecida que tem um filme simples nos processos esteticos que aposta na historia dos mesmos realizadores. E um daqueles filmes sem grandes truques que aproveita o contexto amplo de NOva Iorque mas pouco mais. Nao era neste ponto que os realizadores queriam ser sublinhados.

Por fim no cast Watts tem andado a procura de espaço depois do fulgor da sua carreira ter sido ultrapassado. E competente sem ser brilhante deixando o cão ser o protagonista. Ao seu lado um Murray a espaços que o filme nao aproveita para a personagem que poderia ter mais momentos do filme.


O melhor - O cão e os seus sentimentos

O pior - O ritmo muito lento do filme


Avaliação - C

Saturday, May 24, 2025

Lilo & Stitch

 Pois bem em plena febre de Stitch eis que a Disney com um timing incrivel conseguiu lançar um live action que ira conduzir os mais pequenos, principalmente as meninas todas ao cinema, prometendo resultados de bilheteira estrondosos. Do ponto de vista critica a mediania da receção acabou por ser o menos dos males, principalmente tendo em conta os desastres criticos dos ultimos filmes da produtora.

Sobre o filme podemos dizer que consegue alguns elementos interessantes, desde logo nao e totalmente fiel a historia original, com mudanças na intriga, na posiçao das personagens, sem mexer na essencia do filme e acaba por ser funcionar nas mudanças que faz, tornando o filme mais ritmado e nunca perdendo os seus pontos fortes.

Por outro lado o filme tem um caracter descontraido, bem disposto e emocional que o torna ternurento que vai buscar a simplicidade que fez a Disney crescer numa conunicação facil. A escola por atores havainanos tambem foi importante na fidelidade do conceito, num filme que tem os ingredientes necessarios para cumprir as expetativas dos mais pequenos.

Por isso e mesmo tendo em conta que é um filme simples com a base toda do primeiro filme, faltou quem sabe a referencia ao patinho feio, bastante forte no primeiro filme, mas ao mesmo tempo simplifica processos. E um filme de multidão, não tenta ser concetual, e um filme comercial, bem feito, nao surpreende mas cumpre os seus objetivos.

A historia fala de Lilo uma menina ao cuidado da irma com dificuldade em se integrar apos a morte dos pais e a relação que cria com um estranho ser extra terrestre que foge para a terra devido a sua ameaça destruidora.

O argumento do filme tem a base do filme de animaçao com algumas alterações que o tornam um filme diferente sem mexer na base e nos procedimentos basilares. Tenta ter muito humor simples, familiar que consegue dar ritmo que o filme que ter.

Na realizaçao a DIsney foi buscar Fleisher Camp que tinha surpreendido nos ultimos tempos numa animaçao live action mais de autor. Aqui tem menos tempo para grandes assinaturas proprias, mas acaba por ser eficaz, o filme e realista, bons efeitos, bom trabalho de CGI sem grande risco. UMa boa tarefa.

No cast as escolhas nativas poderiam ser pequenas para tal investimento mas e um dos bons apontamentos do filme, tem quimica, empatia e são muito do coraçao do filme. Arrisca mais nos secundarios que acabam apenas por ser adereços.


O melhor - A simplicidade da comunicação

O pior - A ausencia do patinho feio


Avaliação - C+

Friday, May 23, 2025

Warfare

 Num ano ate ao momento onde a critica tinha estado implacavel com a maioria de filmes, este apontamento sobre guerra acabou por surpreender pelas suas competentes criticas e o realismo sempre presente nas obras de Garland. O filme estreou com um bom elenco mas com poucas luzes o que fez com o primor critico recebido não se tenha materalizado num claro sucesso comercial.

Sobre o filme podemos dizer que parece um documentario em tempo real de uma operação militar. O inicio e muito lento, antes da ação entrar em sublinhado, linguagem muito tecnica, pouca informação, pouca personagem, ou seja a preparação do que vem em seguida que mais não é do que um apontamento sobre sofrimento puro de uma ação militar, escrita e realizada por alguem que lá esteve numa homenagem a memorias.

Na parte mais ativa da operação temos tudo, realismo, sofrimento, sangue e interpretaçoes de primeira linha nos momentos mais particulares, mesmo que o filme seja desprovido de qualquer historia para alem do momento ou que procure o ser. O filme tem um sublinhado especial ao ser contado na primeira pessoa, num trabalho de pesquisa sobre memorias validadas, num bom projeto, real, intenso de cinema puro a muitos niveis.

Claro que nao e propriamente um filme que encaixe imeditamente os primeiros quinze minutos são lentos, transmitem pouco, por vezes podemos ter a tendencia de abandonar o projeto nesses momentos, mas acaba por tal nao acontecer, e quando o filme se solta temos cinema de primeira linha. Um acontecimento mais que um grande filme, um documentario real mais que um otimo filme de ficção.

