Apresentado o ano passado no Festival de Toronto onde
recebeu boas criticas o que conduziu a que a Netflix acabasse por comprar o
filme, contudo, na sua organização para os prémios deste ano este filme surgiu
na ementa logo na estreia embora não sendo uma das apostas centrais, não
obstante da boa avaliação o filme não foi propriamente um cabeça de cartaz, o
que faz com que comercialmente são seja um dos filmes ancoras da aplicação.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem um caracter
concetual e de personagem na forma como nos vai dando a vivencia de três irmãos
muito diferentes num espaço fechado na sempre difícil fase de anteceder a morte
de um pai. O filme consegue dar mesmo essa diferença acabando por ser
extremamente eficaz na forma como nos da formas diferentes de encarar o pre
luto e os conflitos familiares emergentes.
Não e propriamente um filme particularmente elaborado,
deixando quase sempre o protagonismo para os diálogos de conflito que emergem e
dão intensidade a um filme essencialmente pausado. O filme tenta ser concetual
no seu final, na abordagem central do personagem presente em toda a dinâmica
nunca estando fisicamente presente mas fica claramente a ideia que a sua
aparição não e a mais eficaz.
Enfim resulta um filme interessante com boas dinâmicas de
personagens diversificadas, com conflito latente bem interpretado, mas que ao
mesmo tempo parece ser algo circular fazendo vincar as características algo
estereotipadas de cada uma, num cenário de conflito sempre presente. E uma boa
abordagem podia ser teatral mas em cinema consegue manter alguma intensidade.
A historia fala de três irmãs algo separadas em termos de
vivências que se juntam para os últimos dias do pai, com características
diferentes mas acima de tudo com bastantes conflitos para resolver.
Em termos de argumento o filme tenta manter em lume aceso as
particularidades de cada uma das personagens, e consegue fazer, principalmente
no eu diz respeito aos conflitos entre elas. E um filme pensado para teatro, e
parece so perder algum norte na sua fase final.
Na realização a batuta foi entregue a Azazel Jacobs, um
realizador com um estilo pausado, de personagens e diálogos que mantem esta
simplista assinatura na forma como realiza, e que teve o seu maior sucesso na
televisão.
No cast temos três atrizes cujo papel tenta ir encontrar os
seus atributos mais fortes, principalmente com Coon e Lyonne, sendo que acaba
por ser Olsen que tem os melhores momentos, pese embora, acabe por ter entregue
a si a maior versatilidade em virtude de parecer uma atriz com mais atributos.
O melhor – Os diálogos de conflito intensificados.
O pior – A forma como a decisão final poderia ser o
epicentro do filme e não o é
Avaliação – C+
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