Starring:
Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Anne Consigny, Emma De Caunes, Max von Sydow
Directed by:
Julian Schnabel
Todos os anos Hollywood pisca o olho a um filme fora dos circuitos habituais, sendo que a frança arredada desta honra a alguns anos regressou este ano, e desde cedo observou-se que este seria o filme outsider dos premios, de um cinema menos produtivo normalmente mais marcado a um registo mais tipicamente europeu, isto apesar de ser realizado por um americano, o filme e todo ele rodado em frances. Foi a grande supresa da epoca dos premios chegando mesmo às nomeaçoes para os oscares, contudo foi nos globos que este filma mais brilhou vencendo o premio para melhor filme nao ingles, e acima de tudo o surpreendente globo de ouro para melhor realizador, contudo nem esta recepçao nem os premios conseguiram alteram em muito o precurso tipico de um filme europeu na maioria das bilheteiras mundiais.
Mais que um grande filme a primeira coisa que ressalta á vista quando visualizamos o filme e que estamos perante um exercicio creativo na sua maior excelencia, que se traduz numa obra singular, e acima de tudo uma obra genuina de um autor, com muitas especificidades. E quando isto acontece com um realizador competente normalmente surgem obras de grande qualidade. Nao achei contudo o filme algo transcendente ou brilhante, achei sim um bom filme, que consegue reunir na forma e nas escolhas de realizaçao sempre os seus pontos de maior relevo contendo nesta componente valors incomparaveis. Contudo a historia apesar de absorvente e intensa, já a visualisamos de uma forma mais forte e dinamica principalmente no excelente Mar Adentro.
Isto contudo nao quer retirar o merito a um filme original, forte e que consegue demonstrar que ainda existe muito terreno para conquistar nos metodos de filmagem, a forma quase unica com que nos transporta para a visao mais que debelitada do protagonista e genial na forma como transporta o espectador para um dramaç Esta forma de imagem coloca o espectador como protagonista. Contudo o filme perde-se a determinado pontos com filosofias menores, com personagens menos importantes para o desenvolvimento, parecendo o filme querer remeter-se pelo superficial e nao abordar uma profundidade sentimental que poderia trazer benificios.
O filme fala-n0s sobre a recuperaçao de um dos produtores da Elle Magazzine apos uma ataque que lhe pos "Vegetal", sempre presos na sua propria visao do mundo vamos vendo a lenta recuperaçao, enquanto que esta faz um balanço da sua vida e das suas proprias relaçoes e conflitos, e neste segmento que nos parece que o filme poderia estar um pouquito mais desenvolvido.
O argumento tem um aspecto muito interessante, adoptar toda a historia para o constrangimento da forma como Schnabel decide realizar o filme, e neste ponto temos de valorizar este exercicio, contudo na forma como desenvolve as diferentes relaçoes, e caracteriza os personagens secundarios penso que o filme poderia ter ido mais longe, embora a originalidade do conceito esteja presente tambem de forma vincada no proprio argumento.
A realização de Schnabem, e absolutamente genial em todos os pontos, quer pela vivacidade e originalidade que da a obra, pela forma como transporta o espectador para as dificuldades e conflitos da personagens, esta realizaçao e uma inovaçao e bem comprovar que a inovaçao nos diferentes terrenos do cinema ainda e possivel.
Quanto ao cast, esta forma de realizaçao limita um pouco o protagonismo dos actores mesmo assim regista-se a excelente interpretaçao ocular de Amalric, num papel complicado, de resto o filme nao da espaço para mais brilhantismo porque este concentra-se na realizaçao.
O melhor - julian Schnabel
O Pior - A profundidade emocional poderia ser mais densa
Avaliação - B
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