Produzido em 2024 mas apenas lançado, e de uma forma bem silenciosa em 2025 este sci fi romantico acabou por ver a luz do dia em poucos cinemas, pese embora o duo de protagonistas com algum valor mediatico o filme acabou por não conseguir capitalizar este ponto a favor com resultados muito escassos aos quais não ajudou uma receção critica fria, numa abordagem original que fez pensar que poderia ter outro tipo de reconhecimento.
A historia é original um Wall E numa mistura de real action, tecnologia e avatares que bem trabalhado, poderia, assim como o filme da Disney conseguiu obter algum reconhecimento generalizado que nunca conseguiu fazer, e éssa falha acaba por ocorrer porque o filme não é coeso na forma como quer transmitir as suas ideias, ficando a sensação que percebe de uma forma fácil a sua desorganização avançando para uma conclusao rapida da ideia.
O filme tem um inicio interessante original, concetual, que poderia ser bem trabalhado, quando o salto da comunicação entre maquinas ocorre, fica a ideia que tudo é demasiado rapido, mas mais que isso que o filme perde algum dos pontos que parece ser o foco dos mesmos e quando acontece perde o controlo do que quer comunicar, e ai torna-se claramente menos objetivo e menos concreto.
Por tudo isto e reconhecendo a abordagem arriscada, e a sua ligação clara a Wall E, é um filme com defeitos numa tematica que me parece sempre mais facil de agradar, já que o risco na iniciativa normalmente e premeado. Fica a sensação que quis ir a diversos lugar demasiado rapido e perde-se nas ideias, tal acaba por dificultar a forma como o filme comunica.
A historia segue dois robots que num futuro bem distante de cruzam na rotação da terra e começam a comunicar criando uma curiosidade entre ambos que vai construindo uma relação que conduz a criação de personagens concretos para personificar esta aproximação.
O argumento tem basicamente a mesma base de partida de que Wall E, na forma como tenta criar o seu corpo narrativo o filme é original, mas tem dificuldade na clareza do que quer ser e tudo se torna confuso. Funciona no romantismo das pequenas cenas mas fica a ideia que para isso funcionar não necessitava de um contexto tao trabalhado.
No que diz respeito à realização os irmãos Zuchero têm aqui o primeiro trabalho maior, num filme trabalhoso, que tentam ser originais na abordagem, mas que fica algo confuso, fruto de uma inexperiencia que necessitaria de alguem mais habituado aos timming dos registos que o filme quer ter. Iremos ver se esta audacia continua com mais sucesso.
No cast muito da intepretaçao do duo de protagonistas acaba por ser vocal, pensando que Yun da mais ao filme que Stewart, não é propriamente um filme exigente, mesmo quando ambos ficam de carne e osso, mas é um trabalho diferente que encaixa bem na carreira mais critica de ambos
O melhor - Os primeiros dez minutos
O pior - A sensação que a peçar organizadas poderiam resultar num melhor filme.
Avaliação - C
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