Sunday, June 26, 2016

Whiskey Tango Foxtrot

Requa e Ficarra tornaram-se nos ultimos anos como os impulsionadores de um tipo de cinema no minimo estranho, ou seja filme que juntam ao mesmo tempo o lado da comedia em historias de base bem diferentes com um lado serie e com uma mensagem clara sobre assuntos diversos. Este ano em clima de jornalismo de guerra surgiu este particular filme que em termos de resultados criticos foi no segumento do que a dupla de realizadores nos habituou uma mediania ligeiramente positiva, mas insuficiente para sublinhar-se neste particular. Ja em termos comerciais o filme esteve longe de cumprir os seus objetivos algo que os outros filmes da dupla conseguiram de uma forma mais facil.
Este genero que segue em muito esta dupla de realizadores não é facil de ser uma aperciavel, principalmente porque e um genero com muitas dificuldade em termos daquilo que realmente transmitem ao espetador já que o tema é serie, e em grande parte e pensado dessa forma mas depois cai num humor demasiado fisico e com pouca graça e que tem nos protagonistas do filme a sua maior implementaçao. Talvez por esta dificuldade do filme em encontrar o seu registo, o filme tem dificuldade em se assumir perante o espetador que rapidamente o considera aborrecido e questiona por diversas vezes onde é que isto vai chegar.
É um filme com algumas sequencias interessantes, principalmente no choque cultural entre personagens, bem trabalhado, com significado e mesmo em alguns momentos com uma humor que funciona ainda que ligeiramente. Por outro lado tambem alguma originalidade na forma como o filme conjuga em opostos as sequencias de acçao e o lado mais musical, de uma banda sonora no minimo supreendente. Mas estes apontamentos positivos não deixam de disfarçar no competo geral um filme apagado, que lhe falta intensidade e um plano mais objetivo que assumisse em si um estilo de qualquer forma.
Dai que muitas das vezes os problemas do filme é claramente encontrarem o seu rumo, o seu objetivo, aqui ficamos a meio caminho entre um filme serio sobre personalidades em contexto de guerra, e uma satira sobre as mesmas. O filme é demasiado serio para o segundo ponto, e demasiado engraçado para o primeiro. Nem sempre o filme consegue encontrar tambem o ritmo adequado a uma historia como esta.
A historia fala de uma jornalista que acaba por aceitar ir para o afeganistao e tornar-se uma reporter de guerra. De repente algo que seria temporario acaba por se tornar a sua vida em luta pelo reconhecimento e a fama enquanto reporter mas que lhe podera custar o seu modo de vida e mais que isso a personalidade.
O argumento pese embora tenha um tema interessante, tem como todo o filme dificuldade em encontrar um estilo, os balanços sucessivos entre drama e comedia, não permitem que o filme consiga encontrar o seu ritmo, e mesmo tornar as personagem objetivas e isso acaba por tornar o filme insuficiente com excepção de um ou dois momentos de confronto cultural e de apontamentos comicos.
A dupla de realizadores aqui em questão ainda procuram a sua obra de referencia, aquela que os vai fazer sentir uma dupla marcante no cinema. Comedias com o conteudo sao diversas, e com excepção de Crazy Stupid Love os seus filmes nunca conseguiram ter um impacto algum no genero e isso é ainda limitado no alcance da dupla como cineastas.
No cast obviamente escolhas de comedia para um filme que nunca o é nos seus objetivos mais a fundo, Fey e Freeman sao actores muito iguais, funcionam bem na comedia onde fizeram toda a carreira, quando o filme exige o lado mais romantico ou mesmo mais dramatico as coisas sao mais dificeis. O filme exigia talvez uma dupla mais completa mesmo que o filme acabe por nesta intermitencia de genero não ser positivo para qualquer actor. De todos os interpretes e Bob Thornton o que melhor funciona na ambiguidade do filme.

O melhor – Apesar de tudo tentar entrar na cabeça de um jornalista de guerra e um exercicio auspicioso.

O pior – A incapacidade do filme em duas horas nunca ter conseguido definir a sua toada e a sua roupagem


Avaliação - C-

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