Sunday, June 05, 2016

Criminal

Se existe tipo de filmes que normalmente não cai em desuso principalmente se reunir a sua volta um elenco de figuras conhecidas e os thrillers policiais, ou mesmo os filmes de acçao. Este ano neste filme surgiu um elenco recheado de experiencia e novas figuras e uma ideia de mudança de memorias que podia dar uns toques sci fi, que normalmente funcionam. Contudo pese embora o investimento as mas criticas acabaram por condicionar os resultados de bilheteira que tambem foram eles bastantes limitados.
Quando temos um filme de acçao de uma ideia que pelo menos em alguns aspetos já foi potenciada noutros filmes, os projetos tem de ter algum ponto que os diferencia, ao qual centre a atençao do espetador. Pois bem e aqui que reside desde logo o primeiro problema do filme, rapidamente percebemos que se trata de um filme linear, pouco falado, cujas sequencias de acção são simples e não vamos ser surpreendido por aquilo que vamos ver ao longo de quase duas horas. O que poderia sobrar?
A atenção ficava nos actores principalmente nos secundarios já que Costner como principal nos ultimos vinte anos normalmente não e sinonimo de bons filmes. Pois bem percebemos rapidamente que os secundarios estao no filme em part time, com personagens inexistentes e que não interessam para um desenvolvimento de um filme de acçao serie B, que basicamente é o protagonista contra o mundo, mesmo que isso coloque em causa todos os desafios da logica e do possivel.
Pois bem perante isto apenas a ideia das memorias poderiam ser potenciada, ou seja transformar Costner num Reynolds, algo que não e muito dificil já que como actores as limitaçoes sao basicamente as mesmas. E tambem nisto o filme e um autentico cliche com uma serie de palavras e dialogos basicos quase não trabalhados, e um filme que e um autentico lugar comum onde rapidamente percebemos que passamos a ver duas horas um dos filmes mais cinzentos dos ultimos tempos, se bem que nunca arrisque para integrar o horripilante de filmes mesmo tecnicamente mal feitos.
A historia fala de um agente do CIA que depois de habatido as suas memorias sao passadas para um criminoso que vai ser utilizado de forma a que não fique perdida a informaçao que apenas estava na posse do mencioando agente. Mas com as lembranças vez as emoçoes que colocam em conflito duas personalidades completamente distintas.
O argumento ate podera partir de um persuposto com capacidade de manobra, mesmo que já tenha sido abordado de formas muito diferentes, contudo rapidamente a decisao de ser um filme de mais movimento do que palavras diminui a possibilidade de funcionar qualquer personagem, e o filme tinha secundarios com bom interpretes que poderiam ser bem mais potencializados.
O israelita Vomen que em 2012 ate surpreendeu com The Iceman, tem aqui um filme claramente pouco feliz, a opçao pelo lado escuro não permite que as sequencias de acçao tenham o peso que o filme necessitava, principalmente quando essas sequencias ocupam grande parte da duraçao do filme, e a historia por si so não consegue ter trunfos. Quando comparado com o seu filme anterior um claro passo atrás.
Escolher Costner como heroi de acçao aos 61 anos e claramente discutivel, mesmo que a sua personagem seja limitada a componente fisica, porque Costner anda a 15 anos se encontrar o seu registo, porque o lado bad boy nada lhe assenta e porque o filme centra-se em exclusivo na dualidade da sua personagem que nunca existe. E inacreditavel ver Tommy Lee Jones e Gary Oldman com personagem tão inofensivas e um vilão como o espanhol Molla que veste esta farda desde a sua chegada a hollywood e liga sempre o piloto automatico.

O melhor – Não complicar um filme que com atos de egocentrismo poderia ser inarravel.

O pior – O lume brando de um filme que não e espetacular e em termos de dialogos não existe


Avaliação - D+

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