Branagh depois de muitos anos a dedicar-se a adaptações cinematograficas de Shakespeare eis que mudou o foco para Agatha Christie mais concretamente para as aventuras de Poirot, um dos mais famosos detetives do mundo. Pese embora nenhum dos filmes, que já vai no terceiro episodio tenha sido um sucesso pleno, o realizador tem conseguido chamar aos seus filmes elencos de primeira linha e criticas razoaveis, sem ser propriamente entusiasmantes. Do ponto de vista comercial, filme apois filme os resultados tem sido a todos os niveis mais debilitados, contudo este filme acabou por ter alguns registos razoaveis principalmente em termos worldwide.
Sobre o filme para quem viu os anteriores, este não tem muita novidade com exceção de Veneza profunda, o resto temos um caso, um conjunto de personagens num mesmo espaço, e seguimos Poirot com as suas particularidades e ir procurar desvendar o caso, num tipico filme de quem matou quem, com os maneirismos exagerados que Branagh deu a personagem e um ritmo lento, onde apenas as paisagens de veneza no principio e no fim parece dar vida a um filme algo cinzento.
No que diz respeito a resoluçao para quem conhece o livro parece claro que a resoluçao deste enigma não tem o impacto ou a surpresa dos anteriores e isso acaba por ser mais facil encaminhar o espetador para soluçao, ainda para mais porque o leque de personagens não e propriamente elevado. Fica a ideia que o filme esconde demasiado todas as personagens para os maneirismos do seu protagonista, que nada acaba por entregar ao filme.
Resultado um medianissimo filme de investigação tradicional, onde ressalta mais o local do mesmo do que a historia e os seus personagens. Nao consigo perceber até onde ira este tipo de cinema do realizador, o qual é mediano, segue linhas particulares mas o resultado é algo sem sabor, algo que foi comum aos tres filmes independentemente da quantidade de personagens e atores que consegue ir buscar.
O filma fala de um convite endereçado ao famoso Poirot, para participar numa sessão medium que pode colocar em causa tudo o que o mesmo acredita, o que terá por trás o misterio de uma morte, que conduz a outras durante a sessão.
O argumento e uma historia conhecida de Christie, não das mais surpreendentes, mas que acaba por ter os elementos todos de suspense importantes a fazer este tipo de projeto resultar. O filme nem sempre tem o equilibrio entre personagens e o ritmo baixo, o que deixa tudo no epicentro final.
Branagh e um realizador consistente que apenas recentemente, em Belfast deu alguma assinatura ao seu percurso, porque tudo o resto parece tarefas de grande estudio, com meios e pouco mais. Aqui o que de melhor potencia é a cidade de Veneza e as suas belezas.
No cast eu confesso que acho a encarnação de Barnagh como Poirot exagerada, cheia de maneirismos e pouco empática, ficando os secundarios neste filme demasiado escondidos, principalmente Yeoh vinda de um oscar, mas parece um projeto de uma pessoa do primeiro ao ultimo minuto.
O melhor - Veneza
O pior - O ritmo demasiado baixo para um filme policial e curto
Avaliação - C
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