Estreado em pequenos festivais norte americanos este drama pos guerra chamou alguma atenção da critica com boas avaliações que permitiu que um filme pensado para uma expansão curta adquirisse alguma visibilidade. Comercialmente mesmo com a expansão o resultado foi curto embora criticamente tenha sido um dos filmes melhores avaliados deste inicio de ano.
Os americanos tem um claro problema com a guerra e com a quantidade de pessoas que embracaram nestas missões, e acima de tudo no abandono posterior de alguem que ficou sem chão depois da guerra. Mas tambem tem um problema de armas que faz com que a combinaçao seja a todos os niveis perigosa e o filme tenta retratar isso sempre do ponto de vista de saude mental.
E um filme simples, mas e um filme que apesar de tratar tudo com alguma suavidade é duro no que quer transmitir, bem ligado na simbiose e na relaçao que vai sendo efetuada entre a personagem principal com o luto, com o remorso mas acima de tudo com a culpa. É um filme sobre saude mental que o trabalha bem, sem entrar em dramas intensos, mas sem fugir ao peso do tema.
Por tudo isto, e mesmo estreando em Fevereiro onde a maior parte dos adeptos de cinema de maior qualidade se encontram algo adormecidos, este é um filme que merece ser visto e mais que isso é um filme merece ser pensado. Claro que fora dos EUA pode ser dificil perceber o impacto do que está a ser transmitido, mas o filme acaba por trazer isso de uma forma completa, nunca sendo uma comedia, mas tambem nao caindo no drama exagerado.
O filme fala de uma ex militar que tem uma conversa permanente com uma sua ex companheira de guerra entretanto falecida no momento em que tem dificuldade em falar e tentar abordar os traumas da sua vida, mas os mesmos tornam-se mais impactantes quando tem de se relacionar com o seu avô paciente de Alzheimer.
O argumento do filme é simples na abordagem dos temas não fugindo ao peso dos mesmos. O filme consegue abordar o relativo do lado emocional e da saude mental, consegue trabalhar bem a personagem central. Nao arrisca muito mas e eficaz no balanço de si proprio.
Na realizaçao temos Hausmann-Stokes um jovem realizador que tem aqui o seu trabalho mais visivel e significativo que ja demonstrou ter uma agenda associada acima de tudo ao pos guerra. Aqui nao arrisca muito visualmente deixando o filme rolar de acordo com as emoçoes das personagens e funciona.
No cast temos dois secundarios de luxo que servem de base para as quase desconhecidas protagonistas liderar o filme. A ideia clara que principalmente Harris e o suporte de todo o filme, deixando espaço para Martin-Green encontrar o seu ritmo, ficando no entanto a ideia que a jovem Natalie MOrales encontra um espaço mais claro no filme, mesmo com menos tempo.
O melhor - O lado sensivel de temas muito fortes
O pior - Poderia ter mais risco concetual
Avaliação - B

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