Os irmãos Eggers nos ultimos anos surpreenderam pela
intensidade e pelo caracter estetico dos filmes, principalmente representados
por Robert Eggers mas muitas vezes com algumas colaborações dos seus irmãos
gemeos que tem agora o seu lançamento a solo, num filme de terror. Ao contrario
do sucesso critico que tem sido típico em Roberts aqui isso não aconteceu com
uma receção demasiado mediana. Comercialmente o filme ate conseguiu alguma
expansão, num terror típico da A24, mas os resultados foram desoladores
Sobre o filme podemos dizer que não é um filme fácil, por
ser declaradamente repugnante com muitas cenas onde o nojo acaba por ser o
elemento que o filme quer transmitir, e essa intensidade e capacidade de
transmitir este sentimento funciona em plenitude pela explicitude de tais
momentos.
Fica e claro a ideia que tudo foi um exagero, o filme tenta
entrar em momentos numa vertente paranormal que não trás nada de particular
benéfico ao filme, sendo que o terror psicológico causado pela personagem de
Solange chega e sobra para dar a intensidade e transmitir todas as sensações
que o filme quer dar, muito pela incrível construção de Kathryn Hunter.
Fica a ideia que o filme não fosse a obsessão dos irmãos
Eggers de dar elementos visuais fortes poderia ser bem mais intenso e objetivo
sem se perder em apontamentos que apenas confundem, ficando a sensação que o
simples por vezes e melhor. Mesmo assim numa altura em que o terror acaba por
ser algo repetitivo temos aqui elementos novos mesmo que o nojo seja o
principal ingrediente e o ponto que mais é transmitido no filme.
A historia fala de um casal marcado pela morte de um
anterior feto, à espera de um novo filho que percebe que tudo fica virado do
avesso quando a madrastra do elemento masculino passa a viver com o casal e
tornar tudo num autentico inferno quer pelas suas dificuldades físicas quer
pelas suas opiniões.
O argumento do filme acaba por ser típico de um filme de uma
sogra com mas intenções mas elevado a um patamar de comportamento poucas vezes
visto. Isso permite que o guião não seja elemento principal mas sim as imagens
e isso faz a historia se perder em alguns momentos menos conseguidos
paranormais.
Na realização os irmãos Eggers tentam fazer da intensidade
expressiva dos seus interpretes figuras de referência como o seu irmão maior
tao bem faz, mas a fotografia acaba por limitar o impacto. A obsessão por estes
momentos pode não ser a que melhor resultados trás para o filme
No cast Brandy acaba por ter uma intensidade que surpreende
para uma atriz que ficou muito tempo arredada dos maiores palcos, mas que acaba
por ser competente e visualmente impactante. Mas todos os louros vao para
Hunter, intensa, incrível, esteticamente serve todos os propósitos do filme, e
isso so e possível devido as multifacetas de uma atriz de primeira linha.
O melhor – A construção de Hunter
O pior – A forma como o filme tenta entrar numa dinâmica
paranormal sem grande sentido
Avaliação – C+
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