Friday, April 06, 2007


Music and Lyrics




As comedias romanticas puras, ultimamente cairam quase em desuso, so ao de longe é que observamos filmes, nesta tradição. Um dos grandes impulsionadores do genero acaba por ser Hugh Grant quase exclusivo deste tipo de filmes, o actor vai rodando com as actrizes tipicas para este genero, e apos a ja esperada junção a Bullock, surge agora com Barrymore, num filme que tenta renascer o espirito romantico puro do cinema norte americano.

O que parece é que o cinema evolui e o romance por si so ja nao serve como ingrediente para este tipo de comedia, e necessaria malicia, teor sexual, piada facil, ingredientes algo disfarçados neste music and Lyrics, e que tornou o filme numa mediania em termos de bilheteira principalmente nos EUA. Quanto a critica é sempre algo perdularia e saudosista perante titulos puros como este.

O filme entra por caminhos tradicionais, uma ex estrela dos anos 80, tenta reavivar a carreira numa ligação com uma cantora tipo Britney, contudo para isso tera de compor uma musica para esta, ate que de repende observa que a pessoa que cuida das suas flores tem um talento natural para a coisa, e depois desenvolve-te o tipico cliche das comedias romanticas. O filme respeita a tradição, mas peca por ser extremamente obvio, e sem sal, ou seja em momento algum o espectador e surpreendido por alguma decisao narrativa, nem tao pouco por nenhuma fala das personagens, tudo e levado pela mare.

Aos poucos o filme vai ganhando intensidade emocional, e contextualizando o clima entre os protaginistas, que aos poucos vai sendo o teor narrativo principal. O filme falha nos aspectos comicos, e para quem viu o ultimo filme de Grant American Dreamz, este filme sabe a muito pouco, primeiro porque não tem qualquer tipo de piada, no sentido humuristico da defenição, e depois porque a satira social esta demasiado circunscrita ao sub mundo musical.

A caracterização temporal dos anos 80 transmitida pelo video clip inicial e uma cereja em cima de um bolo de pao de lo, ou seja que se come mas que falta muita coisa para ser apetecivel.

O argumento do filme, é linear e academico, se bem que com pontas soltas, a introdução das vivencias passadas da personagem de Barrymore, e totalmente esquecida e subjogada, parecendo as ligações so existirem para encher tempo. A relação dos protagonistas, e demasiado linear, com pouca intriga que poderiam apimentar ou de certa forma tornar a relação mais interessante, este ponto e importantissimo ja que e o centro narrativo do filme. COntudo o filme acaba por ser no plano romantico conseguido, sendo que o auxilio das musicas favorece em larga escala esta ligação.

A realização de Marc Lawrence é estremamente simplista, de um realizador exclusivo deste tipo de filmes, que acaba por realizar sempre com demasiada prodencia. Transmitindo sempre filmes que ficam, ou podem ficar pela quimica das personagens mas raramente pelas imagens que traduz.

QUanto ao cast imaginando uma comedia romantica, ninguem melhor do que Hugh Grant e Drew Barrymore para as protagonizar, ou seja dois actores estrelas maiores do genero, e que por si so poderiam garantir o sucesso do filme, contudo parece-nos que Grant tem uma imagem algo gasta no genero, com personagens sempre demasiado semelhantes, e que demonstram alguma dificuldade do actor em descentrar papeis, e por outro lado parece-nos que Barrymore, neste particular da comedia romantica sofre de um padrão vinculativo forte de Adam Sandler com quem consegue atingir niveis de quimica maxima. Mesmo assim o casal funciona. Os secundarios sao extremamente futeis quer para a narrativa quer para a relação.

Enfim mais um filme a la Hugh Grant, romantico, mas sem os condimentos de outros.


O melhor - O sentimento romantico em torno de todo o filme, puro.


O pior - A falta de graça do filme, estes filmes normalmente sao conduzidos por situações comicas e marcantes, que neste caso nunca aparecem


Avaliação - C+

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