Existem vidas de figuras impares por bons ou maus aspetos que o cinema ainda não abordou profundamente, uma delas é de Pablo Escobar chefe de um dos maiores quarteis de droga da historia da humanidade. Supreendente é que numa das primeiras abordagens que existe em torno de tal personagem seja feita de forma indireta num filme sobre outros protagonistas como é o caso. O resultado foi frustrante desde logo comercialmente onde acabou por nao ser expandido em Wide nos cinemas americanos e também criticamente.
Paradise Lost, parece um filme medricas, desde logo porque tem medo de entrar a fundo na personagem central do filme, e que empresta o nome ao titulo do mesmo. Preferindo entrar num mundo de ficção de uma outra personagem que entra na vida da figura central do filme. E parece-nos obviamente que com isto perde profundidade na abordagem ao icon, e o filme torna-se apenas um filme de ação e sobrevivencia sobre alguem que confronta Escobar.
E desde logo por esta mesma opçao o filme é obviamente redutor em todos os sentidos, na narrativa na forma como aborda a personagem, sendo apenas rico na crueldade da mesma, percebemos que nada e barreira para tal personagem e isso acaba por ser uma tendencia ate exagerada do filme no sentido em que esquece todo o contexto a volta de tudo e de todos. Sublinha-se tambem que todo o filme decorre nos ultimos anos da vida de Escobar.
Pelo lado positivo as interpretações Del Toro e o escobar perfeito pelo menos no leque de actores disponiveis tem a ambiguidade que o filme precisa, mas depois o filme nao aproveita tornando-se muito mais hollywoodesco mesmo nao tendo essa base do que outra escolha qualquer.
A historia fa de um jovem canadiano que apos se apaixonar pela sobrinha de Escobar é integrado na familia e de imediato também na sua forma de viver. Quando quer sair percebe que e um caminho com uma unica direcção.
O argumento tem escolhas muito faceis de ser contestadas desde logo em termos de foco, parece-nos obvio que focalizar um filme sobre escobar numa outra personagem e um erro, e demonstra falta de coragem, e aqui muitos erros se colam, como pouca definiçao ou profundidade das personagens, demasiados cortes temporais que nao permitem a ligaçao perfeita entre acontecimentos entre outros, Escobar merecia um argumento mais rico.
Di Stefano e um realizador inexperiente e isso foi vincado principalmente na forma como define temporalmente o filme, e isto acaba por nao so tirar força a historia como condiciona em longo prazo a forma como muitas outras coisas nao funcionam, incluindo a caracterizaçao
Del Toro encaixa nas necessidades de um papel forte, principalmente pela sua qualidade e pela forma como poucos que consegue dar a sua ambiguidade de caracter. A escolha para a personagem e a mais certa, pena e que o filme nao desenvolva e nao exige a interpretaçao mais, preferindo dar atençao a Hutchersson mais de acçao
O melhor - Del Toro como Escobar
O pior - O erro do enfoque do filme
Avaliação - C-
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