Cada vez mais nos
ultimos anos o cinema tem tentado debruçar-se sobre viagens
espaciais a solo e na forma como os seus ocupantes vivenciam tal
experiencia. Embora exista filmes com claros melhores resultados e
produçoes superiores, este pequeno filme tem que ser englobado neste
grupo pese embora os poucos cinemas onde estreou o tenham tornado
comercialmente insignificante e pior que isso porque em termos
criticos a mediania tambem não o colocou numa zona mais visivel.
Sobre o filme podemos
dizer que é um filme com premissa arriscada mas ao mesmo tempo
interessante, o preocupar-se em tentar perceber o que realmente vai
na cabeça de alguem que fica confinado a um espaço sozinho durante
quase um ano e claramente um filme dificil mas um bom campo de
trabalho para conseguir surpreender pela positiva. O primeiro lado do
filme até e positivo principalmente na forma como as comunicações
se vai efetuando, contudo a partir do primeiro terço de filme
torna-se numa autentica divagaçao filosofica sobre a existencia que
o torna aborrecido sem conteudo, e um produto cinematografico que
nunca seria, e acaba por destruir os pontos positivos que o filme
teve na sua introdução.
Ou seja o filme peca
por um erro que muitos dos novos cineastas estao a fazer, que é
tentar enxertar obrigatoriamente nos seus filmes um primor moral, ou
um conteudo para alem das imagens mesmo quando o filme em si já pode
ter este recheio, acabando por prejudicar os dois lados. Neste caso
fica-se com a clara sensaçao que e um filme que deveria ser mais
simples, menos para dentro, mais descritivo, pois os filmes que
melhor funcionaram nesta tematica foram aqueles que quiseram tornar
tudo natural.
No registo final temos
meia hora interessante e o restante onde a narrativa do filme deixou
de existir para uma reflexao sobre a existencia da personagem que
basicamente se dilui entre as suas dissertaçoes, mas talvez seja
este balanço que diferencia uma obra de excelencia de um filme
menor, e este e claramente um dos segundos casos.
A historia fala de um
astronauta que aceita comandar uma nave que tem como objetivo
preparar marte para a vida humana, numa missao de quase um ano onde
não so tem que sobreviver sozinho bem como tem que potenciar tudo o
que vai plantar em marte, numa missao maior que a sua propria vida.
O argumento como já
referi tem uma premissa de base interessante, a forma como se reage
aquilo que desconhecemos, mas com o tempo o filme perde linearidade
para entrar em versao metaanalise da personagem e acaba por perder o
norte, acabando por narrativamente desaparecer como as personagens
que desaparecem sem aviso.
O filme e o projeto
individual de Elijah Rosenberg na sua estreia em termos de
realizaçao, mesmo sendo um filme sem meios tem algum interesse algum
risco, mesmo que por vezes caia na sua propria eloquência foi um dos
pontos do filme que me chamou a atençao mesmo sendo obvio naturais
defeitos.
No cast temos um show
apenas de Mark Strong que pela forma como o filme decorre não tem
espaço para muito porque o filme não lhe exige, e todos sabemos que
filme de personagem sao normalmente espaços para actores darem
saltos, mas neste caso e por culpa do argumento Strong nunca teve
essa possibilidade.
O melhor – O inicio e
alguns aspetos de realizaçao
O pior – A monotonia
da ultima hora de filme
Avaliação - C-
No comments:
Post a Comment