Thursday, April 17, 2025

The Monkey

 Nos ultimos tempos James Wan quer como realizador quer como produtor tornou-se na figura mais valiosa do cinema de terror dai que cada filme produzido pelo mesmo é um acontecimento para os fãs do genero. Este ano surgiu um filme que tem como protagonista um brinquedo em forma de macaco que toca tambor, ou seja parecido com a boneca de porcelana entre outros. Criticamente as coisas funcionaram para Wan com avaliações positivas, sendo que comercialmente esse input critico acabou por permitiu resultados razoaveis, mas mesmo assim muito longe do que de melhor Wan ja conseguiu neste particular.

Sobre o filme podemos dizer que é o prototipo que tem conduzido o realizador ao sucesso, mortes exageradas, desta vez nem sempre com grande realismo, um objetivo sinistro e basicamente uma historia por trás que está longe de ser brilhante ou particularmente bem trabalhada, isso dá-nos mais um filme de terror igual a todos os outros que nunca vai ser particularmente revelante para alem das mortes exageradas que tenta ter.

O grande problema do filme é que ja vimos isto com outros bonecos demoniacos, e que a jogada familiar nunca é tão interessante para suportar o filme para além do lado basico do boneco demoniaco. Também as interpretaçoes de James, divididas em duas personagens acabam por ser muito diminutas, já que tudo e demasiado esteriotipado em todos os momentos, e quando tal ocorre fica sempre a ideia que muitas coisas falham.

Enfim um objeto de terror/horror longe de alguns sucessos que nos ultimos tempos tem dado um colorido maior ao genero. As ideias são sempre a mesma, o realismo do horror ja vimos melhor, mas e claro que este tipo de projeto funciona junto da populaçao mais jovem numa cultura popular muito particular. Quando um filme acaba por se tornar este icon, acaba tudo por se tornar demasiado rapido.

A historia segue um estranho boneco que sempre que é acionado leva a morte de alguem que esteja perto dele, em mortes violentas, que levam a que tal instrumento seja utilizado num drama familiar entre irmãos gemeos com um passado sombrio entre os dois.

O argumento do filme tem o lado fatalista do objeto, que foi algo que ja vimos em dezenas de outros filmes do mesmo genero, não tendo aqui nada de novo. No que diz respeito ao lado familiar está longe de ser brilhante ou de suspender o espetador ao filme, que é bastante abaixo do que vimos noutros filmes do genero.

A realizaçao foi entregue a Osgood Perkins um realizador que o ano passado surpreendeu com Longlegs, mas que aqui teve dificuldade em encontrar o balanço correto. O filme tem alguns bons momentos esteticos, mas a cola de todo o filme fica muito aquem do que seria de esperar de um registo como este.

No que diz respeito ao cast James parece-me ator a menos para um projeto como este, fica a ideia que esteriotipa muito mais os dois lados, num filme claramente dependente deste ponto. No que diz respeito aos secundarios pouco espaço. Para um filme tão dependente da sua figura central fica a ideia que o resultado é muito curto.


O melhor - As mortes são trabalhadas

O pior - O filme parece uma conjugação de ideias perdidas


Avaliação - C-

 

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