A historia fala de momento a momento uma operação militar no iraque, as suas consequências momento a momento, na forma como lidar com o ataque, com o risco, com o sentimento de perda e inevitabilidade, ate ao momento do resgate.

Em termos de argumento não é propriamente um filme muito trabalhado. Poucas palavras, uma cena que não é explicada deixando a ação e a sobrevivencia fluir. Poderia inicialmente ser mais contextualizado nas personagens mas acima de tudo naquilo que vamos ver e os seus motivos.

Na realizaçao Garland e um realizador particular capaz de nos levar para sitios pouco pensados num realismo impressionante. Aqui em colaboração com Ray Mendonza um coordenador de duplos que conta a sua historia da forma que a viveu. Um excelente projeto de realização, que nos leva para a cena como poucos filmes de guerra o fizeram.

Poderiamos achar que um filme sem personagens nao pode dar boas interpretações mas o filme e intenso, Poulter, Quinn e Jarvis dao essa intensidade ao filme em momentos soltos impactantes. Claro que nao sao personagens muito elaboradas, mas quando o filme as pede eles dizem presente.


O melhor - O realismo da açao

O pior - A falta de contexto


Avaliação - B

Drop

 Estamos num ano em que o terror virtual tem ganho algum protagonismo, repetindo mesmo algumas ideias, sendo algumas as semelhanças entre o conceito deste Drop com o Locked lançado algumas semanas antes. Nao obstante de ideias parecidas este filme acabou por obter melhores criticas se calhar por entrar mais num lado publico plausivel. Do ponto de vista comercial, sem grandes figuras de primeira linha os resultados foram os possiveis longe de grande brilhantismo.

Sobre o filme podemos dizer que o filme nunca aposta verdadeiramente do lado do terror, mantendo uma tensão psicologica mais continua, mas que acaba por ao mesmo tempo ser um filme de estudio com procedimentos simples que fica desde cedo muito dependente do seu desenlace, o qual nunca é verdadeiramente surpreendente.

E daqueles filmes que tem um serviço de prazer instantâneo com alguma intensidade a espaços mas longe de ser um filme com objetivos mais longos. Não e um filme que explora particularmente as personagens, ficando a ideia que poderia mais trabalhar o espaço a volta do que ir de encontro a alguma repetição de sequencias que tornam o filme um looping que não o permite crescer.

Por tudo isto temos um filme simples, com objetivos curtos que funciona porque faz depender do fim que esconde, embora a revelação nunca seja particularmente impactante para o resultado final. E daqueles filmes que tambem do ponto de vista concetual acaba por ir sempre para um caminho mais natural e basico ficando a ideia que arrisca pouco, se calhar porque pode nunca ter pensado num crescimento tao claro comercial.

A historia segue uma mãe, marcada por violência domestica no passado e num episodio traumatico que num encontro planeado acaba por começar a receber algumas mensagens de uma pessoa anonima que tentam levar a mesma a cometer em crime colocando em causa sua familia.

No que diz respeito ao argumento temos procedimentos simples, a intriga pleneada para funcionar ao maximo e pouco mais. Poucas personagens, dialogos standartizadas nao sendo o forte do filme. O final funciona sem ser brilhante.

Na realizaçao temos Landon um realizador de terror moderado de estudio que encaixa no mesmo estilo. Pouco risco, demasiado estudio uma abordagem simplista e limpa que será sempre mais clara para este tipo de cinema juvenil do que para outros voos.

No cast temos uma dupla em crescimento mas ainda sem dimensão para serem ancoras de projetos Fahy nao e propriamente carismatica Sklenar ainda parece o tipico pop star mais pouco. O filme tem pouco crescimento de personagens e por tanto pouca capacidade de impressionar neste particular.


O melhor - Nao quer muito do espetador.

O pior - O pouco ou nenhum risco e por conseguinte a pouca capacidade de surpreender


Avaliação - C

Sunday, May 18, 2025

The Penguin Lessons

Produzido em 2024 este filme sobre as dinamicas politicas argentinas nos anos 70, mas acima de tudo um filme sobre dinamicas de vida viu a luz do dia em alguns cinemas americanos ja este ano, entre uma multidão de filmes de terror rapido que tem sido a marca de agua do ano em termos de lançamentos maiores. O filme obteve criticas medianas, embora o publico tenha gostado da simplicidade emocional do filme. Comercialmente sem grandes figuras de referencia o filme resultou mais em mercados perifericos do que nos EUA.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme standartizado em dois pontos muito recorrentes, desde logo na relaçao entre personagem e animal, neste caso o sempre curioso pinguim, mas tambem o lado do professor alunos desadaptados, estes dois pontos sao tratados com emoçao, com muito cliche mas faz com que o espetador consiga ligar-se emocionalmente a um filme que tirando o contexto politico nunca tenta ser mais que isso.

