Num ano ate ao momento onde a critica tinha estado implacavel com a maioria de filmes, este apontamento sobre guerra acabou por surpreender pelas suas competentes criticas e o realismo sempre presente nas obras de Garland. O filme estreou com um bom elenco mas com poucas luzes o que fez com o primor critico recebido não se tenha materalizado num claro sucesso comercial.
Sobre o filme podemos dizer que parece um documentario em tempo real de uma operação militar. O inicio e muito lento, antes da ação entrar em sublinhado, linguagem muito tecnica, pouca informação, pouca personagem, ou seja a preparação do que vem em seguida que mais não é do que um apontamento sobre sofrimento puro de uma ação militar, escrita e realizada por alguem que lá esteve numa homenagem a memorias.
Na parte mais ativa da operação temos tudo, realismo, sofrimento, sangue e interpretaçoes de primeira linha nos momentos mais particulares, mesmo que o filme seja desprovido de qualquer historia para alem do momento ou que procure o ser. O filme tem um sublinhado especial ao ser contado na primeira pessoa, num trabalho de pesquisa sobre memorias validadas, num bom projeto, real, intenso de cinema puro a muitos niveis.
Claro que nao e propriamente um filme que encaixe imeditamente os primeiros quinze minutos são lentos, transmitem pouco, por vezes podemos ter a tendencia de abandonar o projeto nesses momentos, mas acaba por tal nao acontecer, e quando o filme se solta temos cinema de primeira linha. Um acontecimento mais que um grande filme, um documentario real mais que um otimo filme de ficção.
A historia fala de momento a momento uma operação militar no iraque, as suas consequências momento a momento, na forma como lidar com o ataque, com o risco, com o sentimento de perda e inevitabilidade, ate ao momento do resgate.
Em termos de argumento não é propriamente um filme muito trabalhado. Poucas palavras, uma cena que não é explicada deixando a ação e a sobrevivencia fluir. Poderia inicialmente ser mais contextualizado nas personagens mas acima de tudo naquilo que vamos ver e os seus motivos.
Na realizaçao Garland e um realizador particular capaz de nos levar para sitios pouco pensados num realismo impressionante. Aqui em colaboração com Ray Mendonza um coordenador de duplos que conta a sua historia da forma que a viveu. Um excelente projeto de realização, que nos leva para a cena como poucos filmes de guerra o fizeram.
Poderiamos achar que um filme sem personagens nao pode dar boas interpretações mas o filme e intenso, Poulter, Quinn e Jarvis dao essa intensidade ao filme em momentos soltos impactantes. Claro que nao sao personagens muito elaboradas, mas quando o filme as pede eles dizem presente.
O melhor - O realismo da açao
O pior - A falta de contexto
Avaliação - B

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