As adaptações de obras literárias de Jane Austen, tornaram-se ao longo do tempo um genero próprio no cinema, principalmente nas produções británicas. Este ano e com a chancela irlandesa, surgiu um dos filmes com melhor recepçao critica de 2016, este pequeno filme que reuniu algumas das avaliações mais consensuais do ano entre a critica especializada. Impulsionado ou não por esta boa recepção critica o filme acabou por ter sustentados resultados de bilheteira o que tudo junto poderá o tornar no primeiro grande candidato aos oscares.
Sobre o filme começo por referir não ser adepto do tradicionalismo britanicos na maior parte dos seus filmes, já que me parecem bastante repetitivos e filmes que perdem muito tempo na forma nunca, ou quase nunca inovando no conteúdo. Pois bem este filme é igual a todos os outros no seu corpo de base, apenas temos uma ligeirissima inovação na apresentação dos personagens e depois no registo quase teatral de todo o filme, que merecia e deveria ter uma clara melhor definiçao temporal.
E obvio que o filme como obra literária, tem conteúdo, e uma tradicional comedia de costume británica, sem puxar muito ao humor, adoptando mais um ritmo leve. E daqueles filmes que ficamos com a sensação que é trabalhado mas que lhe falta condimento, principalmente quando comparado com outras adaptações de livros da escritora. Mas e obvio que cada vez mais a critica se encontra muito apaixonada por Austen dai que cada adaptação que se faça das suas obras, por muito simples que seja como esta acaba por facilmente se tornar num sucesso critico, e por impulso directo também um sucesso comercial.
Assim temos um filme ligeiro, com uma boa contextualização de epoca, aproveitando muito do que a forma inglesa tem para dar, o lado teatral do filme tem as suas virtudes e funciona na forma de transmitir a mensagem do próprio filme, mas fica-se por ai a inovação, de uma historia sem explosão, sem ter nada de significativamente diferente e que resulta num filme alvo cinzento, mas pelos vistos com muita cor a outros olhos.
A historia fala de uma nobre inglesa que após ficar viuva tenta arranjar uma solução que lhe permita continuar a frequentar a corte, e ao mesmo tempo entrar em jogos de sedução com diversos homens enquanto tenta casar a sua filha com um influente mas tolo individuo da sociedade,
O argumento tem muito de Jane Austen principalmente na forma como são estabelecidos os limites de espaço e territorio do filme, mas tambem pela tradição dos simpaticos dialogos británicos, falta poder de supreender no filme, na historia e mesmo em diálogos demasiado comuns.
No que dis respeito à realização Stillman é um realizador com longa idade mas com pouca experiencia na realização, aqui tem um trabalho com linhas tradicionais británicas, mas com pouco aprumo em termos esteticos, é sempre um trabalho mais competente do que creativo.
No cast, parece-me facil dizer que Beckinsale tem talvez o seu melhor papel de uma carreira marcada por filmes onde a sua beleza era mais importante do que recursos enquanto atríz, aqui claramente mostra um lado que nunca mostrou e isso pode ser importante para mais tarde, já que a sua personagem e a sua interpretação são o melhor lado do filme.
O melhor - Kate Beckinsale num papel como nunca o tinhamos visto
O pior - Como Jane Austen pode potenciar tanto um filme tão normal
Avaliação - C
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