O filme tem um humor ligeiro, muitas vezes nas entrelinhas do dialogo que lhe da algum charme, que nos faz libertar alguns sorrisos, mesmo que seja um filme mais emotivo nas relaçoes do que propriamente uma comedia de costumes. Esse balanço, faz com que o filme, sem ser um filme particularmente diferenciado se va ligando sempre aos espetadores e isso parece ser o lado mais esperado do filme.

Num ano de filmes estranhos ou de terror a simplicidade de processos emocionais como este acaba por ser uma mais valia. A tradiçao da emoçao simples, algum humor ingles acaba por ser um ingrediente suficiente para uma tarde interessante, nunca tendo o filme o objetivo de ser mais que isso. Fica a ideia que deveria ser bem mais trabalhado na integraçao contextual e politica que o poderia fazer um filme mais crescido.

A historia segue um professor de ingles que embarca para uma aventura num colegio privado na argentina, que acaba por conhecer um pinguim que o vai ajudar a adaptar-se as novas circunstancias.

O argumento do filme é nos seus processos simples, vai buscar aquilo que normalmente estes filmes mais querem como a redençao dos alunos e uma ligaçao inesperada entre animal e pessoa. E no humor ligeiro que o filme parece mais diferenciado. O resultado e interessante sem nunca ser particularmente brilhante.

Na realizaço Cattaneo teve em Full Monty a sua obra de referencia, depois acabou por seguir o mesmo trajeto de filmes simples, emocionais, ingleses, que nunca lhe deu uma dimensão particularmente relevante depois do sucesso inicial. Aqui e simples emocional como foi a carreira toda.

O filme encaixa nas caracteristicas desligadas de Coogan que interpreta bem o que o filme quer, mesmo com as suas dificiencias mais emocionais. Nao e um filme exigente deste ponto de vista, sendo que Coogan funciona sempre nho humor ironico.


O melhor - A emoçao filme que o filme traduz.

O pior - Poderia ser mais contextualziado politicamente


Avaliação - C+

Friday, May 16, 2025

Death of a Unicorn

 Este peculiar filme com um elenco comercialmente interssante, unicornios e algum terror, horror parecia a primeira vista um filme que poderia triunfar nos cinemas principalmente aproveitando o bom momento de Ortega. Contudo as primeiras visualizações acabaram por ditar uma mediania critica que não serviu de impulso comercial ao filme que acabou por ter resultados muito aquem do que se esperava no primeiro momento em que o filme foi anunciado.

Sobre o filme podemos começar por dizer que se trata de uma confusão de conceitos, apresenta-se como um drama familiar na introdução, na forma como o primeiro dialogo demonstra um pai e uma filha distante, mas rapidamente parece ser uma comedia familiar com o aparecimento do elemento magico e das personagens algo absurdas para acabar por se tornar num horror sem grande sentido numa viagem estranha, mas que dá pouco, muito pouco ao espetador.

Por tudo isto não é um filme facil, porque na viagem que fazemos pelo genero nenhum convence, desde logo o drama porque é curto e esquecido nos primeiros momentos do filme, o lado comico ate parece o que poderia ter mais potencial, fornecendo algumas cenas ligeiras mas nunca verdadeiramente engraçadas. Os unicornios violentos e de horror acaba por nunca encaixar no registo tornando mesmo o filme cringe em alguns momentos.

Fica claro neste filme como noutros que ao longo do ano tem sido lançados a dificuldade dos projetos atuais conseguirem ter alguma consistencia. Aqui um exprimentalismo exagerado que nunca consegue ser minimamente convincente num filme que se percebe rapidamente que nunca vai conseguir ser funcionar em nenhum dos seus propositos.

O filme fala de um pai e de uma filha que visitam uma familia riquissima para o qual o pai trabalha, mas no caminho atropelam um unicornio que acaba por demonstrar propriedades magicas que pode salvar a vida ao magnada, mas com um custo associado.

O argumento do filme é confuso, nos objetivos, no estilo, na forma como as personagens parecem sempre ir mais alem do que na realidade bom. Nem tem termos morais o filme consegue ser objetivo sendo tudo muito difuso e o grande problema do filme.

Para um filme de estudio com um bom elenco, com uma produtora grande espera-se uma realização pelo menos eficaz e competente que não o é. O filme nao tem qualquer tipo de risco estetico, e os efeitos por vezes exageram no digital. Sei que e um dos primeiros projetos de Scharfman como realizador mas a amostra nao e feliz.

No cast o filme aposta no lado mais estranho de Ortega, no lado mais bobo de Rudd, e na excentricidade de C Grant dentro de estilos ja usados. Poulter e o que arrisca mais fora do registo habitual, mas parece demasiado ridiculo para funcionar mesmo humoristicamente.


O melhor - Alguns segmentos comicos isolados.

