Friday, November 29, 2024

Joy

 




Numa altura em que a Netflix parece estar numa corrida contra o tempo com lançamentos continuo de filmes com um espectro mais critico do que comercial, eis que surgiu um filme ingles mais de autor, sobre a forma como foi evoluindo a fecundação in vitro. Criticamente apesar o entusiasmo ter sido moderado os resultados ate foram positivos, contudo comercialmente ficou a ideia clara que não foi uma aposta central da aplicação.

Sobre o filme podemos dizer que uma boa historia, ou um bom acontecimento nem sempre pode ter uma capacidade de transmitir bem uma boa historia, e isso pode ser o que se pode considerar deste filme. Assim, desde logo o filme tem um ritmo lento, a culpa deste ponto acaba por ser uma definição temporal que nem sempre é a melhor o que faz com o espetador nem sempre tenha noção do salto temporal da sua historia.

O filme e melhor no espaço que cria para cada personagem e a forma como depois isto vai conduzir a sua expressão. Todos com as suas características e com o seu espaço, o filme tem obviamente uma maior proximidade a temas mais femininos, num filme onde esse ponto e claro, sem nunca fugir as questões culturais em causa.

Por tudo isto temos um filme competente, sem ser brilhante, com um tema, ou uma homenagem a um feito de uma importância totalmente relevante, mas que o filme parece quase sempre se limitar a contar, sem conseguir impactar o entusiasmo, ou ser particularmente diferenciador mas conseguir marcar o ponto de uma forma diferenciada.

A historia segue três pessoas importantes no estudo e na dedicação de todo o processo que conduziu a primeira fecundação in vitro, num filme que toca todas as resistências politicas, e ideológicas.

O argumento do filme sabe bem o peso politico e idiologico do feito que quer exibir e homenagear. O filme tem boas personagens, mas parece sempre ter alguma dificuldade em fazer a ação avançar, ou pelo menos o ritmo do mesmo.

Na realização o projeto Ben Taylor e um realizador de televisão que tenta aqui com a chancela da produtora da sua serie de maior sucesso fazer a passagem. O filme exigia, quem sabe uma melhor caracterização temporal dos momentos, num filme que parece, como alguns da Netflix muito preso a um budget curto e orientado para os atores.

No cast não e fácil a transição de atores intantis para a idade adulta, processo em que temos Mckenzie. Demonstra alguma dificuldade em demonstrar a intensidade que tão bem geria nos seus primeiros anos, mas se calhar o problema e a adaptação do espetador ao seu crescimento. Nighty e sempre um ator descontraído e o seu papel e este no filme.


O melhor – O acontecimento histórico que o filme detalha

O pior – A forma como filme tem dificuldade em se caracterizar temporalmente

 

Avaliação – C+

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