Sunday, July 12, 2015

Spy

A paixão de Paul Feig pelo valor comico de Melissa Mcarthy tem sido claro em todas as suas apostas, a actriz e a sua forma de humor tem sido presença constante nos filmes do realizador e ultimamente a aposta no seu lado de action hero. Este ano numa satira tipica aos filmes de James Bons surgiu este Spy com uma boa recepção critica algo que o realizador já não conseguia deste Bridemaids. Comercialmente as coisas tambem foram bastante positivas e consistentes não so nos EUA mas em todo o mundo ultrapassando a barreira dos 100 milhoes em ambos os mercados.
Paul Feig tem um humor nos seus filmes muito proprio, que junta a humilhação da persoangem com alguma falta de correção verbal mas que acenta como uma luva nas caracteristicas de Mcarthy, dai que os sucessos de ambos sao combinados e na falta de um desses elementos as coisas não funcionam tao bem. Spy e o melhor filme dos dois, e pese embora comece lento com muitas personagens e sem grande sentido, no momento em que se vai desenvolvendo vai aprimorando o humor utilizado bem como as personagens se vao definindo levando o filme para patameres mais elevados.
E obvio que não e um filme rico em desenvolvimentos, em originalidade quase sempre ancorada apenas no humor simples da personagem central mas e nos promenores que o filme mais enriquece, desde logo na forma como as personagens mantem os vincos de personalidade ate ao fim, na diferença entre as mesmas e na forma como elas se ligam. Claro que muitos podem apelidar de um filme declaradamente estupido, mas quando isto tem valor comico o filme funciona.
Mas e um filme com defeitos, desde logo no trabalho dos viloes da historia pouco trabalhados, pouco carismaticos com poucos momentos e com os actores em questao poderia ter sido mais funcional, tambem em termos de linha narrativa em si, o minino de trabalho ou originalidade existia espaço para mais para mostrar que a comedia e muito mais que um espaço apenas para a piada simples e direta e nisto o filme não consegue ser mais que isto.
O filme fala de um solteira de meia idade com caracteristicas pouco comuns para um espião em combate que tem de ir para o terreno depois da pessoa que apoiava e de quem era apaixonada ter sido morto por uma terrorista, com a ajuda de uma equipa peculiar vai tentar desativar um plano que pode por em marcha o fim do mundo.
O argumento e na sua base muito repetitivo relativamente a outras comedias do genero ou mesmo filmes mais basicos de acçao, as personagens “boas” sao bem melhor trabalhadas do que os viloes, e o humor funciona principalmente nos traços generalistas de cada personagem, vale muito mais na comedia em si de que como filme em geral.
Feig e um realizador de comedias e não de acçao, dai que saiba tirar proveito da sua forma de realizar mais neste sentido do que propriamente nos momentos de açao que parecem sempre demasiado irrealistas. Nao um realizador de topo mas sabe articular comedia.
McCarthy tem sempre a presença da espontaneadade nas suas persoangens e estas adequam-se sempre a actriz e não o contrario, o registo e usualmente muito repetitivo, pese embora funcione facilmente, ao seu lado Bryne e Cannavalle não tem personagens felizes, Statham brilha mais do que Law porque a sua persoangem e mais surpreendente e de auto satira. Mas a melhor personagem vao para Peter Serafinovicz, com o seu impecavel Aldo

O melhor – O valor humoristico de uma personagem como Aldo

O pior – O fio narrativo ser algo preguiçoso


Avaliação - B-

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