O pior - A ideia final que nao percebemos onde o filme queria ir


Avaliação - D+

Wednesday, May 14, 2025

The Woman in the Yard

 Num ano em que novamente grande parte dos projetos que saem no cinema são de terror ou thriller psicologico, eis que uma das produtoras mais ativas e mais dedicadas ao genero lança mais um projeto, com um elenco de segunda linha, mas acima de tudo um filme sobre terror psicologico. O filme estreou com avaliaçoes sofriveis o que fez este projeto perder algum fulgor comercial que poderia ter tendo em conta a produtora em questão.

Sobre o filme podemos dizer que este até começa bem na introdução das personagens e dinamica familiar associada. Com a apariçao da personagem que da titulo ao filme, a abordagem ate se torna algo confusa em alguns momentos e fica a sensação que o filme perde-se a organizar-se de novo. Aposta demasiado num terror estetico quando no final temos um filme com uma abordagem mais metaforica que poderia funcionar melhor se o filme conseguisse em momentos se origanizar

Fica a sensação que para um filme tao curto e demasiado slow burn, nunca o horror estetico impera e a dimensão psicologica tambem nem sempre tem a intensidade que olhando no filme poderia ter. Mesmo a dimensao estetica da personagem central poderia ser trabalhada com momentos muito mais assustadores. Fica a sensação que o sumo final do filme e algo melhor do que a fruta que o produz.

Mesmo assim uma boa metafora sobre o sofrimento, com espelhos a mistura, mas um filme cujos procedimentos nao sao brilhantes. Fica a ideia que o filme se perde algo em se assumir pelo menos como um filme de horror, acabando por ficar sempre em fronteiras que nao sao particularmente funcionais.

A historia segue uma familia marcada pelo drama de um acidente que vitimou o pai e colocou a mãe debilitada ate uma estranha mulher coberta de preto começa por se sentar no quintal de casa com uma presença cada vez mais permanente.

O argumento do filme parece que no final tem muito mais dimensao do que propriamente o filme consegue transmitir nos seus momentos. A ideia e melhor do que a concretização, sendo um filme bem introduzido e com uma boa conclusao fica a ideia que e no intermedio que as coisas correm pior.

Na realizaçao o projeto e assinado por Serra no terror onde começou mas que intercalou com uma açao de estudio mais imediata. E um realizador que consegue alguns momentos esteticos embora fique a ideia que o filme e claro demais para a intensidade que quer ter.

No cast um elenco desconhecido liderado pela intensidade de Deadwyler uma atriz em otimo momento que se entrega ao filme permitindo a intensidade que o filme quer ter. Os menores tambem funcionam, sendo que o cast e dos elementos mais potenciados do filme.


O melhor - Fica a ideia que o filme tem uma metafora bem pensada

O pior - O desenvolvimento do filme deixa alguns pontos sem grande desenvolvimento


Avaliação . C

Monday, May 12, 2025

Locked

 Com a evolução tecnologica dos carros seria uma questão de tempo ate ao filme de Tom Hardy com o nome parecido ter a sua adaptação aos nossos dias. Pois bem agora temos tecnlogia de ponte, um horror mais intenso e estetico mas o mesmo estilo de abordagem. O filme estreou com criticas moderadas, longe do sucesso do filme de base, sendo que comercialmente mesmo com Skaarsgard a ganhar algum protagonismo nos ultimos tempos o resultado ficou muito aquem das melhores previsoes.

Sobre o filme podemos dizer que o filme original é forte, intenso, precisamente porque a pressão psicologica consegue sempre ser superior a pressão e horror fisico. Pois bem este filme muda um pouco o figurino, ja que para alem do lado atual da evolução do carro, o que lhe confere mais oportunidades de interação, este acaba por ser mais fisico, mais violento, mais cru, o que nao e propriamente um atributo mais benefico para aquilo que o filme quer fornecer.

Temos por isso um filme de terror, com todos os exageros, na maior parte das vezes mesmo impossivel na coerencia dos seus momentos do que propriamente um thriller psicologico que parece ter por base uma historia como esta. Claro que um filme curto de desenvolvimento rapido da sempre a oportunidade que o espetador fique atento embora o resultado final fique demasiado mediado para o que poderia acontecer.

Os filmes atuais parecem sempre demasiado ansiosos em fazer roupagens de filmes de sucessos recentes, o que faz com que a previsibilidade de quem ja conhece a historia nao seja ultrapassada mesmo que alguns elementos sejam facilmente acrescentados nem sempre isso e suficiente para fazer o filme resultar por si so, ficando apenas um registo previsivel como este.

O filme fala de um ladrão que acaba por tentar assaltar um carro que mais não é do que uma armadilha de um individuo farto de ver os seus carros serem assaltados e que planeou a sua vingança de uma vida na tentativa de fazer sofrer o ladrão em questão.

