Depois do sucesso de Wonder seria previsivel que o mesmo estudio tentasse estudar um novo filme emotivo, familiar, com uma vocação religiosa que trabalhasse um problema de uma criança e acima de tudo como a familia lida com isso. Agora sobre o autismo saiu este filme que ao contrario de Wonder este longe de ser bem recebido pela critica muito pela culpa do exagero dramatico do mesmo. Comercialmente o filme falhou por completo sendo que o desastre ainda foi maior pela chancela religiosa.
Sobre o filme podemos dizer que é um filme serie B sobre uma materia serie A. O filme cai no absurdo, no exagero, e pensado para ir ao maximo nas emoçoes positivas, nunca indo as mais negativas, e um filme simpatico, mas irrealista sobre um tema muito particular e quando um filme nao quer ser maduro num tema normalmente falha.
O ponto inicial do filme ate funciona na caracterizaçao da personagem central, bem interpretada, exaustiva, intensa, e o filme acaba por ir aos poucos transmitindo esse sentimento ao espetador. Contudo o filme perde em tudo o resto, no lado idilico da escola, nos poucos ou nenhuns conflitos diretos com a personagem e o positivismo com que tudo e resolvido, torna-se mais numa novela juvenil do que num drama.
Ou seja um filme simples, de emoções simples e nem sempre bem trabalhadas, cheio de esteriotipos, exagerado na forma como tenta criar dramas totais para resoluções simplistas, nos dias de hoje exige-se mais dos filmes sobre temas tao impactantes como estes do que uma novela de domingo a tarde.
O filme fala de uma familia e das dificuldades que tem em responder a um menor com um estilo muito proprio de autismo, que acaba por fraturar as relações e colocar a estrutura familiar em causa.
O argumento do filme e demasiado simplista na sua construção. Fica a clara ideia que o filme procura ser simpatico num tema complicado, ficando-se pela rama pelos conflitos. As personagens sao pouco trabalhadas e o filme e quase sempre uma expressao emocional de um unico sentido.
Na realizaçao temos Jon Gunn e um realizador de filmes familiares pouco trabalhados e emotivos, com cliches e este nao consegue alterar esse procedimento. E um filme de qualidade reduzida que procura ser um filme simples nos seus processos.
No cast quando um filme alegadamente dramatico aposta em Levi é sinal que não quer ser propriamente um filme muito maduro. E um ator com muitas dificuldades no lado dramatico que o filme quer explorar. O jovem Laval funciona bem na construçao usando as suas proprias particularidades.
O melhor - A construçao de Laval.
O pior - O filme querer ser um serie B novelado
Avaliaçao - C-

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