Depois do sucesso colossas que Us, mas principalmente Get Out teve Jordan Peele tornou-se numa figura incontornavel do humor, mas principalmente pelo lado racial que ofereceu sempre aos seus projetos, os quais funcionaram sempre não so em termos comerciais mas tambem do ponto de vista critico. Durante muito tempo Peele esteve associado a realizaçao deste projeto o qual acabaria apenas por assinar como produtor. Isso baixou as espetativas criticas que mesmo assim acabaram por ser positivas para o filme valorizando o horror do filme base mas tambem o lado social e racial que o filme trata. Comercialmente e em epoca de pandemia e um dos projetos mais rentaveis do ano principalmente dentre dos EUA onde o fenomeno no filme original tambem foi sempre maior.
Sobre o filme podemos dizer que temos um curto filme de terror que vai buscar as personagens ao filme de base abandonando por completo as sequelas. Esta estrategia tem sido valorizada em outras sagas de terror iconicas dos anos 80 e aqui temos novamente isso numa continuação declara que torna o filme pelo menos muito mais proximo da historia original.
Parece-me no entanto que em termos esteticos e do impacto estetico e um filme ligeiramente mais artistico do que assustados o que para um filme de terror podemos dizer que nao e propriamente um elogio. A figura central acaba por ter bons momentos mas fica a ideia que o filme tem dificuldade em potenciar principalmente o momento central do filme.
Por tudo isto e mesmo louvando alguma da capacidade do filme para revisitar o original e de colar bem o argumento em termos de impacto de estetica e mais que tudo em termos de novidade da historia fica a ideia que principalmente tendo em conta alguns dos produtores envolvidos e da expetativa que isso gerou poderiamos e deveriamos ter um filme a todos os niveis mais consensual.
A historia segue um artista que depois de ter conhecimento da historia de Candyman começa a sua expressao plastica com a base no culto o que leva a que uma serie de mortes comecem aparecer e desenterrem o lado desconhecido do seu passado.
Em termos de argumento se o remendo ou a ligaçao que o filme faz ao filme original acaba por ser interessante e coesa o filme e bem menos fez a trabalhar a historia em si propria, onde nos parece por vezes abusar demasiado em alguma previsibilidade e principalmente num frouxo final.
Para a realizaçao e depois de Peele ter saido do projeto entrou Nia DaCosta uma realizadora afro americana que tem crescido em dimensão e que tem aqui o filme mais vistosos. O filme trabalha melhor no conceito estetico da autora do que no horror e nao sei se essa e a soluçao mais vantajosa para qualquer um dos dois.
No cast a despesa da casa esta por completo num dos atores em melhor forma em Hollywood um hiperativo Abdul-Mateen II que se entrega numa boa e intensa prestação fisica que acaba por ser dos poucos elementos que da horror ao filme, muito por culpa da caracterizaçao. Fica a ideia que no filme fica algo abandonado pela falta de algumas bengalas.
O melhor - O filme cola bem ao original
O pior - Tem dificuldades na sua propria historia
Avaliação - C
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