 O argumento e conhecido, com umas nuances emocionais e moratorias que nao são propriamente faceis de identificar num primeiro momento. Algumas cenas são demasiado exageradas como a ida ao extremo dos limites fisicos do personagem, sendo que o final parece ir para um caminho de exageros que apaga um pouco o valor moral que o filme poderia querer ter.

Na realizaçao temos Yarosevski um realizador de filmes de terror de estudio, ainda com pouca dimensão que da ao filme essa roupagem simplista de terror de estudio, que se denota em dar privilegio ao horror fisico mais do que psicologico, quando o filme parece mais talhado para este ultimo. Vamos ver se segue este caminho mais simples ou arrisca mais noutros filmes.

No cast Skaarsgard parece funcionar melhor na sua plasticidade quando esta com caracterização onde se torna mais intenso, e faz sublinhar a sua intensidade. O filme procura esses momentos nem sempre com o efeito desejado. A voz de Hopkins parece claramente uma das melhores escolhas do filme.


O melhor - A voz de Hopkins

O pior - O filme ir para o lado mais violento e menos tenso


Avaliação - C

Sunday, May 11, 2025

A Working Man

 Jason Statham e o unico heroi atual baseado naquilo que durante os anos 80 alimentou uma industria de ação com herois como Schwarznegger ou Stallone. Dai que nao seja surpreendente que esta historia de Stallone acabe por ir buscar muito do simplismo desses tempos do heroi contra o mundo no estilo Statham. Criticamente este tipo de projetos nao são propriamente muito elogiados com avaliações muito medianas, mas comercialmente ainda conseguiu algum espaço, principalmente porque aproveitou uma fase do ano onde os projetos nao estavam propriamente a resultar.

Sobre o filme temos duas horas de cinema sem grande organização, coesão, mas acima de tudo momentos para Statham mostrar o seu lado de heroi de açao sempre simples, direto, violento, mesmo que estejamos perante um filme de estudio sem grande sangue, mas acima de tudo muitas sequencias de luta, num filme que logo no primeiro minuto percebemos como vai ser toda a sua duração.

A ideia e que este filme podera ser o inicio de um franchising parece-me demasiado, ja que a historia ou mesmo a personagem e tão limitada que qualquer novo capitulo desta saga sera mais do mesmo, nao tendo ficado a sensação que a personagem tivesse muito espaço, talvez apenas podendo potenciar a personagem do seu melhor amigo, o que pode acontecer tendo em conta o ator escolhido e o bom momento do mesmo.

Por tudo isto um filme de aluguer dos anos 90, um filme do heroi de açao contra os criminosos todos, pouco trabalhado, nao responde ao basico e essencialmente ao longo de uma hora e cinquenta vimos Statham distribuir violência e tiros nos maus para o final esperado, sem qualquer aresta fora deste plano, enfim parece-me muito reduzido para os dias de hoje.

A Historia fala de um mestre de obras de uma empresa familiar, cuja filha do proprietario acaba por ser raptada, conduzindo este individuo ao seu passado presseguindo os maus de forma a salvar a filha dos seus conhecidos.

O argumento e do mais simples que podemos imaginar, nao perde qualquer tempo em caracterizar personagens ou momentos, apenas define lados para depois começar com a ação pura, onde nao temos palavras, mas muitos maus e muitos confrontos, enfim muito pouco.

Ayer ja teve momentos em que se pensou que poderia ser um bom realizador de uma nova geração,  principalmente depois do sucesso de Furia e Fim de Turno, mas depois voltou a essencia do cinema de desgaste simples que marcou o inicio da sua carreira, mas fica a ideia que este ja e o segundo plano da sua carreira.

No cast Statham vai ser alguem que vai fazer uma carreira cheia de papeis iguais sem nunca ter provado qualquer outro valor, uma interpretação igual a todas as outras, e algumas presenças conhecidas mas cujos papeis nunca se desenvolvem num filme completamente insignificante para qualquer carreira.


O melhor - Nao faz pensar nada

O pior - A ideia que este tipo de filmes teria sempre de ter algo mais, que este nunca quer ter


Avaliação - C-

Saturday, May 10, 2025

Ash

 Terror Sci Fi é um genero que cada vez tem mais apostas, de filmes de estudio mas outros mais pequenos de realizadores em inicio de carreira que tentam vincar um estilo proprio. Isso foi o que tentou Ash um pequeno filme que estreou em alguns cinemas para depois ter uma amplificação maior na Amazon Prime. Criticamente as coisas correram bem, pese embora o publico em geral tenha manifestado mais desagrado com o resultado final. Comercialmente o filme teve pouco tempo nos ecras com resultados muitos residuais, acabando por ser encaminhado quase no imediato para o streaming.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme no espaço, que esconde muito do que realmente quer ser e que depois se vai revelando. Fica a clara sensação que o filme dá demasiados estimulos consequentes ao espetador, tornando-se confuso, muitas vezes impercetivel, que nao faz a sua narrativa crescer, ou mesmo ganhar o seu espaço, sendo que no final quando entramos no desenvolvimento final o espetador ja ficou demasiado confuso para o que sobra.

