Tuesday, June 07, 2016

Approaching the Unknown

Cada vez mais nos ultimos anos o cinema tem tentado debruçar-se sobre viagens espaciais a solo e na forma como os seus ocupantes vivenciam tal experiencia. Embora exista filmes com claros melhores resultados e produçoes superiores, este pequeno filme tem que ser englobado neste grupo pese embora os poucos cinemas onde estreou o tenham tornado comercialmente insignificante e pior que isso porque em termos criticos a mediania tambem não o colocou numa zona mais visivel.
Sobre o filme podemos dizer que é um filme com premissa arriscada mas ao mesmo tempo interessante, o preocupar-se em tentar perceber o que realmente vai na cabeça de alguem que fica confinado a um espaço sozinho durante quase um ano e claramente um filme dificil mas um bom campo de trabalho para conseguir surpreender pela positiva. O primeiro lado do filme até e positivo principalmente na forma como as comunicações se vai efetuando, contudo a partir do primeiro terço de filme torna-se numa autentica divagaçao filosofica sobre a existencia que o torna aborrecido sem conteudo, e um produto cinematografico que nunca seria, e acaba por destruir os pontos positivos que o filme teve na sua introdução.
Ou seja o filme peca por um erro que muitos dos novos cineastas estao a fazer, que é tentar enxertar obrigatoriamente nos seus filmes um primor moral, ou um conteudo para alem das imagens mesmo quando o filme em si já pode ter este recheio, acabando por prejudicar os dois lados. Neste caso fica-se com a clara sensaçao que e um filme que deveria ser mais simples, menos para dentro, mais descritivo, pois os filmes que melhor funcionaram nesta tematica foram aqueles que quiseram tornar tudo natural.
No registo final temos meia hora interessante e o restante onde a narrativa do filme deixou de existir para uma reflexao sobre a existencia da personagem que basicamente se dilui entre as suas dissertaçoes, mas talvez seja este balanço que diferencia uma obra de excelencia de um filme menor, e este e claramente um dos segundos casos.
A historia fala de um astronauta que aceita comandar uma nave que tem como objetivo preparar marte para a vida humana, numa missao de quase um ano onde não so tem que sobreviver sozinho bem como tem que potenciar tudo o que vai plantar em marte, numa missao maior que a sua propria vida.
O argumento como já referi tem uma premissa de base interessante, a forma como se reage aquilo que desconhecemos, mas com o tempo o filme perde linearidade para entrar em versao metaanalise da personagem e acaba por perder o norte, acabando por narrativamente desaparecer como as personagens que desaparecem sem aviso.
O filme e o projeto individual de Elijah Rosenberg na sua estreia em termos de realizaçao, mesmo sendo um filme sem meios tem algum interesse algum risco, mesmo que por vezes caia na sua propria eloquência foi um dos pontos do filme que me chamou a atençao mesmo sendo obvio naturais defeitos.
No cast temos um show apenas de Mark Strong que pela forma como o filme decorre não tem espaço para muito porque o filme não lhe exige, e todos sabemos que filme de personagem sao normalmente espaços para actores darem saltos, mas neste caso e por culpa do argumento Strong nunca teve essa possibilidade.

O melhor – O inicio e alguns aspetos de realizaçao

O pior – A monotonia da ultima hora de filme


Avaliação - C-

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