Estreado no festival de Cannes, este polemico biopic sobre a ascensão do proximo presidente dos EUA, acabou por ser lançado uma semana antes das eleiçoes o que muitos conduziram a considerar um trunfo eleitoral democrata, que nao teve o seu efeito propriamente dito. O filme conseguiu algumas boas avaliações pese embora seja um filme imediatamente recusado pela maioritaria fração republicana. Comercialmente o filme também falhou onde nos parece que a estreia a uma semana das eleiçoes deu ao filme um caracter de campanha eleitoral demasiado denunciado, que a maioria dos americanos facilmente recusaram, e que se explica nos resultado das eleiçoes.
Sobre o filme podemos dizer que a primeira hora de filme e razoavel dá-nos alguma personagem, tenta explicar os objetivos e mesmo alguma visão do atual presidente dos EUA, e acima de tudo o crescimento da sua relação com Roy, e a forma como isso lhe permitiu crescer na manta de conhecimentos de Nova Iorque. O filme a alavancado essencialmente por duas interpretaçoes de um nivel altissimo, que permite que os momentos a dois sejam quase sempre fora de serie.
Na segunda fase o filme assume claramente a critica total a personagem, e aqui entra a campanha eleitoral, fica a ideia que o filme podera perder alguma personagem, mesmo alguma explicaçao da forma como determinados projetos megalomanos foram crescendo, mas isso e contornado com uma personagem cada vez mais bem interpretada por Stan que se vai aproximando sempre do que ja conhecemos de Trump.
Assim temos um bom filme, claro que o lado parcial, impedirá que seja um filme unanime, ainda para mais depois da estrategia de distribuição que assumiu. Fica a ideia que a primeira parte poderia perfeitamente ser aceitavel, para uma maioria, a segunda da critica, se calhar justa a figura, pode ser exagerada, mas isso nao tira ao filme a mais valia de um biopic disruptivo, polemico e que sabe bem contextualizar-se temporalmente.
A historia fala de um jovem Donald Trump e a forma como o mesmo conseguiu, com a ajuda do famosos advogado Roy Cohen se introduzir na alta sociedade americana e assim conseguir criar a base para o seu sucesso empresarial.
O argumento acaba por ter bons momentos de dialogo, principalmente entre as duas personagens principais que nos levam quase para um mundo a parte. No final o filme e quase a extrapolaçao das piores visoes de uma unica personagem, mas a mesma tornou-se agora novo presidente dos EUA, o que confere ao filme uma polemica total.
Ali Abbasi aceitou o projeto depois de alguns sucessos em televisao com The Last of Us. O realizador iraniano e disruptivo, tem a seu favor nao ser americano e portanto tentar se distanciar um pouco da luta, o que apenas consegue fazer na fase inicial. O filme e bem realizado principalmente na forma como nos conduz para uma Big Apple entre os anos 70 e 80.
E no cast que o filme brilha com duas das melhores interpretaçoes do ano, Stan e incrivel nos maneirismos de Trump, o que tambem ja tinha conseguido incrivelmente com Tommy Lee. Chegamos a ver todas as expressoes de Trump, e toda a forma que nos intriga, numa prestaçao que num filme menos polemico valeria uma nomeaçao garantida. O mesmo para Strong, um dos melhores atores da atualidade com uma prestaçao incrivel que encaixa com uma luva na sua forma de atuar, que merecia a mesma atençao,
O melhor - O cast
O pior - A forma como acabou por ser visto como um mero produto eleitoral
Avaliação - B
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