E um filme tipico de alguem que vem de outra arte pela forma com que as imagens querem aparecer todas ao mesmo tempo. O conjunto de memorias flashbacks, twist e tudo tanto e tao rapido que o impacto que as sequencias poderiam ter acabam por passar desprecebidas, mais que um filme com uma ma ideia parece-me um filme demasiado concrentrado e desorganizado na maioria dos seus momentos.

Por tudo isto podemos dizer que temos um filme que ate poderia ter alguma ambiçao na historia mas que nunca funciona na capacidade de comunicar com o espetador. Fica a sensação que por vezes alguma maior simplicidade de processos poderia tirar o filme da mediocridade e confusao em que se torna. QUando o tenta fazer esta demasiado perto do fim.

A historia fala da tripulante de uma nave que acorda sem memoria percebendo que todos os seus colegas estão mortos, tentanto perceber o que se passou com a ajuda de outro tripulante que acaba por regressar a nave para perceber o que ocorreu.

No argumento a base narrativa do filme e do jogo ate poderia dar um bom filme. Baseado num videojogo existe sempre dificuldade de preencher os espaços narrativos para alem da base e o filme tem essa dificuldade de agrupar segmentos tornando-se confuso, muito por culpa das escolhas do realizador.

Na realizaçao o rapper Flying LOtus tem aqui o seu projeto mais mediatico, com muita cor, muita luz, muitos efeitos, mas muita ansia de fazer tudo ao mesmo tempo. E um filme desorganizado nas imagens muito por culpa de uma incapacidade de Lotus ser objetivo no que quer transmitir.

No cast Gonzalez tem a liderança do filme algo que nao e propriamente habitual na sua carreira. A personagem e algo unidimensional, funcionando como atriz de ação e pouco mais. Paul nunca mais conseguiu continuar a carreira de Breaking Bad e coleciona papeis mais secundarios como este que vivem na sua intensidade.


O melhor - Fica a sensação que a base do jogo poderia dar um bom filme.

O pior - A confusao de imagens na grande parte do filme.


Avaliação - D+

Thursday, May 08, 2025

The Alto Knights

 Produzido em 2024 este novo filme do dinossauro Barry Levinson, surge com o tema da Mafia com um dos atores que mais se dedicou a este tipo de filmes com alguns dos filmes mais marcantes da historia do cinema. Este filme com Robert de NIro em dose dupla nao foi propriamente bem recebido pela critica razão pela qual saltou da fase de premios para um Março quase incognito em alguns cinemas. Comercialmente nao me parece um filme com grandes elementos sedutores do genero dai que os resultados foram os possiveis em face dos ingredientes em causa.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme que vai beber muito no formato aos tipicos filmes de Mafia americanos do passado, com grupos, truques mas mais que tudo os tiques dos personagens para manter o poder. O filme no entanto esta muito longe da qualidade dos dialogos e das personagens dos filmes maiores e mesmo a aposta de De Niro acaba por conduzir o filme logo para comparaçoes com outros registos em que fica sempre, em todos os niveis a perder.

O filme consegue apenas na sequencia final demonstrar um plano maior, para alem das guerras simples de poder e parada e resposta. FIca a ideia que para duas horas de duração as duas personagens centrais deveriam ter mais momentos e acima de tudo maior capacidade de dar momentos diferenciados ao filme, o que nunca conseguem fazer, ficando a sensação que não querem fazer, ja que tem linhas demasiado rigidas.

Levinson e experiente mas ha muito tempo que esta fora dos lugares mais mediaticos da industria este filme demonstra um estilo ultrapassado com muitos momentos que fariam algum furor há cerca de trinta anos mas que parece totalmente esgotado, num filme demasiado obvio, com ritmo lento, e sem nunca conseguir ter o carisma dos melhores filmes do genero que o filme se baseia.

A historia fala de dois amigos de nascença que se tornam lideres do submundo criminal, ate que um é preso e outro assume essa liderança de uma forma encaputada, até ao momento em que o segundo sai e tenta recuperar o trono.

O argumento do filme tem os elementos mais comuns do filme de gangsters, com uniões traições, confrontos, sem nunca ser particularmente diferente nas personagens ou nas estrategias. Fica a ideia que o filme nao consegue tirar trunfos e isso leva o filme para um registo mediocre no genero.

Para encontrarmos registos diferenciados de Levinson temos de andar mais de duas decadas de um realizador que em finais dos anos 90 foi uma referencia. Denota-se que filma da forma que sempre filmou sem perceber a evoluçao do cinema e isso esta claramente ultrapassado.

