Friday, November 22, 2024

My Old Ass

 

Apresentado em festivais pequenos com algum reconhecimento critico este é mais que um filme de encontro de gerações da mesma pessoa, habitualmente pensado para comedias rápidas e de desgaste imediato. Um filme que foi bem recebido em alguns festivais mais pequenos, que conseguiu também uma maior abrangência do ponto de vista comercial com a divulgação por parte da Prime.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme que parece no trailer uma comedia de adolescentes que acaba por ser muito mais que isso, embora nem sempre consiga gerir de uma forma eficaz os seus timing, principalmente num ritmo lento, e com muita dificuldade em conseguirmos perceber numa primeira parte o desenvolvimento da sua personagem central.

Com a entrada em cena do “eu mais velho”, o filme tem uma vertente de ficção que acaba por ser um elemento que não tenta dar explicações limitando-se as potencialidades deste convívio e nesse particular o filme acaba por ser interessante ao  abordar a personagem sem a piada fácil, entrando nos conflitos do tempo como a sexualidade, mas também a expetativa, para no final se tornar numa interessante historia de amor.

Pode não ser uma obra de ritmo e aproximação fácil ao espetador mas tem elementos suficientes para a tornar convincente naquilo que quer transmitir e acima de tudo naquilo que se espera que o filme seja. Nota-se o teor independente nos contextos e na forma como não se deixa cair na comedia fácil de costumes.

A historia segue uma adolescente perto de seguir a vida para uma cidade grande que acaba por numa noite de festa interagir com o seu mais velho que lhe da algumas pistas a seguir no futuro tendo em vista uma maior felicidade.

O argumento do filme sabe bem os pontos que quer tocar e a atualidade da maioria dos mesmos. O filme aceita as suas características centrais e não se

torna disparatado, isso pode afastar do grande publico mas sublinha os seus apontamentos centrais.

Na realização Megan Park e uma realizadora jovem realizadora de uma nova geração que tem aqui um filme de autor, principalmente por assinar o argumento e dar ao filme o lado intimista das pequenas coisas. O filme talvez tenha ficado num grau intermedio de sucesso, mas parece-me ser uma realizadora a seguir.

O cast tem dois jovens atores mais próximos das series em crescendo que encaixam no lado que o filme quer dar a ambos, principalmente na indefinição sexual de Elliot. Plaza tem sempre o seu lado descontraído e intenso que funciona embora aqui num registo bem mais moderado.


O melhor – Os temas atuais que o filme fala na indefinição de um adolescente

O pior – O ritmo lento da primeira fase do filme.

 

Avaliaçao – B-

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