Saturday, February 24, 2024

Mea Culpa

 Tyler Perry e um icon de um cinema de desgaste rapido normalmente passado ou no contexto comico de Madea, ou no lado mais rico em thrillers basicos pouco elaborados com procedimentos muito concretos a que neste filme Terry junta algum erotismo com o seu tipico cojunto de amigos como interpretes. Criticamente este tipo de filmes de Perry habitualmente são um desastre e aqui volta a ser. Comercialmente esta colaboração de Perry com a Netflix tem um alvo muito concreto que vai novamente fazer o filme funcionar.

Sobre o filme temos uma especie de instinto fatal ao contrário, mas com todos os tique que podemos imaginar de um deserto de ideias que começa desde logo pelos argumentos onde se denota que Perry não queria  perder muito tempo e acaba por criar intervalos de comunicação. Isto poderia ser preguiçoso se no final não quisesse fazer aquele twist revelador muito absurdo que torna o filme quase um hino a como nunca escrever uma intriga, ainda mais potenciado por interpretaçoes de pessima qualidade e uma produção que parece retirada de um filme satirico com filmes fracos.

Se estes pontos jã eram pessimos ainda tudo se torna pior quando o filme tenta criar uma sedução, e uma intriga amorosa, desde logo porque acrescenta todos os pontos negativos possiveis numa relação ao exagero brutal, mas também situações exageradas que nunca aconteceriam num exagero total, que me atrevo a dizer que nem no almoço de uma telenovela conseguimos encontrar, num dos piores registos escritos que me recordo.

Nao sendo fa do cinema de Tyler Perry conhecido essencialmente por filmes pouco pensados, desgaste rapido uma novela para pessoas que exigem pouco, este vai a um ponto que se torna absurdo, num dos piores filmes que me recordo em todos os pontos, escrita, realizaçao e interpretaçao, que leva a que todos consigam ainda mais vincar esta capacidade unica de Perry fazer filmes maus.

A historia fala de uma advogada de sucesso inserida numa relação abusiva por parte dos familiares do marido, que aceita defender um pintor conhecido acusado de homicidio que terá do outro lado o seu cunhado com ambiçoes maiores.

O argumento e um disparate completo a todos os niveis, a intriga e denunciada e tem um final disparatado e sem sentido para surpreender, mas e muito pior a sua concretização existem dialogos que nao vao a lado nenhum com espaços vazios sem qualquer sentido.

Perry ficara na historia com um dos realizadores mais odiados pela critica e aqui neste filme explica bem porque. O filme é um desastre a todos os niveis sendo a realizaçao apenas mais uma delas, numa carreira que parece que nao vai ser mais que isto.

NO cast, Rowland e uma habitue de Perry e mao da mais do que aquilo, o lado de poder que nunca existe, e um Rhodes que apareceu em filmes afro americanos de primeira linha mas que perdeu espaço e aparece agora num filme que faz corar os seus filmes anteriores. Pessimo.

O melhor - Acharmos a determinada altura que é uma satira


O pior - Nunca teve essa intenção


Avaliação - D-



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