A paixão de Paul Feig
pelo valor comico de Melissa Mcarthy tem sido claro em todas as suas
apostas, a actriz e a sua forma de humor tem sido presença constante
nos filmes do realizador e ultimamente a aposta no seu lado de action
hero. Este ano numa satira tipica aos filmes de James Bons surgiu
este Spy com uma boa recepção critica algo que o realizador já não
conseguia deste Bridemaids. Comercialmente as coisas tambem foram
bastante positivas e consistentes não so nos EUA mas em todo o mundo
ultrapassando a barreira dos 100 milhoes em ambos os mercados.
Paul Feig tem um humor
nos seus filmes muito proprio, que junta a humilhação da persoangem
com alguma falta de correção verbal mas que acenta como uma luva
nas caracteristicas de Mcarthy, dai que os sucessos de ambos sao
combinados e na falta de um desses elementos as coisas não funcionam
tao bem. Spy e o melhor filme dos dois, e pese embora comece lento
com muitas personagens e sem grande sentido, no momento em que se vai
desenvolvendo vai aprimorando o humor utilizado bem como as
personagens se vao definindo levando o filme para patameres mais
elevados.
E obvio que não e um
filme rico em desenvolvimentos, em originalidade quase sempre
ancorada apenas no humor simples da personagem central mas e nos
promenores que o filme mais enriquece, desde logo na forma como as
personagens mantem os vincos de personalidade ate ao fim, na
diferença entre as mesmas e na forma como elas se ligam. Claro que
muitos podem apelidar de um filme declaradamente estupido, mas quando
isto tem valor comico o filme funciona.
Mas e um filme com
defeitos, desde logo no trabalho dos viloes da historia pouco
trabalhados, pouco carismaticos com poucos momentos e com os actores
em questao poderia ter sido mais funcional, tambem em termos de linha
narrativa em si, o minino de trabalho ou originalidade existia espaço
para mais para mostrar que a comedia e muito mais que um espaço
apenas para a piada simples e direta e nisto o filme não consegue
ser mais que isto.
O filme fala de um
solteira de meia idade com caracteristicas pouco comuns para um
espião em combate que tem de ir para o terreno depois da pessoa que
apoiava e de quem era apaixonada ter sido morto por uma terrorista,
com a ajuda de uma equipa peculiar vai tentar desativar um plano que
pode por em marcha o fim do mundo.
O argumento e na sua
base muito repetitivo relativamente a outras comedias do genero ou
mesmo filmes mais basicos de acçao, as personagens “boas” sao
bem melhor trabalhadas do que os viloes, e o humor funciona
principalmente nos traços generalistas de cada personagem, vale
muito mais na comedia em si de que como filme em geral.
Feig e um realizador de
comedias e não de acçao, dai que saiba tirar proveito da sua forma
de realizar mais neste sentido do que propriamente nos momentos de
açao que parecem sempre demasiado irrealistas. Nao um realizador de
topo mas sabe articular comedia.
McCarthy tem sempre a
presença da espontaneadade nas suas persoangens e estas adequam-se
sempre a actriz e não o contrario, o registo e usualmente muito
repetitivo, pese embora funcione facilmente, ao seu lado Bryne e
Cannavalle não tem personagens felizes, Statham brilha mais do que
Law porque a sua persoangem e mais surpreendente e de auto satira.
Mas a melhor personagem vao para Peter Serafinovicz, com o seu
impecavel Aldo
O melhor – O valor
humoristico de uma personagem como Aldo
O pior – O fio
narrativo ser algo preguiçoso
Avaliação - B-
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