O cinema experimental ainda que com algumas figuras conhecidas do grande publico é um hábito no cinema que é apresentado em Sundance. Neste nova edição de 2022 este filme futurista sobre a clonagem foi um dos concorrentes saindo da competição com criticas positivas, embora nao entusiasmantes mas sem premios. Acabou por ser lançado num curto espaço de tempo mas com resultados comerciais rudimentares acabando por nao se tornar numa clara referencia deste festival.
Dual tem uma base ambiciosa, quer na forma como nos exibe a clonagem como resposta a saudade, entrando depois no conflito ideológico posterior. O filme ate cria bem o conflito mas depois e principalmente numa segunda parte parece um filme de ação de qualidade mediana, com uma espécie de Jogos de Fome onde nos parece que o filme teria de explicar muito mais da sociedade que o aceita.
O filme permite uma boa interpretação a divisão que o filme faz da personagem de Gillan mas depois fica-se por ai, o filme trás personagem que acaba por dispensar sem muita razão. O filme leva-nos para um impacto final de um duelo que não acontece e acima de tudo a riqueza que o filme quer trazer ao imperativo moral do filme funciona mas não brilha, tornando o filme diferente, com alguma qualidade mas longe de ser uma referencia.
Ou seja um filme com uma premissa ambiciosa, criado com alguma simplicidade e com a vontade de querer explorar os seus pontos de uma forma muito rápida, mas que depois se torna num quase thriller psicológico de visualização fácil que nunca consegue ser mais que isso, mas acaba por nesse ponto por ter algumas valências que merecem o destaque.
O filme fala de uma jovem que acaba por descobrir que tem uma doença terminal razão pela qual decide criar um clone de forma a substituir a sua existência a quando da sua morte, contudo rapidamente existe um volteface na sua condição de saúde o que a leva a ter de jogar um jogo de sobrevivência com a sua dupla.
Em termos de argumento a base ideológica do filme tem algumas mais valias, e a ideia e original. nem sempre ficamos com a plena convicção que o filme consegue potenciar ao maximo o que quer fazer com ela, ficando muitas vezes no caminho do thriller psicologico e do filme de açao. A personagem ou as personagens centrais estão bem montadas e o filme cresce com o conflito entre ambas.
Na realizaçao Riley Stearns regressa a realizaçao depois de um estranho The Art of Self Defense. Parece um realizador com conceito, ainda jovem que parece por vezes perder algum foco na forma como por vezes se perde algo em alguma rebeldia desnecessaria e tambem neste filme temos esses apontamentos. E claramente um realizador independente mas que começa a ter alguma assinatura no seu estilo.
Gillan tem o filme entregue a si, em duas personagens divididas que lhe permite explorar diversos atributos que como actriz me parecem estarem bem presentes, e que talvez mereça um maior destaque num cinema dramatico mais de autor. Paul da apenas uma presença mais comercial ao filme.
O melhor - A ideia e original e e uma boa base de intriga
O pior - O filme atalha para um lado mais de açao que o favorece menos.
Avaliação - C+
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