Numa altura em que a Netflix parece estar numa corrida
contra o tempo com lançamentos continuo de filmes com um espectro mais critico
do que comercial, eis que surgiu um filme ingles mais de autor, sobre a forma
como foi evoluindo a fecundação in vitro. Criticamente apesar o entusiasmo ter
sido moderado os resultados ate foram positivos, contudo comercialmente ficou a
ideia clara que não foi uma aposta central da aplicação.
Sobre o filme podemos dizer que uma boa historia, ou um bom
acontecimento nem sempre pode ter uma capacidade de transmitir bem uma boa
historia, e isso pode ser o que se pode considerar deste filme. Assim, desde
logo o filme tem um ritmo lento, a culpa deste ponto acaba por ser uma
definição temporal que nem sempre é a melhor o que faz com o espetador nem
sempre tenha noção do salto temporal da sua historia.
O filme e melhor no espaço que cria para cada personagem e a
forma como depois isto vai conduzir a sua expressão. Todos com as suas
características e com o seu espaço, o filme tem obviamente uma maior
proximidade a temas mais femininos, num filme onde esse ponto e claro, sem
nunca fugir as questões culturais em causa.
Por tudo isto temos um filme competente, sem ser brilhante,
com um tema, ou uma homenagem a um feito de uma importância totalmente
relevante, mas que o filme parece quase sempre se limitar a contar, sem
conseguir impactar o entusiasmo, ou ser particularmente diferenciador mas
conseguir marcar o ponto de uma forma diferenciada.
A historia segue três pessoas importantes no estudo e na
dedicação de todo o processo que conduziu a primeira fecundação in vitro, num
filme que toca todas as resistências politicas, e ideológicas.
O argumento do filme sabe bem o peso politico e idiologico
do feito que quer exibir e homenagear. O filme tem boas personagens, mas parece
sempre ter alguma dificuldade em fazer a ação avançar, ou pelo menos o ritmo do
mesmo.
Na realização o projeto Ben Taylor e um realizador de
televisão que tenta aqui com a chancela da produtora da sua serie de maior
sucesso fazer a passagem. O filme exigia, quem sabe uma melhor caracterização
temporal dos momentos, num filme que parece, como alguns da Netflix muito preso
a um budget curto e orientado para os atores.
No cast não e fácil a transição de atores intantis para a idade
adulta, processo em que temos Mckenzie. Demonstra alguma dificuldade em
demonstrar a intensidade que tão bem geria nos seus primeiros anos, mas se
calhar o problema e a adaptação do espetador ao seu crescimento. Nighty e
sempre um ator descontraído e o seu papel e este no filme.
O melhor – O acontecimento histórico que o filme detalha
O pior – A forma como filme tem dificuldade em se
caracterizar temporalmente
Avaliação – C+
No comments:
Post a Comment