Tuesday, May 27, 2025

Havoc

 Gareth Evans tornou-se num fenómeno no cinema depois do sucesso brutal de The Raid, apelidado um dos filmes de ação de maior sucesso dos últimos anos, eis que surge a continuidade de Evans como realizador, em colaboração com a Netflix e o lado mais cru de Hardy. O filme estreou mas criticamente ficou muito longe do que o realizador conseguiu no seu sucesso maior. Comercialmente podemos dizer que a NEtflix e principalmente com o chamariz Hardy consegue sempre alguma visibilidade mas fica a ideia que para o seguimento de The Raid se esperaria algo maior.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme que na sua essencia são quase duas horas de tiros e grande velocidade e pouco mais. Nao e propriamente uma intriga muito organizada, alias denota-se que o filme coloca de lado esses pontos para ir procurar a ação onde Evans sabe o que faz nas perseguições e nas rajadas, mas tudo é demais a quantidade de balas desperdiçadas torna tudo num absurdo que dificilmente convence.

Obvio que Evans nos faz entrar no filme, quer nas cenas dos carros quer nos tiros temos a maior parte do tempo que o filme gasta nos seus momentos. Falta personagens, a principal limita-se a um ou outro apontamento humorístico e pouco mais. As ligações passadas não são claras e a ideia que o filme deveria organizar mais a intriga e deixar de lado cinco minutos de disparos e clara.

Obvio que esta e a assinatura de Evans, foi este estilo que deu ao realizador o sucesso no seu primeiro filme e seria obvio que seguisse o estilo com sublinhado. Num filme com mais chegada ao publico esperava-se mais que o conceito estético que efetivamente funciona mas pouco mais. Longe de ser um filme referencia do género.

A historia segue um policia corrupto que se encontra emaranhado numa luta de gangs perigosos, depois do filho de uma temível lider da triade chinesa ser morte e começar a despontar uma luta por vingança que coloca tudo em causa.

Um dos problemas maiores do filme é o argumento, ideias algo soltas, pouco trabalhadas numa ideia que o filme tenta encontrar um balanço entre os grupos que nao existe. Isso da um espaço total aos tiros mas pouco a historia.

Na realizaçao Evans funcionou bem no seu primeiro filme, tem assinatura, tem impacto visual, mas fica a ideia que tem pouco conteudo. Nota-se a inspiração asiatica mas aqui, com mais meios e algo demais, embora os espetadores entrem de forma clara no filme.

No cast temos um Hardy operacional mas pouco abrangente. Fica a sensação que em muitos momentos parece algo perdido, decidido a dar o lado físico da historia e nada mais.  Poucos secundarios, alguns conhecidos mas pouco potenciados na historia.


O melhor - O lado visual de Evans

O pior - Ausencia de uma historia clara


Avaliação - C

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