Monday, January 08, 2018

Breathe

Quando uma figura iconica do cinema como Andy Serkis se dedica à realização existe sempre alguma expetativa sobre o produto final do mesmo enquanto cineasta. Dai que a expetativa em torno deste filme biográfico apresentado em alguns festivais era muita. Logo apos as primeiras analises percebeu-se contudo que o resultado não iria ter grande excelencia com avaliações demasiado medianas e que retirou qualquer expetro de premios que o filme numa primeira instância poderia ter. Comercialmente um filme pouco expandido e com resultados muito curtos tendo em conta todos os intervenientes.
Sobre o filme, desde logo lendo a sinpopse se percebe que a vida de Robin Canvendish foi extraordinaria, numa historia de sobrevivencia unica, e o filme consegue dar-nos isso com uma simplicidade e um cor bastante interessante o que faz mais que tudo um filme bonito, com muito coração e preocupado naquilo que transmite de uma forma positiva. Nesse particular é indiscutivel que Serkis tem essa preocupação e consegue dar estas caracteristicas ao seu trabalho.
Os problemas do filme surgem no lado narrativo, ou seja o filme tem muita dificuldade desde logo na contextualizaçao temporal, com falhas clamorosas de caracterizaçao espacial e das personagens e mais que isso acaba por não conseguir nunca ir para alem do que conhecemos, dos marcos evolutivos das criaçoes e da doença como se fossem episodios separados de uma serie, nunca tendo preocupaçao de dar "cola" a isso tudo, e tudo isto resulta num filme com um argumento pobre, que mais não é do que o enunciar dos pontos presentes na wikipedia relativamente a figura que temos no filme.
E isto numa linha elevado de hollywood é insuficiente para fazer um filme resultar. Ou seja acabamos por ter um filme demasiado predefinido na base e demasiado previsivel em tudo. Para alem das dificuldades tecnicas naquilo que é menos visivel mas mais essencial como a contextualizaçao temporal o filme nunca consegue ter um recheio interessante que potencie uma historia que tinha muito para ser sublinhada.
A historia fala-nos da vida de Robin Cavendish, desde o seu grande amor para uma vida, da sua doença e da forma como os seus diferentes artefactos lhe premitiram uma vida muito mais longa que o prognostico da doença.
Em termos de argumento e um filme com claras dificuldades. parece sempre que o filme não consegue ir para alem do obvio, que tem medo de arriscar nas personagens e como resultado temos um filme demasiado fracionado temporalmente, muitas vezes parado e que mesmo a melhor da historias pode nao resultar num bom filme.
Na realização existem dificuldades na contextualizaçao temporal, principalmente relativa que me parece de inexperiencia de Serkis como realizador. Pese embora este facto temos o sentido estetico presente que pode ser um bom ponto de partida na maturação do actor enquanto realizador.
No cast e facil perceber que bem encaixado e num filme mais completo o papel de Robin poderia ter reconhecimento de premios. O problema e que nem o filme potencia a personagem nem garfield o consegue levar para patamares de excelencia que outros conseguiram em papeis do mesmo genero. Mesmo assim Garfield tem conseguido escolher bem papeis exigentes que o podem levar a um sucesso a curto prazo. Boa presença de Foy na sua passagem para um cinema com mais dimensao

O melhor - A forma com que o filme consegue ser bonito.

O pior - A incapacidade de dar conteudo para alem do conhecido

Avaliação - C

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