Friday, February 08, 2013

The Man With Iron Fists


Quando um filme de um novo realizador, mesmo que este já tenha um passado como rapper vem apadrinhado por QUentin Tarantino, com incidência oriental e a presença especial de Russel Crowe e normal que as atenções dos mais apaixonados do cinema estejam virados para um filme e as expectativas seriam fortes para este filme. Contudo apos as primeiras criticas muito negativas para o filme, ao qual se juntou um percurso comercial desastroso transformam uma boa promessa num rotundo flop a todos os níveis.
Existe algo que parece indiscutível quando se analisa este filme, ou seja que a componente artística não so em termos de cenários mas na própria concretização de sequencias de luta esta bem presente e com qualidade estética. E por outro lado a inspiração mais que obvia no cinema mais sangrento de Kill Bill a obvia referencia do filme.
Contudo e mesmo apesar destes pontos a ironia que Kill Bill tras e completamente esquecida neste filme que tenta ser tão serio e em determinados momentos tão orientar que acaba por ser absurdo na maior parte do seu tempo, não só porque as personagens independentemente de que sector ocupam simplesmente não existem e o filme apenas consegue respirar com alguns apontamentos mais fortes nas soltas sequencias de luta oriental.
Ou seja um filme que para ser Tarantino falta-lhe tudo o que se valoriza no realizador ficando apenas sequencias soltas num filme de artes marciais mais parece retirado do WWF, ao qual a presença de bautista ainda torna isto mais real, uma experiencia mal sucedida do qual apenas alguns pormenores saem ilesos.
O filme fala da luta pelo ouro na China envolvendo dois clãs inimigos com a ajuda de um Ferreiro e quem sabe de um militar ingles, numa historia confusa que apenas serve de condimento para as lutas típicas de um filme de artes marciais.
Não sera exagero dizer que o cinema de Tarantino vale muito mais pela forma com que e escrito do que pelo seu estilo produtivo, aqui podemos dizer que no argumento temos o completo oposto de Tarantino personagens vazias, historia pouco densa e sem personagens para diálogos numa historia muito pobre.
Rza demonstra alguns apontamentos como realizador o que não o faz como actor e muito menos como argumentista, o filme não é fácil e o realizador tem  rigor estético e sentido de estilo próprio que permite o filme ser difícil e interessante em termos técnicos.
Por fim o cast, como líder de cast Rza falha sem carisma, sem capacidade interpretativa e mais danoso para o filme sem estilo de luta, também Crowe e um autentico desperdício num filme que exige apenas capacidade de luta aos seus interpretes é como banhar a ouro uma sanita.

O melhor – Alguns apontamentos de realização estética nas sequencias de luta.

O pior – O cinema de Tarantino ser argumento.

Avaliação – C-

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