Monday, February 25, 2013

The Master


Se existe titulo que durante o ano de 2012 colocou expectativa nos amantes do cinema foi este The Master, por um lado marcava o regresso de Joaquin Pheonix ao cinema depois da sua licença sabática para algo que ninguém compreendeu bem, ainda para mais pela mão do carismático e sempre intenso Paul Thomas Andersson, a isto acrescenta-se o facto de ser um filme inspirado na cientologia a religião de culto em Hollywood. Os resultados foram frustrantes e se em termos comerciais o filme não tinha grande ambição, em termos críticos as coisas foram positivas, que contudo não chegou para uma candidatura seria do filme aos oscares onde so os seus interpretes marcarão lugar.
É conhecido e mais uma vez bem notória a capacidade de Paul Thomas Andersson criar o insólito alias este filme é todo ele marcado por momentos insólitos narrativamente ricos com bons diálogos que a daterminado momento se tornam poéticos, o problema é que muitas vezes diversos factos separados, nem sempre funcionam num todo congruente, e parece-nos neste particular que o filme falha, não se consegue reunir num todo singular, que o torna uma obra difícil, demasiado subtil e paralela para um filme com objectivos aos galardões.
Com o passar do tempo o filme vai intensificando o imaginario o metafisico e aqui o filme perde intensidade fica demasiado preso as palavras dos seus interpretes e pouco as imagens que nos dão, num cinema demasiado filosófico e pouco prático, que nem sempre oferece a sensação de um bom tempo passado que deverá sempre ser o pronunicio de um bom filme.~
Paul Thomas Andersson já tinha evidenciado este registo nos seus filmes mais recentes, desde Magnolia que deixou a realidade típica para se inteirar num cinema metafórico, que nos parece bem mais fácil de apaixonar do que propriamente o seu inicio, é verdade que com esta forma ganhou um estilo próprio muito alimentado e venerado por um lado mais vanguardista e experimentalista de um cinema que na minha opinião ficara sempre aquém de uma simples e boa historia.
O filme fala de um jovem extremamente recalcado que apos a guerra tem dificuldade em encontrar a sua razão de viver, aqui exprimenta diversas coisas ate encontrar um líder de um culto e a sua família que o vão ajudar a tentar definir a sua própria existência.
O argumento tem bons momentos, principalmente em termos de sequencias isoladas muito bem escritas que proporcionam um cinema de excelência, contudo parece-nos que devido ao excesso filosófico do filme no seu epicentro o filme tem dificuldade de funcionar narrativamente como um todo, principalmente por alguma dificuldade em conseguir definir as suas personagens principalmente as secundarias.
A realização é interessante a abertura de angulo e a forma como conjuga o silencio e o contexto com as personagens faz com que Andersson realize como poucos o consegue fazer, um realizador de excelência que com mais consciência critica sera certamente um dos históricos no futuro, quer na realização quer na singularidade dos seus filmes.
É obvio que The Master tem a sua grande ancora na qualidade das suas personagens e na forma magistral com que estas são interpretadas, principalmente Pheonix um caso serio de um actor desalinhado que tem neste filme uma interpretação de eleição uma das melhores do ano senão mesmo a melhor pela intensidade versatilidade, o facto do excesso de distancia da realidade e principalmente as características semelhantes do actor poderá conduzir a uma menos valorização, mas e a força do filme. Hoffman tem também um papel de excelência de um actor brilhante que consegue acompanhar o protagonista num nível elevadíssimo, já Adams parece daquelas actrizes que onde toca é valorizada mesmo em personagens mais descalças como a que desempenha neste mesmo filme.

O melhor – Pheonix e a qualidade da sua interpretação.

O pior – Um cinema narrativamente demasiado metafisico e filosófico

Avaliação – B-

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