Wednesday, May 25, 2022

Morbius

 Num ano em que a Marvel vai estar em clara hiperatividade tentando recuperar o folego de anos perdidos, tudo começou na partilha de passe com a Sony no lançamento de mais um vilão de Spiderman a solo. Este projeto que foi sendo adiado fruto da pandemia viu a luz do dia com a pior receção que à memoria para um filme da produtora. Criticamente o filme foi um desastre com avaliações muito negativas. Comercialmente nos EUA o resultado foi fraco, acabando por recuperar ligeiramente no resto dos mercados.

Sobre o filme temos a introdução de um heroi/vilão que tenta assumir ao contrario de outros um caracter mais serio, ou seja e um filme com uma estrutura rigida mais proxima dos filmes de horror do que os filmes de entertenimento mas fica a ideia que essa rigidez leve a que o filme se torna demasiado serio sem ter qualquer outro apontamento que o destaque, sendo claro que como personagem Morbius nao consegue sustentar o filme.

Tambem nos efeitos ou na forma como o filme carece de qualquer assinatura, fica a ideia que temos um filme de super herois de qualidade baixa, o que esta mais proximo do que Sony nos deu em alguns dos seus projetos dos que realmente se tornou a frabrica do MCU. Torna-se mais evidente esse ponto na forma como filme abdica de qualquer efeito diferenciador, parecendo um filme que desiste de ser diferenciador para se tornar num cinzento filme de açao mas que pouco ou nenhum destaque consegue chamar ate si.

E a culpa do falhanço rotundo do filme e de tudo, da abordagem pouco artistica do seu criador, de uns interpretes que nao conseguem fazer crescer a personagem, e de um vilão que nunca é realmente impactante mas acima de tudo a ideia que o filme não consegue utilizar os efeitos de primeira linha para fazer pelo menos os momentos de açao serem competentes e assim so poderia resultar num filme mau.

A historia introduz-nos o debil Dr Morbius com o objetivo de encontrar uma cura para a sua doença acaba por fazer estudos com sangue artificiar e de morcegos que lhe vai dar um poder que nas maos erradas acaba por ter um efeito perigoso em tudo que o rodeia.

E no argumento que começa os problemas do filme, a introduçao e mesmo a intriga escolhida na introduçao da personagem nao e mais diferente. O filme tem dificuldade em se encaixar no genero do entertenimento abdicando do humor e torna-se num filme com uma historia cinzenta e pouco interessante.

para a conduçao do projeto a escolha recaiu num Espinosa que tem alguns filmes com alguma qualidade mas ainda com dificuldade em se assumir como um cineasta com assinatura. Fica a sensação que o realizador nao quer tornar o filme refem dos efeitos mas o que utiliza acaba por nao fazer da melhor maneira ficando algo perdido com o tipo de filme em causa.

No cast Leto tinha aqui uma personagem que necessitava de se afirmar e nao consegue: não o faz porque a personagem não lhe permite mas em face do seu trabalho como produtor, fica a ideia que o filme teria que ter mais do que a componente estetica da personagem. Tambem Smith parece subaproveitado num vilão de baixa qualidade que deambula para o final comum.


O melhor - A curta duração


O pior - A forma como o filme nunca consegue chamar a si qualquer atributo


Avaliação - D



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