Saturday, September 07, 2024

The Killer

 Num ano em que as aplicações de streaming tem tentado resistir ao regresso do cinema, eis que uma das que menos movimentos tem, acaba de lançar a sua prova de sobrevivencia, num remake de um filme de John Woo que tem a particularidade de voltar a ser realizado pelo autor original, o qual se encontra de momento algo afastado do estrelato. A Peacock lançou o filme com os seus trunfos, o qual teve uma receção mediana, muito do que tem sido os ultimos registos de Woo. Comercialmente a aplicação teve a estreia isolada do filme numa aplicação ainda com pouca força para sobreviver com força.

Sobre o filme temos o estilo tipico dos filmes de ação sobre assassinos profissionais, alguns flashbacks a tentar explicar um pouco o contexto da personagens, mas acima de tudo temos Paris, muitos criminosos e uma tentativa de dar um filme ritmado tentando potenciar o valor de ação dos seus protagonistas, mas que acaba por alterar a base do filme de origem sem conseguir que este tenha força para se sobrepor.

Ate podemos dizer que Woo gosta de filmar a ação de contacto com mestria, o que sempre soube, e que acabou por juntar a isso a tentativa de trazer heróis nao muito rotinados nos papeis. O filme acaba por ser demasiado pelo livro, fica a sensação que tudo o que vimos ja foi visto em filmes do mesmo estilo, sendo que nos ultimos tempos os filmes mais vigorosos e agressivos do género parecem funcionar bem melhor.

Assim temos um remake de John Woo de um filme seu que acaba por ser a roupagem americana num dos seus filmes de base de sucesso. Aqui temos um filme intenso com boas sequencias de ação, previsivel que nao e propriamente algo que seja diferenciado, ocupa as suas duas horas com pouca capacidade de ficar registado nos espetadores.

O filme fala de uma assassina profissional, e um policia que acabam por se cruzar num episodio de droga desaparecido e organizações criminosas a tentar colocar em causa umas as outras com muitas ligações perigosas.

O argumento do filme tem uma base simples, do jogo do gato e do rato, que acaba por tentar fazer a ligação possível em alguns espaços e sobrevivel com os aspetos mais fisicos de açao do filme. Nao tem grandes dialogos a intriga, mesmo nos twist e previsivel, mas é nesses momentos que o filme acaba por ir de encontro aos seus objetivos minimos.

John Woo já não e o realizador de Face Off que dominou Hollywood durante alguns anos em termos de ação, mas vai lançando os seus projetos, os quais tem a sua assinatura da ação e em alguns momentos aqueles slow motions que foi fortalencendo o seu contacto com o público, mas longe do sucesso de outros tempos.

No cast Emmanuel foi uma segunda escolha mas tem algumas valências de ação, mas falta-lhes alguma capacidade dramática. PArece-me que Sy funciona melhor nesta proximidade com o publico, mas fica algo sozinho num filme que tem um Worthington longe do sucesso de outros filmes tenta balançar sem grande sucesso.



O melhor - Alguma sequencias tradicionais de Woo

O pior - A forma como o filme se torna previsivel sem ser brilhante


Avaliação - C

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