De Niro tenta encontrar a sua intensidade em dois papeis, parecidos, exigentes num ator com esta idade sempre interessante mas longe do fulgor de personagens do genero que construir a sua carreira. E um filme de one action man mas que fica aquem


O melhor - De Niro tem sempre a sua presença

O pior - UM filme tipico dos anos 90 sem evolução - 


Avaliação - C-

Monday, May 05, 2025

Black Bag

 Esta de regresso Soderbegh hiperativo com diversos filmes por ano, nos mais diferentes estilos, ora deambulando por um cinema mais experimental independente, ora juntando um elenco de primeira linha para uma abordagem mais comercial e com mais objetivos. Black Bag e claramente uma aposta maior do realizador pelo cast, argumentista e timming de lançamento. As criticas ajudaram o filme retornando o realizador ao louvor critico, sendo que comercialmente os resultados ficaram muito aquém das melhores expetativas, principalmente tendo em conta o cast e o tipo de filme.

Sobre o filme podemos dizer que temos acima de tudo um filme sobre espiões com intrigas e contra intrigas sempre do ponto de vista de uma inspetor de ação. O filme é curto e joga bastante bem com as palavras e com os avanços e recuos, o filme demonstra ir numa direção que o espetador percebe que nunca vai ser a correta mas deixa se levar e acaba por ser essa capacidade de nos enganar de forma deliberada e consciente que faz o filme funcionar.

Claro que fica a ideia que por vezes o filme é demasiado pequeno, na duração, que as personagens, poderiam e deveriam ser mais desenvolvidas na maior parte dos seus aspetos. Mas isso nao invalida de sem grande fogo de artificio este jogo do gato e do rato funcionar. Longe se calhar do que melhor Soderberg ja fez, fica a ideia que tenta ir demasiado rápido as questões, se calhar porque pensa ja na obra seguinte, mas isso não invalida o facto do filme funcionar, nos seus objetivos, ainda que algo curtos.

Por tudo isto podemos dizer que temos um filme competente, bem elencado, produzido e escrito. E um flme que nunca parece ambicionar ser uma obra prima, mas sim competente nos seus noventa minutos de duração, o que na maior parte das vezes acaba por ser o que se exige com tamanha materia prima.

A historia fala de uma serie de espiões ingleses, que percebem existir alguém que esta a trair os objetivos da equipa, levando a uma procura de quem será, que poderá influenciar as relações pessoais próximas entre eles, entre as quais um casamento de longa data.

O argumento do filme é coeso, deliberadamente indicioso, mas acima de tudo no final as coisas batem certo. Devido ao excesso de elementos por minuto pode ficar a ideia que o filme tem alguma dificuldade em acompanhar todos os avanços e recuos, mas com atenção tudo encaixa e isso por vezes e o mais difícil num filme como este.

Na realização Soderbegh e um realizador competente, versátil, pouco artificial, um experimentalista que por vezes gosta de ir aos meios de hollywood como aqui o faz em muitos elementos como o cast.Nao e um realizador de explosoes mas e competente naquilo que procura dos seus elementos, nao fosse uma figura de proa da industria.

O cast e recheado, que entrega ao lado mais enigmatico de Fassbender e Blanchet a batuta do filme e isso acaba por ser uma opção bem conseguida. O filme deixa os seus interpretes liderarem para fazer funcionar os seus secundarios onde Burke e Abela acabam por ser os mais consistentes. Fica a ideia que Jean Page ainda e curto em termos de recursos para este nivel.


O melhor - A capacidade do filme conseguir bater tudo certo no fim.

O pior - A duração algo curta


Avaliação - B-

Saturday, May 03, 2025

Mickey 17

 Depois de ter conseguido o maior reconhecimento possivel com Parasitas eis que o filme que se segue do realizador coreano Bong Joon Hoacabou por ser uma comedia critica de costumes, em ambiente sci fi com um elenco de primeira linha. A primeira coisa que nao cheirou bem criticamente no filme, foi o facto de estrear em março longe da temporada de premios. Com a estreia percebeu-se que a maioria dos criticos gostaram da ironia do conceito mas talvez nao tivesse selo de oscar. Comercialmente o filme foi uma grande aposta de março com resultados razoaveis principalmente no mundo inteiro ainda que ficou a sensação que o filme pudesse ir mais longe.

Sobre o filme podemos dizer que começa bem, com o conceito, com a critica e a ironia de cada momento, onde se percebe bem a satira exagerada politica, onde os bonecos criados pelos personagens acabam por dar ao filme o caminho interessante principalmente na vertente comica. Quando o filme entra nos duplos tambem funciona, mas a questão acaba por ser quando a intriga de ação ganha espaço e o filme percebe que a sua historia está longe de suportar um filme tão grande e ai fica a sensação que muitas das qualidades iniciais do filme se vão perdendo.

