Apresentado em festivais pequenos com algum reconhecimento
critico este é mais que um filme de encontro de gerações da mesma pessoa,
habitualmente pensado para comedias rápidas e de desgaste imediato. Um filme
que foi bem recebido em alguns festivais mais pequenos, que conseguiu também
uma maior abrangência do ponto de vista comercial com a divulgação por parte da
Prime.
Sobre o filme podemos dizer que temos um filme que parece no
trailer uma comedia de adolescentes que acaba por ser muito mais que isso,
embora nem sempre consiga gerir de uma forma eficaz os seus timing,
principalmente num ritmo lento, e com muita dificuldade em conseguirmos
perceber numa primeira parte o desenvolvimento da sua personagem central.
Com a entrada em cena do “eu mais velho”, o filme tem uma
vertente de ficção que acaba por ser um elemento que não tenta dar explicações
limitando-se as potencialidades deste convívio e nesse particular o filme acaba
por ser interessante ao abordar a
personagem sem a piada fácil, entrando nos conflitos do tempo como a
sexualidade, mas também a expetativa, para no final se tornar numa interessante
historia de amor.
Pode não ser uma obra de ritmo e aproximação fácil ao
espetador mas tem elementos suficientes para a tornar convincente naquilo que
quer transmitir e acima de tudo naquilo que se espera que o filme seja. Nota-se
o teor independente nos contextos e na forma como não se deixa cair na comedia
fácil de costumes.
A historia segue uma adolescente perto de seguir a vida para
uma cidade grande que acaba por numa noite de festa interagir com o seu mais
velho que lhe da algumas pistas a seguir no futuro tendo em vista uma maior
felicidade.
O argumento do filme sabe bem os pontos que quer tocar e a
atualidade da maioria dos mesmos. O filme aceita as suas características
centrais e não se
torna disparatado, isso pode afastar do grande publico mas
sublinha os seus apontamentos centrais.
Na realização Megan Park e uma realizadora jovem realizadora
de uma nova geração que tem aqui um filme de autor, principalmente por assinar
o argumento e dar ao filme o lado intimista das pequenas coisas. O filme talvez
tenha ficado num grau intermedio de sucesso, mas parece-me ser uma realizadora
a seguir.
O cast tem dois jovens atores mais próximos das series em
crescendo que encaixam no lado que o filme quer dar a ambos, principalmente na
indefinição sexual de Elliot. Plaza tem sempre o seu lado descontraído e
intenso que funciona embora aqui num registo bem mais moderado.
O melhor – Os temas atuais que o filme fala na indefinição de um adolescente
O pior – O ritmo lento da primeira fase do filme.
Avaliaçao – B-
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