Tuesday, February 27, 2024

The Shift

Depois do sucesso quase impensável que se tornou Sound of Freedom a Angel Produtions continuou a tentar lançar os seus projetos com mensagens religiosas e uma ligação muito proxima ao catolicismo algo que tem levado a diversos filmes, alguns dos quais com personagens comuns, e que tem aqui mais um episodio em plena Holiday Season. Como a maioria dos filmes da produtora criticamente novamente foi um desastre sendo que comercialmente, apesar de tentar o mesmo procedimento comercial que conduziu ao sucesso de Sound of Freedom o resultado foi claramente mais modesto.

Sobre o filme podemos dizer que é uma confusão total do primeiro ao ultimo minuto, com realidades paralelas, uma entidade dominadora que mais não é que o diabo, um thriller sci fi futurista, tudo misturado num filme sem grande sentido, realizado de uma forma quase amadora e interpretado da mesma forma com alguns actores que começam a ser quase exclusivos da Angel.

Ora bem se queremos uma mensagem metaforicamente religiosa e imperativo que a mensagem passe, para alem de uma procura incessante pelo amor, e um passado cheio de desastres, mas o sentido entre universos não pode ser explicado por entidade dominadora que pode fazer tudo, ja que assim impossibilita qualquer sentido na sua resolução o que neste caso acaba apenas por seguir o que o filme não conseguiu fazer ao longo das duas horas.

Por tudo isto e para quem gosta realmente de cinema e facil perceber a razão pela qual a ANgel se tornou num cinema quase odiado pelos amantes da arte, pelo lado unica e exclusivamente religioso ou de um fundamentalismo moral, que em termos de arte, mesmo quando sai do caracter simplista de telenovela trás-nos algo com este grau de absurdo quase impossivel de compreender ao comum dos mortais.

A historia segue um individuo que apos um acidente e de um contacto com uma entidade poderosa, acaba por ser conduzido para uma realidade futurista marcada pelo odio, onde vai tentar descobrir a sua mulher.

No que diz respeito ao argumento a mistura de generos que o filme adota é tão absurda como disfuncional e tudo acaba por ser uma confusão que pouco se mistura, para uma mensagem que ela propria se diluiu numa mensagem mal escrita e num argumento pouco competente.

Na realizaçao deste projeto Brock Heasley tem aqui o seu filme mais mediatico num estilo de filme que pouco ou nada potencia qualquer tipo de carreira, e que acaba por ser uma confusão sem qualquer tipo de sentido. Provavelmente não vamos encontrar novos filmes deste realizador, ou poderá aparecer em filmes desta natureza.

No cast o filme e liderado por um desconhecido Polaha, que tenta dar os diferentes vetores da sua personagem, mas que acaba por ser na maior parte do tempo igual, quando não deveria ser, para um ator desconhecido. Depois temos um Sean Austin que tem que recorrer a este tipo de filme de segunda linha para sobreviver, e por fim Mcdonough que é uma das figuras de referencia deste tipo de filme, que diz muito da sua carreira.


O melhor - O não ter sido o sucesso do filme anterior da produtora.

O pior - A confusão total que é este projeto


Avaliação - D



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