Fica a ideia que o filme aposta demasiado no lado satirico e comico e que isso vai entretendo o espetador que quando da por si percebe que o filme nao tem muitos mais elementos do que a critica solta associada ao estilo. E um filme de esteriotipos de bonecos exagerados, do absurdo levado ao limite. O filme tem a capacidade de ser bastante corrosivo nesses momentos mas tem dificuldade em encontrar outros espaços fora desse lado mais corrosivo.

Por tudo isto fica uma sabor agridocce no filme, claro que a ideia e diferenciada, que tem atores de primeira linha que conseguem entregar-se sempre ao filme, mas fica a ideia que o lado da intriga de ação sci fi fica muito aquem, com a ideia que o filme nao consegue trabalhar muito bem este lado do filme, e que no fim fica sempre a sensação que algo falhou.

A historia fala de um jovem que aceita morrer e sem impresso novamente numa nova versão de forma a tentar ajudar um excentrico individuo a tentar povoar um novo planeta, que acaba por estar constituido por uma estranha forma de vida. Tudo complica quando dois seres da mesma pessoa se juntam.

O argumento do filme é original na abordagem e no estilo, a ideia e diferente, bem trabalhada na fase inicial, mas depois tem dificuldade em se concretizar na ação narrativa da ação. Existe momentos em que o filme teria de ir buscar outros recursos para alem do lado comico para ser mais maduro e nunca o tenta fazer.

Na realizaçao Joon ho e um dos melhores realizadores do momento com uma filmiografia de primeira linha como Snowpiecer e Parasitas a figurar em muitas listas dos melhores filmes dos ultimos anos. Aqui nota-se a influencia de açao de alguns dos seus filmes onde tem ritmo, mas nao e propriamente um artista de primeira linha. Fica muito mais eficiente nao thriller oriental.

No cast Pattinson da ao filme a irreverencia e entrega que quer. Tem uma disponibilidade fisica significativa, e um ator intenso, mas fica a ideia que por vezes o filme exagera na sua caricatura. Ja Ruffalo parece que nos ultimos tempos insiste nestes maneirismos que me parece algo curto para um ator com tantos recursos como ele.

O melhor - Os primeiros 45 minutos

O pior - Tem dificuldade em fazer rendar a sua intriga de açao


Avaliação - C+

Thursday, May 01, 2025

Novocaine

 Estreado em Março com um conceito algo diferenciado, este filme de ação chamou a atenção pela originalidade da abordagem. Criticamente as coisas nao foram brilhantes com avaliações medianas, sendo que comercialmente, mesmo com alguma comercialização os resultados ficaram um pouco aquem do que poderia ser esperado principalmente na primeira fase da lançamento do filme.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme de desgaste rapido, que entra rapidamente naquela ação da personagem contra o mundo aproveitando o lado peculiar da personagem para levar ao extremo a aplicação da dor. Fica a clara ideia que o filme funciona melhor do ponto de vista comico do que do lado de açao, mas que isso faz o filme apenas razoavel longe de algum brilhantismo.

E um daqueles filmes que consideramos diferentes na premissa mas que depois e algo repetitivo nos processos. Procura os maneirismos de Quaid que ja sao conhecidos principalmente de The Boys, sendo que de resto e um filme ligeiro, que se ve bem, sem que dai surjam particulares ensinamentos do que a historia quer ser.

Ou seja um filme de ação de produtora, que acima de tudo tenta ser diferente na abordagem quando acima de tudo acaba por ser uma premissa pouco desenvolvida. Uma serie de atores jovens a procura do seu espaço, num filme que acaba por ter limites curtos que cumpre sem nunca ser particularmente trabalhado.

O filme fala sobre um isolado individuo com uma patologia que o faz não sentir dor que acaba por se apaixonar por uma jovem que e raptada por um grupo de criminosos que vao colocar a sua vida em risco quando este decide ir a procura dela.

O argumento do filme aposta quase tudo na premissa estranha da personagem, de resto está longe de ser particularmente bem trabalhado, com uma historia previsivel que e mais descontraida do que diferenciada. Fica a sensação que o filme poderia ser mais comico, mas nao vai por esse lado.

Na realizaçao temos uma dupla desconhecida que teve aqui o seu filme mais visivel que acaba por ter um coneito simples, de estudio com pouco ou nenhum risco. Fica a sensaçao que o filme poderia ser trabalhado mais esteticamente mas num conjunto de realizadores desconhecidos foi o resultado possivel.

O filme tem um cast de jovens atores a procura de alguma dimensão. Quaid tem estado bem, demonstrando capacidade principalmente neste tipo de registo de nerd anti social, que o filme acaba por aproveitar bem para a dualidade da ausencia de dor. Ao seu lado um Nicholson que e sempre uma boa homenagem estetica ao pai e Midthunder que tenta ganhar tempo de ecra.


O melhor - O conceito de base e diferente

O pior - O filme nao aproveita propriamente essa diferença para ser muito elaborado


Avaliação - C+