Depois de 30 anos The Crow ter ficado na historia do cinema pelos bons e pessimos motivos, principalmente pelo lado malogrado da morte de Brandon Lee em pleno set de filmagem, eis que surge um Reboot de uma produtora de primeira linha depois de muitas tentativas de sequela. Com escolhas discutiveis o filme sempre esteve no olho do falcão e criticamente rapidamente se percebeu que o filme iria ser um saco de pancada, principalmente dos amantes do primeiro filme como é o meu caso. Comercialmente o lado negativo das avaliações pesou em muito e o desastre comercial foi ele completo.
Sobre o filme, Proyas mesmo no desastre do evento conseguiu criar um filme de culto, escuro, artistico que sera sempre uma obra basilar do cinema dos anos 90. Quando se tenta efetuar um filme com este registo é sempre um risco de ser uma copia ou se mudamos muitos entramos fora do registo e foi o que Sanders tentou fazer sem qualquer sucesso porque nada disto, tirando o nome tem a ver com The crow, ou Eric Draven iconico do cinema.
As tatuagens, a saude mental, os fatos de treino rosa, ou mesmo os poderes nunca explicados do vilão, são tudo opções pessimas para fazer resultar um filme que ja tinha a fasquia muito elevada e resulta num desastre completo do primeiro ao ultimo minuto. Alias fica a ideia que apenas em algum momento a banda sonora consegue ser minimamente proxima porque tudo o resto pior do que nada ter a ver com a obra mãe, funciona mal, e quando assim é, o desastre e completo.
Podemos dizer que se trata de um filme pessimo, independentemente do prima de analise que o filme fosse assumido, o filme nao trabalha a relaçao central, a qual e base e convicão de tudo o que vem a seguir, mas pior que isso tudo o resto nao funciona, não é coeso nao e explicado, ainda tudo fica pior quando o filme tem o nome e a historia de um filme de culto com uma legião de fas.
A historia de The Crow e a conhecida Draven, acaba por ser morto junto com a mulher da sua vida por uma organização criminosa, mas um corvo permite que o mesmo possa regressar para fazer vingar o acontecimento, tornando-o num assassino vingativo.
O argumento de Corvo nao e propriamente o mais rebuscado, mesmo nos filmes anteriores, mas o que falha em toda a escala neste filme é os pontos novos que nada funcionam. O filme perde meia hora para dar força a uma relação com imagens soltas e poucas palavras, e a forma como coloca o antagonista com poderes acaba por ser um disparata de dimensão epica.
Saunders e um realizador que ja foi aposta de grandes estudios com resultados mediocres, sendo mais conhecido pelas aventuras fora do ecra do que pela qualidade do produto apresentado. Aqui tem um marco negativo ainda mais significativo que podera conduzir a um dano irreversivel numa carreira ja de si dificil.
No cast Skaarsgard e um ator interessante, intenso que teve o erro de aceitar uma personagem que ja tem dono. Nao fornece nada, nao encaixa na imagem que temos do personagem e o filme em nada o ajuda. Uma decisao de risco numa carreira interessante em que fica a perder e exige resposta imediata. Os secundarios tipicos de um filme pouco ambicioso.
o melhor - Alguns toques, ainda que poucos da banda sonora.
O pior - O que fez ao nome The Crow
Avaliação - D-
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