Saturday, November 30, 2024

The Piano Lesson

 A Netflix apostou neste final do mes de Novembro a maior parte das suas fichas maiores para a temporada de premios, com alguma incidencia desde cedo, desta adaptação ao cinema da peça famosa de August Wilson um dramaturgo que tem estado muito ligado ao sucesso e à familia Washington nestas adaptações. Apesar das expetativas criticamente o filme recebeu razoaveis criticas mas se calhar sem o impacto para conseguir ser um frontrunner na temporada de premios. Do ponto de vista comercial não parece ter sido a aposta central da NEtflix quem sabe mais centrada na dinamica comercial das comedias de natal.

Para quem viu Fences pode esperar um filme com muitas similaridades, temos que pensar que se trata de um filme pensado para teatro, onde a expressão maxima das personagens e os seus maneirismos acabam por ter relevância central. Nisso o filme funciona, a forma individualizada que cada personagem tem de se expressar acaba por dar ao filme o seu cunho pessoal.

A questão e a historia, parece um pouco um Christmas Carol sem a dinamica de natal e o filme torna-se algo longo com conversas vagas, principalmente no estilo que fazem adormecer o espetador. O seu final emotivo podera conseguir resgatar os que nao foram-se perdendo no caracter vago das personagens e dos momentos, mas parece muito pouco para um filme que foi pensado com algumas propostas para premios.

Por tudo ressalvo que nao sou propriamente um fá da forma de escrever de August WIlson, fica a ideia que tudo e centrado demasiado nos maneirismos e pouco no conteudo, e o filme sofre por isso. O nivel emocional que o filme poderia ter nunca acaba por ser transmitido em toda a sua plenitude, e torna o filme essencialmente monotono e monocordico.

A historia segue o regresso a casa de um irmão com a proposta de vender um piano de familia que tem de alguma forma o bloqueio de uma irmã, associado as vivencias do seu pai que teve na origem do caracter emotivo associado ao piano.

O argumento e um dos problemas do filme, ate podemos achar muito particular a forma dos .dialogos. Tirando as duas personagens centrais as outras aparecem algo difusas nos propositos do filme e isso e estranho principalmente o numero elevado de tempo que tem.

Na realizaçao o projeto foi entregue a Malcom Washington, filho de Denzel que tem aqui a sua estreia numa longa metragem. O filme perde-se um pouco no estilo que quer ter. Ao contrario de Fences com muitas referencias ao teatro este divaga entre generos sem ter propriamente nenhum. Apenas parece ter alguma força na sequencia musical. Muita expetativa mas o resultado foi curto

No cast temos David Washington tem aqui a aposta do seu irmão, numa personagem distante do que tem feito, com intensidade mas continuo a achar um ator com dificuldades na expressão emocional. Jackson tem os melhores momentos, mas acaba por ser Deadwyler que ganha o filme.


O melhor - O momento musical

O pior - A forma como os dialogos são demasiado vagos


Avaliação - C

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