A familia Coppola ganhou um lugar muito particular na historia do cinema, alicerçados naquilo que Francis fez e que o tornou num dos melhores realizadores da historia, com o sucesso mais intimista de Sofia, mas outros familiares foram e vão tentando a sua sorte. Aqui foi a vez da sua neta Gia lançar-se aos liões neste filme sobre redes sociais e a forma como a mesma cria idolos. Apesar da atualidade do tema, a sua irreverência nao foi propriamente bem recebida e as criticas foram bastante negativas. Do ponto de vista comercial os resultados foram inexistentes e parece-se que ira para o lado falhado dos Copolla
Sobre o filme apesar de ter demasiado ruido muito por culpa de uma personagem central demasiado ruidosa muitas vezes sem esse sentido, o filme tem um proposito e uma atualidade que ainda procuramos encontrar o verdeiro filme que a descreva, ou seja um filme que entre a serio na dinamica do novo mundo. O filme tenta isso, e temos de sublinhar essa atitude mesmo que na sua concretização o filme passa por alguns defeitos que nao o deixem ter a dimensão desejada.
Mesmo assim um filme dedicado aos mais jovens com a irreverencia tipica que os Copolla nos ensinaram quem em termos visuais quer na rebeldia das personagens ficando ideia no entanto que o filme se perde na irreverencia momentanea de uma ou outra personagem que acabam por tirar o foco do que o filme tinha por mais importante por transmitir.
Embora estes defeitos parece-me um filme com uma mensagem significativa que sofre o facto de existir ainda alguma resistencia ao estilo dos Copolla mais recentes, fruto de serem habitualmente filmes que fogem aos conceitos normais mas neste particular tirando a irreverencia desnecessária da personagem central ate acho que e um filme simplista.
A historia fala de uma jovem que tenta o sucesso atraves de gravaçoes com o seu telemovel, até que se encanta por um particular sem abrigo com uma capacidade unica de proferir discursos inspiradores os quais começa a filmar a publicar na rede tornando-o uma referencia.
No que diz respeito ao argumento temos a historia e o tema interessante, atual, e do momento que merece uma abordagem reflexiva. Perde porque as personagens perdem demasiado tempo nos seus desvaneios perdendo alguma objetividade que se o filme tivesse poderia o fazer mais crescido.
Gia Copolla tem aqui a estreia, onde tenta dar a irreverencia da familia como se duma assinatura se tratasse, mas nem sempre me parece que o filme consegue conjugar bem a historia e a imagem, embora esteja o esforço de dar um filme diferenciado, aceito que nem sempre o resultado seja o mais diferenciado, embora me pareça que nao merecesse tanto odio critico.
No cast a personagem principal é uma faca de dois gumes, se por um lado dava um lado fisico e interpretativo que Garfield nao tinha ainda dado, a personagem era demasiado barulhenta para agradar. Parece-me que o ator tem competencia mas necessita ainda de encontrar o tom perfeito das suas interpretaçoes o que ainda nao fez e que talvez tenha conduzido a algum afastamento. Nos restantes secundarios Maya Hawke parece melhor, e mais crescida numa personagem menos vistosa.
O melhor - A atualidade do tema
O pior - A forma como a personagem central tem demasiado ruido
Avaliação - C+
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