Requa e Ficarra
tornaram-se nos ultimos anos como os impulsionadores de um tipo de
cinema no minimo estranho, ou seja filme que juntam ao mesmo tempo o
lado da comedia em historias de base bem diferentes com um lado serie
e com uma mensagem clara sobre assuntos diversos. Este ano em clima
de jornalismo de guerra surgiu este particular filme que em termos de
resultados criticos foi no segumento do que a dupla de realizadores
nos habituou uma mediania ligeiramente positiva, mas insuficiente
para sublinhar-se neste particular. Ja em termos comerciais o filme
esteve longe de cumprir os seus objetivos algo que os outros filmes
da dupla conseguiram de uma forma mais facil.
Este genero que segue
em muito esta dupla de realizadores não é facil de ser uma
aperciavel, principalmente porque e um genero com muitas dificuldade
em termos daquilo que realmente transmitem ao espetador já que o
tema é serie, e em grande parte e pensado dessa forma mas depois cai
num humor demasiado fisico e com pouca graça e que tem nos
protagonistas do filme a sua maior implementaçao. Talvez por esta
dificuldade do filme em encontrar o seu registo, o filme tem
dificuldade em se assumir perante o espetador que rapidamente o
considera aborrecido e questiona por diversas vezes onde é que isto
vai chegar.
É um filme com algumas
sequencias interessantes, principalmente no choque cultural entre
personagens, bem trabalhado, com significado e mesmo em alguns
momentos com uma humor que funciona ainda que ligeiramente. Por outro
lado tambem alguma originalidade na forma como o filme conjuga em
opostos as sequencias de acçao e o lado mais musical, de uma banda
sonora no minimo supreendente. Mas estes apontamentos positivos não
deixam de disfarçar no competo geral um filme apagado, que lhe falta
intensidade e um plano mais objetivo que assumisse em si um estilo de
qualquer forma.
Dai que muitas das
vezes os problemas do filme é claramente encontrarem o seu rumo, o
seu objetivo, aqui ficamos a meio caminho entre um filme serio sobre
personalidades em contexto de guerra, e uma satira sobre as mesmas. O
filme é demasiado serio para o segundo ponto, e demasiado engraçado
para o primeiro. Nem sempre o filme consegue encontrar tambem o ritmo
adequado a uma historia como esta.
A historia fala de uma
jornalista que acaba por aceitar ir para o afeganistao e tornar-se
uma reporter de guerra. De repente algo que seria temporario acaba
por se tornar a sua vida em luta pelo reconhecimento e a fama
enquanto reporter mas que lhe podera custar o seu modo de vida e mais
que isso a personalidade.
O argumento pese embora
tenha um tema interessante, tem como todo o filme dificuldade em
encontrar um estilo, os balanços sucessivos entre drama e comedia,
não permitem que o filme consiga encontrar o seu ritmo, e mesmo
tornar as personagem objetivas e isso acaba por tornar o filme
insuficiente com excepção de um ou dois momentos de confronto
cultural e de apontamentos comicos.
A dupla de realizadores
aqui em questão ainda procuram a sua obra de referencia, aquela que
os vai fazer sentir uma dupla marcante no cinema. Comedias com o
conteudo sao diversas, e com excepção de Crazy Stupid Love os seus
filmes nunca conseguiram ter um impacto algum no genero e isso é
ainda limitado no alcance da dupla como cineastas.
No cast obviamente
escolhas de comedia para um filme que nunca o é nos seus objetivos
mais a fundo, Fey e Freeman sao actores muito iguais, funcionam bem
na comedia onde fizeram toda a carreira, quando o filme exige o lado
mais romantico ou mesmo mais dramatico as coisas sao mais dificeis. O
filme exigia talvez uma dupla mais completa mesmo que o filme acabe
por nesta intermitencia de genero não ser positivo para qualquer
actor. De todos os interpretes e Bob Thornton o que melhor funciona
na ambiguidade do filme.
O melhor – Apesar de
tudo tentar entrar na cabeça de um jornalista de guerra e um
exercicio auspicioso.
O pior – A
incapacidade do filme em duas horas nunca ter conseguido definir a
sua toada e a sua roupagem
Avaliação - C-
No comments:
Post a Comment