Numa altura em que os biopic estão na moda, bem como os filmes de super herois, não deixa de ser engraçado um filme sobre o criador do super heroi de maior sucesso do ano, neste caso a Wonder Woman. O filme algo peculiar na sua genese acabou por obter avaliações positivas, sem no entanto ser forte suficiente para entrar na luta pelos prémios. Em termos comerciais num filme obviamente independente os resultados foram modestos.
Sobre o filme, parece-me que se trata de um filme curioso porque normalmente não é esta a genese que esperavamos de um super heroi, e por isso essa surpresa vale muito daquilo que o filme significa junto do espetador. Em termos de filme em si parece-me um filme mais sofrivel, principalmente porque tem medo de arriscar nas fantasias dos seus personagens deixando tudo muito subentendido e isso acaba por não dar a intensidade que o filme poderia ter.
Mas exceptuando esta ligação entre a autoria do livro e centrando na personagem o filme é mais eficaz, principalmente nos avanços e recuos das relações, e mais que isso na forma como as personagens percebem a sua diferenciação, contudo parece que a determinada altura o filme principalmente na sua linhagem temporal padece de alguns problemas, já que até a relação ficar definida o filme é demasiado lento e depois parece curto nos momentos que dedica a cada momento, principalmente a criaçao.
Ou seja um filme que vale mais pela curiosidade do que conta do que propriamente pelo filme em si, e pela sua narrativa. Sendo um biopic com pouca base, pensamos que existia espaço para mais espontaneadade e para mais das personagens. Mesmo assim para os desconhecedores da historia fica a sensação de que algo fica por explicar.
A historia fala da ligação de William Martrom com as duas mulheres com quem viveu, e que de alguma forma estão na base da criaçao da super heroina mais conhecida da atualidade, bem como as dificuldades relacionadas com uma ligação pouco convencional.
O argumento não me parece ser o mais eficaz para aquilo que o filme quer trasmitir, principalmente porque trabalha pouco o paralelismo da vida das personagens com a criaçao da figura iconica que deu origem ao nome.
Na realização Angela Robinson e uma desconhecida que tem aqui o seu trabalho mais conhecido. Em termos da componente estetica parece-me um filme simples, sem grandes riscos, com um ou outro detalhe interessante mas pouco mais. Parece-me ser o filme mais significativo da realizadora mas longe de a fazer crescer em dimensão no cinema.
No que diz respeito ao cast, parece-me que o filme e dominado por uma Rebecca Hall, intensa, dramaticamente irreprensivel que tem dificuldades em ser acompanhada por um Luke Evans com alguma dificuldade numa personagem que deveria ser mais marcante. O lado infantil de Heathcote funciona esteticamente embora nos pareça a personagem menos desenvolvida.
O melhor - A curiosidade da historia
O pior - O paralelismo nem sempre ser bem estabelecido na forma como explica toda a criaçao da heroina
Avaliaçâo - C
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